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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SUICÍDIO
Em pesquisa recente, realizada pela (OMS) Organização Mundial da Saúde, no mundo inteiro o suicidio está entre ás cinco maiores causas de morte na faixa etária de 15 e 19 anos. Em vários países ela fica como primeiro ou segunda causa de morte entre meninos e meninas nessa mesma faixa etária. 
Sendo assim, a prevenção do suicídio entre crianças e adolescentes é de alta prioridade.
 De acordo com os Espíritos da Codificação, o suicídio é "efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade" ('O Livro dos Espíritos', questão 943). Por outro lado, orientam que "a calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio" ('O Evangelho Segundo o Espiritismo', Capítulo V, item 14).
Em 'Temas da Vida e da Morte', Manoel Philomeno de Miranda fala da indestrutibilidade da consciência humana e alerta àqueles que pretendem "fugir ou esquecer" quanto ao sofrimento moral, que "tem início quando se elabora o programa da evasão" (psicografia de Divaldo Pereira Franco, p. 104). No livro 'O Consolador' (psicografia de Francisco Cândido Xavier, pergunta 154), Emmanuel se refere ao suicídio como "o maior de todos os desvios da vida humana, pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus".
Em outra obra de excelente conteúdo doutrinário, Manoel Philomeno de Miranda ('Loucura e Obsessão', psicografia de Divaldo Pereira Franco, p. 307), afirma que "o suicídio é a culminância de um estado de alienação que se instala sutilmente. O candidato não pensa com equilíbrio, não se dá conta dos males que o seu gesto produz naqueles que o amam. Como perde a capacidade de discernimento, apega-se-lhe como única solução, esquecido de que o tempo equaciona sempre todos os problemas, não raro, melhor do que a precipitação. A pressa nervosa por fugir, o desespero que se instala no íntimo, empurram o enfermo para a saída sem retorno".
Os Benfeitores Espirituais citam ainda o "suicídio moral", quando o homem não resiste às paixões que, constituindo-se em verdadeiras necessidades físicas, apressam-lhe o fim. Nestes casos, "o homem é duplamente culpado, pois há nele falta de coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de Deus" ('O Livro dos Espíritos', questão 952). Nestes casos, o Espírito é mais culpado do que aquele que age pelo desespero, pois "tem tempo de refletir sobre o seu suicídio. Naquele que o faz instantaneamente, há, muitas vezes, uma espécie de desvairamento, que alguma coisa tem da loucura" (questão 952a). Portanto, percebemos que as conseqüências do suicídio - como tudo na Lei Divina - são proporcionais à consciência que o culpado tem de suas faltas.
No 'Evangelho Segundo o Espiritismo' (capítulo X, item 16), Allan Kardec fala em "covardia moral" ao citar os maiores incitantes do suicídio: a incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro e as idéias materialistas. Argumenta que a "propagação das doutrinas materialistas é o veneno que inocula a idéia do suicídio na maioria dos que se suicidam", oferecendo ao homem o nada após a morte. O Espiritismo, por sua vez, através dos ensinos dos Espíritos e da experiência, demonstra que "a existência se prolonga indefinidamente para lá do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam muito naturalmente de pensar no suicídio; donde, em suma, a coragem moral".
"Conscientizar as criaturas a respeito das conseqüências do ato, no além-túmulo, das dores que maceram os familiares e do ultraje às Leis Divinas, é método salutar para diminuir a incidência dessa solução insolvável. Dialogar com bondade e paciência com as pessoas que têm propensão para o suicídio; sugerir-lhes dar-se um pouco mais de tempo, enquanto o problema altera a sua configuração; evitar oferecer bases ilusórias para esperanças fugazes que o tempo desmancha; estimular a valorização pessoal; acender uma luz no túnel do seu desespero, entre outros recursos, constituem terapia preventiva, que se fortalecerá no exercício da oração, das leituras otimistas, espirituais, nos passes e no uso da água fluidificada" ('Temas da Vida e da Morte', psicografia de Divaldo Pereira Franco, p. 100).
Necessário, pois, que o homem assuma as responsabilidades da vida e instrua-se, para que possa instruir, crianças, jovens e adolescentes  nas leis que lhe regem a existência, aprimorando-se e reunindo valores de que possa dispor nos momentos-desafio, a fim de superá-los e reorganizar-se para os futuros cometimentos até o instante em que se lhe encerre o ciclo biológico. Estará, então, liberado da matéria, mas mantido na vida.

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