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terça-feira, 30 de novembro de 2010


 A INVEJA E O CIÚME
      
         Estes dois germens morais, atormentadores da criatura, mereceram de Allan Kardec uma indagação, por considerar necessária uma explicação sobre em quem recairia a culpa dos sofrimentos morais do homem. Ele já sabia que os (sofrimentos) materiais se originam no homem.
Através da pergunta 933 de “O Livro dos Espíritos”, ficou sabendo que a inveja e o ciúme são dois vermes roedores, felizes são os que os desconhecem e que quando eles atacam não há calma nem repouso possível para quem os porta. São autênticos fantasmas que não dão tréguas e perseguem o homem até nos sonhos. Levantam o objeto das suas cobiças, do seu ódio, do seu despeito. O invejoso e o ciumento vivem ardendo em febre contínua. Desta forma, o homem passa a criar para si mesmo suplícios voluntários, fazendo com que a Terra seja um verdadeiro inferno.
Abramos um parêntese: recorrendo ao dicionario,  perceberemos que ciúme é também um despeito invejoso; é inveja. E inveja é desgosto, pesar pelo bem ou pela felicidade desfrutada pelo outro. Pode-se sentir o quanto estes dois sentimentos, no fundo, possuem quase idêntica significação. Assim, anotaremos os dois como sinônimos, malgrado sintamos a nuance existente entre eles. Fechemos o parêntese.
Aproveitando a oportunidade, Allan Kardec faz um comentário sobre a resposta das Entidades Venerandas do Alto, explicitando que a pessoa ciumenta o é, por natureza, de tudo que se eleva, de tudo que possa destacar-se da craveira comum. Mostram-se ciumentas porque não podem conseguir o que o outro logrou. Aditou mais que o homem só é infeliz pela importância que dá às coisas deste mundo. A vaidade, a ambição e a cobiça não atendidas lhe fazem infeliz. Caso ele colocasse seus pensamentos sobre o infinito, que é o seu destino, muito insignificantes e pueris lhe pareceriam as vicissitudes da Humanidade. Quem só vê felicidade na satisfação do orgulho dos apetites grosseiros é infeliz, mais ainda quando não os pode atender. Aquele, no entanto, que nada deseja ou ambiciona de supérfluo pode considerar-se feliz, enquanto o ciumento e o invejoso, na mesma situação, sentem-se vivendo uma calamidade.
O homem civilizado, geralmente, raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Procura, entrementes, os meios disponíveis para dela sair. Investe neles e encontra a consolação no ensino cristão que lhe fornece a esperança de um futuro melhor, mais ameno. Percebe, claramente, que no Espiritismo encontrará a certeza desse futuro, caso siga seus ensinos.
O ciúme/inveja leva à infelicidade, é inconteste. Necessário se torna, pois, conhecermos como ele se introduz em nosso íntimo. Saberemos entreter contato com ele quando refletirmos sobre a sua origem. Aí teremos a plena consciência da sua existência em nossa vida e nos capacitaremos a lidar com ele. Qual, então, o mecanismo que nos enfraquece o interior, viabilizando que a inveja/ciúme se interiorize em nós?
Tudo se resume numa palavra: comparação. Quando se fala em inveja/ciúme chega-se à comparação. O processo comparativo está no contexto existencial do ser humano na Terra. Ele tem necessidade de alguém que lhe sirva de modelo emulativo. Quando nos comparamos com alguém e nos sentimos inferiores, nasce a inveja/ciúme, sutilmente. Pode afirmar-se que inexiste a inveja/ciúme se antes não tiver havido a comparação.
A inveja/ciúme (lembram eles a estreita relação existente entre o amor e a caridade. Quem é caridoso, ama; quem ama, é caridoso ) é um sentimento inferior que se instala em nós sob a forma de frustração, de tristeza, de mal estar, de constrangimento por nos vermos miniaturizados, inferiores a alguém. Sentimo-nos menores por não termos o que o outro possui, seja o que for. A criatura entra em desequilíbrio íntimo, oriundo deste sentimento paralisante das verdadeiras forças psíquicas. Não desfrutamos do mesmo padrão de vida, da mesma cultura, do mesmo perfil físico, da mesma situação social e espiritual do semelhante e isto nos incomoda.
A inveja/ciúme não aparece repentinamente, porém, instala-se de forma gradativa, imperceptível. Um dos primeiros sinais da presença dele rondando o nosso campo mental é nos acharmos melhor do que o outro e com isso passarmos, quase sempre, a nos vangloriarmos, enaltecermo-nos procurando, com esta atitude, manter o nosso equilíbrio que se insinua fugir.
Ao criticarmos, diminuirmos, ofendemos alguém, sentimos necessidade de falar mal dele, estamos sentindo inveja/ciúme de sua performance.
O arrogante é a pessoa que, em se comparando com alguém, a este se sente inferior. Já o invejoso/ciumento não tem como ver a luz , a alegria, a simpatia do outro, não encontrando, assim, respostas para a diversidade do mundo e das criaturas. A inveja/ciúme termina por conduzir a pessoa a não se gostar, a uma auto-aversão. A pessoa auto se rejeita por não se ver maior e melhor do que o outro. É uma frustração consigo mesma, é sentir-se triste com o que se é.
Chega-se a dizer que a melhor definição para o homem não é mais a de um animal racional, mas a do homem como um animal que se compara e se imita. Tudo no homem gira em torno do estado comparativo, baseando-se o processo social na comparação. Aprende-se desde cedo a interiorizar esse processo em nosso modo de ser. As pessoas e as coisas são sempre comparadas umas com as outras.
Todo processo comparativo inicia-se na família, que em um ou noutro momento nos foi apresentado alguém ou algum comportamento como modelo. Todos se sentem tão envolvidos pelo processo que nunca se dão conta da sua existência.
Na escola há o mesmo sistema baseado na comparação. Busca-se, pelo estímulo em que todo aluno está imerso, que se tem de alcançar o primeiro lugar, a classe mais adiantada, o melhor conjunto esportivo, o mais eficiente professor se deve ter, a melhor nota...
Assim acontece na sociedade, nos filmes, na propaganda no rádio, na televisão, nos jornais. Propaga-se que se deve olhar alguém com todas as possibilidades de riqueza, poder, prestígio, inteligência, beleza e magnetismo pessoal. Então, a propaganda passa a nos oferecer recursos e meios para chegarmos lá também, através da inoculação em nós do ciúme/inveja daquela posição.
A inveja/ciúme é o sentimento que mais nos oprime, que mais nos enforca. Portanto, invejoso/ciumento é todo aquele que, no lugar de sentir prazer com aquilo que é ou com aquilo que tem, sofre com aquilo que não é e com aquilo que não tem. O gostar-se e o amar-se estão no cerne da questão.
Não temos como hábito fazer a comparação conosco mesmos, o que seria altamente vantajoso. Não fazemos jamais uma análise do índice de crescimento nosso nos últimos tempos. Estamos melhores ou piores em termos sociais, psicológicos, financeiros, espirituais e morais? Na auto-comparação, fortalecemos o nosso ego, o nosso ponto de equilíbrio, e passamos a nos dirigir de dentro de nós mesmos e não do ponto de vista dos outros. Seremos, assim, o ponto referencial, donos de nossa vida e não mais temos os outros como ponto fundamental da nossa ânsia de viver. Este procedimento realiza o encontro de nós conosco mesmos. Somos o nosso apoio, e não buscamos sustento fora, porém, dentro de nós.
Existimos para sermos, não melhores do que os outros, mas para sermos melhores do que nós próprios.
Na essência de todo sentimento de inveja/ciúme existe o sentimento de admiração. No entanto, esta admiração somente surge caso estejamos já em postura de agradecimento pelo que alcançamos em termos de posição social, cultural, intelectual e moral.
O invejoso/ciumento, ao ver alguém a quem deveria admirar, é impulsionado a malhar essa pessoa. Pode-se comparar com a situação dos planetas e das estrelas. Estas têm luz própria, enquanto aqueles dependem delas para refletir a luz que recebem. Por isso é que o amigo é aquele que se sente feliz com a felicidade do amigo, não o invejoso que tenta roubar a alegria do outro. Não se resolve a inveja/ciúme torcendo pela derrota, pela infelicidade do outro. No fundo ele sofre duplamente: pelo que o outro tem e pelo que não lhe é dado possuir.
Sendo padrão de nós mesmos, reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Apenas exercitando a auto-comparação conseguiremos chegar à auto-aceitação, à realização própria do nosso tamanho.
           Conta-se que um sábio se achava triste, preocupado antes de morrer. Foi ele indagado pelos alunos sobre a causa daquela situação estranha, tendo em vista que ele havia sido, durante toda a vida, um exemplo de coragem como Salomão e de justiça como Moisés, de humildade como Francisco de Assis. O sábio respondeu: Exatamente. Quando eu me encontrar com DEUS após a minha morte, sei que Ele não vai me perguntar se eu fui Moisés ou Salomão, mas se eu fui eu mesmo.

domingo, 28 de novembro de 2010


CREMAÇÃO



O Espiritismo não proíbe a cremação de cadáveres, mesmo porque nada é proibitivo no Espiritismo, pois é uma Doutrina de liberdade mas, antes de tudo, uma Doutrina da conscientização. Recomenda, todavia, muita cautela para aqueles que venham adotar o procedimento da cremação de cadáveres, em substituição a inumação (sepultamento), pelos motivos que vamos expor.  
Perispírito o que é e como fica.
Nosso corpo material, que é energia densificada, se liga ao Espírito, Ser Inteligente de essência sublimada, através do perispírito elemento mediador entre os dois corpos de naturezas extremamente diferentes. O perispírito é um envoltório semimaterial do Espírito, constituído de substância etérea e sutil, mais fluídica do que material, sendo que esta parte material é muito menos denso do que a matéria do corpo de carne.
Para dar vida ao corpo carnal, o perispírito se liga a ele, célula a célula, elemento a elemento, como se existissem feixes de fios fluídicos, estabelecendo a conexão celular material com o Espírito. É assim que tudo o que se passa no corpo material, o Espírito toma conhecimento através da ligação existente e, no sentido inverso, todas as decisões, ordens, desejos, vontades e até mesmo todos os sentimentos do Espírito chegam à estrutura celular ou nela se refletem, através do mesmo canal fluídico.
 Quando, por exemplo, cortamos acidentalmente um dedo, as células danificadas, desestruturadas, comunicam ao Espírito o traumatismo ocorrido e o Espírito sente, como conseqüência, a dor, pois não é a matéria que sente dor e sim o Espírito. Inversamente, quando o Espírito delibera, por exemplo, erguer o braço direito do corpo material, este obedece à ordem e se levanta, porque as instruções emitidas pelo Espírito (esta é a sua vontade), são repassadas às células nervosas do cérebro material que simplesmente obedecem, transmitindo o desejo do Espírito de levantar o braço direito, neste caso. O cérebro funciona aqui como mero receptor da ordem do Espírito e aciona a rede nervosa que atinge o órgão envolvido que é o braço direito. Igualmente, pelo mesmo conduto fluídico o Espírito extravasa, também, para o corpo carnal, todos os seus sentimentos, bons ou maus: sentimentos de alegria ou tristeza, serenidade ou angústia, amor ou ódio e muitos outros, que irão revitalizar as células materiais ou produzir nelas distúrbios que podem se complicar, causando mal-estar e até doenças.
 A Morte
O fenômeno da morte nada mais é do que o desligamento de todos os fios fluídicos do perispírito, liberando o Espírito do cárcere material. Uma vez ocorrido tal desligamento no processo da morte, o Espírito não pode voltar  a animar aquele que foi o seu veículo de carne.
 A Força do Pensamento
Se com a morte, como vimos, o Espírito está totalmente desconectando do corpo material, poderíamos concluir, de imediato, que tudo o que fosse feito com o cadáver, não deveria atingir o Espírito, por falta de ligações reais. Assim, poderíamos cremar o cadáver. Mas as coisas podem não ser bem assim, porque o Espírito, mesmo liberto da matéria, continua a pensar e a ter desejos e sentimentos.
 Podemos dizer, neste caso, que o nosso corpo carnal seria o nosso tesouro e o coração, o nosso pensamento, o nosso sentimento. Para as criaturas ainda não totalmente espiritualizadas, que viveram na Terra muito apegadas aos bens materiais, inclusive ao próprio corpo carnal, a morte não impede que o pensamento do Espírito esteja concentrado no seu cadáver, até mesmo por uma espécie de saudade, devido o recente acontecimento do decesso e por se reconhecer, daquele momento em diante, impedido de usufruir um instrumento carnal para fazer as coisas que estavam acostumadas a fazer. Se isto acontecer, e acontece com freqüência, o Espírito fica como que algemado à carne que vestiu na Terra, presenciando, de forma angustiante, as labaredas a queimar as suas vísceras, durante a cremação, porque, como sabiamente disse Jesus, o seu tesouro está ali, no corpo carnal, sendo destruído pelo fogo, em poucos minutos, bruscamente.
 Como sabemos, Espíritos muito adiantados, altamente espiritualizados, existem reencarnados na Terra, mas são raros. Aqui se encontram executando missões específicas, para ajudar a Humanidade a acelerar o seu progresso evolutivo, em diferentes áreas do conhecimento. Com a morte, os corpos materiais desses Espíritos, podem ser cremados, porque em nada afetará a sua sensibilidade, visto que vivem mais ligados à Espiritualidade do que à própria matéria. Não é o que se passa com a esmagadora maioria, da qual fazemos parte, pois somos Espíritos em processo evolutivo, mas muito fragilizados pelo acúmulo de imperfeições e, nestas condições, o campo material ainda nos impressiona fortemente, sensibilizando-nos de forma muito acentuada, mesmo para os que são espíritas ou se dizem espíritas. Há sempre alguma circunstância maior ou menor, que nos prende à matéria. Nestes casos, as labaredas da cremação podem chamuscar os Espíritos que se ressentirão do evento, para ele dramático.
Algo semelhante acontece quando nas sessões mediúnicas recebemos um Espírito  que desencarnou através do assassinato, com um tiro no coração. Ele se aproxima do médium sentindo ainda as dores no coração provocadas pelo tiro que o vitimou e repassa para o médium, de forma amenizada, aquelas dores. Como ele já desencarnou, não mais possui coração e, portanto, não deveria estar sentindo dor alguma. Mas o quadro da sua desencarnação foi muito traumatizante, fazendo com que o Espírito conserve, por muito tempo, o seu pensamento fixo, concentrado, naquele acontecimento, e é por isso que ele sofre.
Nos casos em que o cadáver não é cremado e sim sepultado, o Espírito, por estar muito apegado à matéria, pode ficar no cemitério, próximo à sua sepultura, assistindo também, desesperado, a decomposição gradativa do seu corpo, sentindo mesmo os vermes corroerem a sua carne e com isso sofrendo muito. Há, porém, uma diferença capital entre a cremação e a inumação. Na cremação tudo se processa rapidamente, em poucos minutos e no sepultamento a decomposição do cadáver é lenta, oferecendo oportunidade para que o Espírito possa ser devidamente socorrido, orientado e esclarecido, no sentido de desviar, aos poucos, o seu pensamento para outras coisas importantes. 

Irmão X nos adverte de que a atitude crematória é um tanto precipitado, podendo vir a ter conseqüências desagradáveis para o Espírito desencarnante: ... morrer não é libertar-se facilmente. Para quem varou a existência na Terra entre abstinências e sacrifícios, a arte de dizer adeus é alguma coisa da felicidade ansiosamente saboreada pelo Espírito, mas para o comum dos mortais, afeitos aos comes e bebes de cada dia, para os senhores da posse física, para os campeões do conforto material e para os exemplares felizes do prazer humano, na mocidade ou na madureza, a cadaverização não é serviço de algumas horas. Demanda tempo, esforço, auxílio e boa vontade. Eis porque, se pudéssemos, pediríamos tempo para os mortos. Se a lei divina fornece um prazo de nove meses para que a alma possa nascer ou renascer no mundo com a dignidade necessária, e se a legislação humana já favorece os empregados com o benefício do aviso prévio, por que razão o morto deve ser reduzido a cinza com a carne ainda quente? 

Leon Denis na obra O Problema do Ser, do Destino e da Dor, comenta que, ao consultar os Espíritos sobre a cremação de corpos, concluiu que em tese geral, a cremação provoca desprendimento mais rápido, mas brusco e violento, doloroso mesmo para a alma apegada à Terra por seus hábitos, gostos e paixões. É necessário certo arrebatamento psíquico, certo desapego antecipado dos laços materiais, para sofrer sem dilaceração a operação crematória. É o que se dá com a maior parte dos orientais, entre os quais está em uso a cremação. Em nossos países do Ocidente, em que o homem psíquico está pouco desenvolvido, pouco preparado para a morte, à inumação deve ser preferida, posto que por vezes dê origem a erros deploráveis, por exemplo, o enterramento de pessoas em estado de letargia. Deve ser preferida, porque permite aos indivíduos apegados à matéria que o Espírito lhes saia lenta e gradualmente do corpo; mas, precisa ser rodeada de grandes precauções. As inumações são, entre nós, feitas com muita precipitação. 

Emmanuel, em O Consolador, questão 151, opina: Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

 Jesus, o educador por excelência

A Humanidade, nos dias atuais, tem mais liberdade para buscar o conhecimento, com mais amplitude e profundidade, o que significou, para o mundo, a vinda de Jesus, o Mestre mais perfeito que a Terra conheceu, aquele que baseou seus ensinamentos na pedagogia do exemplo. Não há um só ensinamento dele que tenha ficado sem o seu testemunho pessoal. Jesus foi simples e minucioso no que ensinou verbalmente, e farto na exemplificação. Por isso é que se deve tomá-lo como o Mestre e Guia a ser seguido, e não como um simples intermediador entre o homem e Deus, que teria selado uma pretensa aliança com o Criador, através do oferecimento do seu sangue para a salvação da Humanidade, conforme interpretações equivocadas de teólogos.
O próprio conceito de religião foi modificado a partir dos seus ensinamentos. Com Jesus, aprende-se que religião não é algo mágico a ser levado a efeito no interior dos templos. Não mais aquela idéia de que religião é prática mística, contemplativa, ritualística, cheia de oferendas e fórmulas repetitivas vivenciadas no interior das assim chamadas “Casas de Deus”. Religião, conforme seus ensinamentos e, principalmente seus exemplos, passou a ser, para aquele que lhe entendeu as lições, um novo modo de viver, de se relacionar com o próximo, em todos os ambientes, em todos os momentos. Ensinando que Deus está presente em todo o universo, alargou os limites dos templos, transformando o mundo num templo imenso: “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo, 14: 2).
Jesus não foi um Mestre de gestos largos, de atitudes místicas e contemplativas, que vivesse confinado em ambiente religioso, ou em local distante, isolado do convívio diário, longe da vida prática. Nem era um profissional religioso: era um simples carpin-teiro, que causou espanto em alguns, diante do que falava e fazia: “... donde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão conosco aqui suas irmãs? E escandalizavam-se ne-le.” (Mc, 6: 2 e 3).
Jesus foi um educador de almas, que sempre enfatizou a necessidade do empenho da criatura no sentido de educar-se, de progredir, conforme ensinou no Sermão do Monte: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens (...).” (Mt, 5: 16). Toda a mensagem religiosa do Mestre fundamenta-se no esforço da criatura no sentido de revelar essa herança divina que todos trazemos. Nada de graças, além da graça da vida. Nada de privilégios: “(...) e então dará a cada um segundo as suas obras.” (Mt, 16: 27).
Sua mensagem é um verdadeiro desafio, no sentido de transcender os limites da lei antiga, que preconizava “olho por olho, dente por dente”: “(...) se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” (Mt, 5: 20). “Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; (...).” (Mt, 5: 42 e 43).
Jesus não desejou discípulos passivos, encantados, deslumbrados. Pelo contrário, sempre buscou tocar o sentimento, juntamente com o apelo para que a criatura raciocinasse, a fim de saber, de compreender porque deveria agir desse ou daquele modo. O Sermão do Monte, que para muitos é apenas um hino ao sentimento, é, também, uma forte mensagem à inteligência, ao raciocínio: “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus dará bens aos que lhos pedirem?” (Mt, 7: 9 a 11).
A fé raciocinada começou, inquestionavelmente, com Jesus: “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” (Mt, 6: 26). Ao ensinar a criatura a não criar fantasias sobre a fé, mostra a linha divisória entre aquilo que deve ser objeto da preocupação do homem, e o que deve ser entregue a Deus, perguntando: “E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?” (Mt, 6: 27).
A educação religiosa que Jesus propicia ao homem leva-o a conscientizar-se de que não será através de orações repetidas que estaremos agradando a Deus: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” (Mt, 6: 7). Nem através de oferendas ou bajulações: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu ir-mão, e depois vem e apresenta a tua oferta.” (Mt, 5: 23 e 24).
No Seu trabalho educativo do Espírito humano, Jesus mostrou a importância do bom relacionamento com o próximo como caminho para Deus, conforme bem enten-deu o Apóstolo João, que registrou: “Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, co-mo pode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo, 4: 20).
Significativo é o diálogo entre o doutor da lei e Jesus, conforme relatado no Evangelho de Lucas (10: 25 a 37): “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Ali se vê um homem, conhecedor profundo das leis religiosas, a ponto de citá-las de cor, logo que inquirido por Jesus: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Deu, 6:5 e Lev. 19: 18). Efetivamente, os judeus sabiam de cor esses dois mandamentos maiores. Entretanto, quando Jesus lhe disse: “Faze isso e viverás”, aquele homem não compreendeu, porque para ele não havia conexão entre o preceito religioso, que lhe enfeitava o campo intelectual, com a vida prática, a ponto de perguntar: “Quem é o meu próximo?” Por saber disso, é que o Mestre contou-lhe a Parábola do Bom Samaritano, mostrando que o samaritano fez sua oferenda a Deus, não diante de um altar, mas através do mais legítimo representante de Deus: o próximo!
Ele próprio deu-se como exemplo no serviço a Deus na pessoa do próximo. Curava sempre, impondo as mãos sobre os doentes, embora não precisasse fazê-lo para curar (vide cura do servo do centurião: Mt, 8: 5 a 13), mas o fez para ensinar, recomendando que se fizesse o mesmo: “... e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Mc, 16: 18). Deixou bem claro, também, a gratuidade da prática religiosa: “... de graça recebestes, de graça dai.” (Mt, 10: 8).
Vê-se, assim, que Jesus trouxe à Terra uma mensagem religiosa sem precedentes. Simples, sem ser superficial; profunda, sem ser complicada.
Uma concepção religiosa libertadora não agrada àqueles que desejam exercer o poder religioso. Estes procuram conservar a religião como algo mágico, místico, extático, complexo a ponto de a ela só terem acesso os doutos e os sábios, pessoas pretensamente especiais, que estariam mais habilitadas a intermediarem as mensagens das criaturas ao Criador. Jesus concedeu carta de alforria à Humanidade, em relação à intermediação sacerdotal, ao informar a criatura humana de que ela tem o direito legítimo e inalienável de se comunicar com seu Criador, diretamente, em qualquer lugar onde se encontre: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.” (Mt, 6: 6).
Jesus libertou a criatura humana também da necessidade do comparecimento ao templo, a fim de ali encontrar-se com Deus. O Mestre jamais convidou alguém a orar num templo. Pelo contrário, quando a Samaritana manifestou-se no sentido de adorar a Deus no Templo de Jerusalém, o Mestre desautorizou tal atitude, dizendo-lhe: "Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Deus é espírito e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verda-de." (Jo, 4: 21 e 24). Para Jesus não havia santuários, lugares especiais. Seus ensinamentos, suas curas, suas orações sempre foram levados a efeito onde quer que ele se encontrasse.
Ele foi crucificado exatamente pela coragem de contrapor-se ao poderio sacerdotal, àquela verdadeira ditadura religiosa. Infelizmente, com o passar dos tempos, o eixo da mensagem cristã foi-se desviando, saindo da área do estudo, da meditação à luz da oração consciente, passando às práticas exteriores.
Essas verdades religiosas simples, que estiveram ao alcance de humildes pescadores, de viúvas e de deserdados, foram, com o passar do tempo, relegadas a segundo plano, tendo sido postos em primeiro lugar o ritual, a solenidade, o manuseio de objetos de culto, a vela, o vinho, a fumaça, os cantochãos, todo um conjunto imenso de práticas exteriores alienantes, buscadas no judaísmo e no paganismo romano, que dis-tanciavam o homem cada vez mais do esforço de auto-aprimoramento preconizado por Jesus.
Os pronunciamentos libertadores de Jesus não foram objeto de estudo pelos teólogos, que criaram as liturgias, os sacramentos, e, pior ainda, a hedionda teoria das penas eternas, desfazendo a imagem do Deus Misericordioso, tão bem delineada pelo Mestre.
A mensagem cristã foi apequenada, podada, enxertada por aqueles que dela se apossaram, construindo uma religião atemorizadora e salvacionista, com base em atitudes místicas e na crença de que seria o sangue de Jesus o remissor dos pecados da Humanidade. Foi enfatizada a adoração extática a Jesus-morto, em detrimento do esforço em seguir Jesus-vivo.
Fonte
O Evangelho Segundo o Espíritismo
Boa Nova-Humberto de Campos por Chico Xavier

terça-feira, 23 de novembro de 2010

 

Pensamento e Perispírito

Portador de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras.
Corpo intermediário entre o ser pensante, eterno, e os equipamentos físicos, transitórios, por ele se processam as imposições da mente sobre a matéria e os efeitos dela em retorno à causa geratriz.
Captando o impulso do pensamento e computando a resposta da ação. A ele se incorporam os fenômenos da conduta atual do homem, assim programando os sucessos porvindouros, mediante os quais serão aprimoradas as conquistas, corrigidos os erros e reparados os danos destes últimos derivados.
Constituído por campos de forças muito especiais, ele irradia vibrações específicas portadoras de carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes, estabelecendo áreas de afinidade e repulsão equivalentes às ondas emitidas.
Assim, quando por ocasião da reencarnação o Espírito é encaminhado por necessidade evolutiva aos futuros progenitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do seu perispírito, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter.
A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará, conforme os atos morais praticados nas suas existências anteriores.
Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o reencarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso.
Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição.
Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campos de força específico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando os surgimento da célula-ovo.
Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portador.
Desse modo, o perispírito do reencarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, isto é, que dispõe dos germens da futura forma, sobre ele incidindo e passando a plasmar o corpo compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritas. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidade e destreza ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento.
Sem descartarmos a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme pretendem diversos estudiosos da Embriologia e outras áreas da Ciência, não tem razão de ser.
Cada Espírito é legatário de si mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores da sua nova existência corporal, impondo os processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da Divina Justiça.
Certamente, caracteres físicos, fisionômicos e até alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em família, jamais os de natureza psicológica, que afetam o destino, ou de ordem fisiológica no mapa da evolução;
Saúde e enfermidade, beleza e feiúra, altura e pequenez, agilidade e retardamento, como outras expressões da vida física, procedem do Espírito, que vem recompor e aumentar os valores bem ou mal utilizados nas existências pretéritas.
Além desses, os comportamentos e manifestações mentais, sexuais, emocionais decorrem dos atos perpetrados antes e que a reencarnação traz de volta para a indispensável canalização em favor do progresso de cada ser.
As alienações os conflitos e traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim como as condições morais, sociais e econômicas são capítulos dos mecanismos espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções do absurdo e da inconseqüência.
A aparente hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinando indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explicam-se em razão de ser aquele mesmo Espírito, ora renascido no clã, para dar prosseguimento a realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Motivo este que libera “o filho de pagar pelos pais” ou avós, o que constituiria, se verdadeiro, uma terrível e arbitrária imposição da Justiça que, mesmo na Terra, tem um código penalógico mais equilibrado.
Os pensamentos largamente cultivados levam o indivíduo a ações inesperadas, como decorrência da adaptação mental que se permitiu. Desencadeada a ação, os efeitos serão incorporados ao modus vivendi posterior da criatura. E mesmo quando não se convertem em atitudes e realizações por falta de oportunidade, aquelas aspirações mentais vividas em clima interior apresentam-se como formas e fantasmas que terão de ser diluídas através de reagentes de diferente ordem, para que se restabeleça o equilíbrio do conjunto espiritual.
Conforme a consonância mental da idéia aparece uma correspondente necessidade da emoção.
Todos esses condicionamentos estabelecem o organograma físico, mental e moral da futura empresa reencarnacionista a que o Espírito se deve submeter, ante o fatalismo da evolução.
O conjunto – Espírito ou mente, perispírito ou psicossoma e corpo ou soma – é tão estranhadamente conjugado no processo da reencarnação que, em qualquer período da existência, são articulados ou desfeitos sucessivos equipamentos que procedem da ação de um sobre o outro. O Espírito aspira e o perispírito age sobre os implementos materiais, dando surgimento a respostas orgânicas ou a fatos que retornam à fonte original, como efeito da ação física que o mesmo corpo transfere, para o ser eterno, concedendo-lhe crédito ou débito que se incorpora à economia da vida planetária.
O mundo mental, das aspirações e ideais, é o grande agente modelador do mundo físico, orgânico. Conforme as propostas daquele têm lugar as manifestações neste.
Assim se compreende por que a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portando, da evolução.
À medida que o ser evolve melhores condições estatui para o próprio crescimento, dentro do mesmo critério da lei do progresso, que realiza com mais segurança os mecanismos de desenvolvimento de acordo com as conquistas logradas. Quanto mais adiantado um povo, mais fáceis e variados são-lhe os recursos para o seu avanço.
O pensamento, desse modo, é um agente de grave significado no processo natural da vida, representando o grau de elevação ou inferioridade do Espírito que, mediante o seu psicossoma ou órgão intermediário, plasma o que lhe é melhor e mais necessário para marchar no rumo da libertação.

Manoel Philomeno de Miranda
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 23.01.1986, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador-BA.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


ALCOOLISMO JUVENIL

“Não se educa sendo deseducado. Não se disciplina sem estar disciplinado”. ( Amélia Rodrigues, no Livro “Sementeira da Fraternidade”, psicografia de Divaldo P. Franco).

     Cresce no meio jovem o consumo de bebidas alcoólicas.
     Bares, restaurantes, lanchonetes, clubes sociais, boates, avenidas estão repletas de jovens que, displicentemente, fazem uso, em larga escala e abertamente, das bebidas deletérias e nocivas que não só desfiguram e arrasam o corpo como agridem e violentam o caráter.
     Contra outros tipos de tóxicos levanta a sociedade, mesmo que palidamente, no combate, nem sempre eficaz, mas o álcool, esse “veneno livre”, campeia à solta, e quase sempre apoiado por grandes e bem produzidas campanhas publicitárias e aceito com naturalidade por nós.
     Tomar um “gole” ainda hoje, em pleno século XXI, quando o homem já foi à lua, passeou com um robô em marte e avança esplendidamente em todos os setores da ciência, inclusive em conhecimentos de medicina, é um ato de afirmação do jovem, como sinônimo de que ele já começa a adentrar o sonhado mundo dos adultos. Puro engano.
     Pena que a sua visão de vida e os seus objetivos na existência, muito acanhados, não lhes permitam identificar, também por falta de conscientização que o adulto não lhe deu, o abismo em que está mergulhando.
     Uma organização infanto-juvenil, em formação, sem dúvida, com ingestão de álcool não poderá possuir a saúde que teria se evitasse o consumo de tão corrosiva substância. Isso, evidentemente, sem citar os estragos morais da personalidade.
     Mas o problema é muito sério e de uma gravidade sem contas.
     Temos sim, necessidade de maior participação de nossas autoridades constituídas, que muitas vezes laboram com grandes deficiências de material humano e de equipamentos, ante a situação caótica em que vive a sociedade.
     Precisamos também que o comércio de bebidas alcoólicas não venda essa “tragédia engarrafada ou enlatada” aos menores.
No entanto, a solução só virá com a devida conscientização da família. Não haverá outro meio e nem outros mecanismos que evitem a derrocada da grande maioria dos nossos jovens.
     Já foi dito que a criança ou o jovem imita o adulto, isso significa dizer que se o jovem está utilizando o álcool foi porque viu o adulto fazê-lo.
     E o que é mais grave, esses jovens, em grande escala consomem bebidas junto com seus pais, em clima de festa, de euforia mesmo. Lamentável.
     Indiscutivelmente, pais que consomem álcool não têm moral para impedir que os filhos o façam. Não terão autoridade para dizer que faz mal à saúde física e ao caráter, pois que são escravos do vício.
     É triste, muito triste mesmo, identificar que muitos alcoólatras que afirmam não sê-lo, escondem-se atrás das bebidas sociais, sim, aquelas que se consomem nas rodas da sociedade. O alcoólatra não é somente aquele que se estende numa sarjeta, mas é todo consumidor de álcool.
     Dolorosa realidade a do alcoolismo juvenil; mais dolorosa ainda é constatar, sem qualquer equívoco, a omissão da família. Esses pais, indiferentes e descuidados, estimulam ou se omitem hoje, para, provavelmente, chorarem amanhã, quando dificilmente haverá tempo para reparos.
     Os nossos jovens precisam muito mais do que roupas da moda, carros do ano, motos envenenadas, escolas de alto nível, médicos especializados. Eles precisam de educação, que só virá através dos exemplos dos adultos, especialmente dos adultos com quem convivem.
     O jovem que se dá ao consumo de bebidas alcoólicas é vítima, muito freqüentemente, vítima da omissão familiar.
Portanto, pouco vai adiantar instituição de leis, normas, fiscalizações se entre as paredes do lar, a indiferença continuar.
     Alcoolismo juvenil: a família precisa acordar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010


SOBRE A LEI DE TRABALHO
Em 'O Livro dos Espíritos', na Parte Terceira que trata sobre as Leis Morais, encontramos no Capítulo III as informações necessárias para a compreensão da Lei de Trabalho, que faz parte sim das Leis da Natureza. O trabalho existe em função das necessidades dos seres humanos, sejam aquelas ligados à sobrevivência do ser ou aquelas relacionadas ao seu aprimoramento intelectual.
No entanto, não podemos olvidar que o trabalho se constitui também de meio eficiente para a expiação das faltas cometidas, uma vez que permite a vivência e prática dos valores fundamentais ao progresso da Criatura Humana: a caridade, o respeito, a resignação, a tolerância, a paciência e, acima do tudo, o amor.
Logo, não devemos compreender o trabalho apenas como as atividades empregatícias. Toda ocupação útil é considerada trabalho: desde as tarefas realizadas no ambiente doméstico, para a manutenção do lar e os compromissos filiais, paternos e conjugais, até nossa atividades na Casa Espírita.
Além disso, o trabalho é um excelente remédio para a saúde mental e espiritual do ser. A ociosidade é um suplício, levando o homem a ocupar seu tempo com pensamentos que distoam dos nobres ideiais a serem cultivados para o efetivo aprimoramento do ser.

sábado, 13 de novembro de 2010


COMO DEVEMOS REAGIR ÀS OFENSAS
Nos dias atuais, assistimos a dificuldade humana de se posicionar de forma serena frente aos dissabores da vida. Ao tratarmos do tema, naturalmente recordamos das palavras do Cristo, incitando-nos ao perdão das ofensas ao oferecer a outra face. Inicialmente, é preciso compreender que esta exortação não significa deixar de resistir ao mal que nos queiram fazer, especialmente quando as ofensas se justificam infundadas e levianas.
Conforme orientação de Joanna de Ângelis, no livro "Nascente de Bênçãos", oferecer a outra face significa não se colocar na posição de vítima, pois esta é uma atitude típica daqueles que não aceitam a dor como crescimento, acreditando-se injustiçados diante das circunstâncias. A mansuetude e a passividade frente às ofensas geram confusão, fazendo muitos acreditar se tratar de postura covarde e sinal de fraqueza. Podemos depreender das palavras de Jesus que diante da violência ofereçamos a paz, a justiça e a serenidade.
Jesus nos convida a sermos diferentes de nossos agressores. Os animais quando acossados se defendem com violência, pois esta é a única forma de defesa coerente que conhecem. O ser humano já desponta conquistas morais e de civilidade que lhe permite ultrapassar as barreiras do animalismo. Diante de uma ofensa, surgindo a oportunidade de se defender coerentemente, sem se rebaixar ou mesmo usar de violência, deve-se procurar uma defesa sadia, sem cometer injustiças.
Mas quando a ofensa não enseja a correta defesa, saber calar e contar com Deus é a melhor resposta, posto que muitas vezes nós fomos partícipes da ação ofensiva praticada contra nós, na medida em que demos motivos suficientes para a reação do outro. Nesses casos, somente a compreensão justa de que somos criaturas passíveis de erros, nos fará compreender o ofensor, ensejando uma mudança de postura da nossa parte.
É preciso nos conscientizarmos de que somos criaturas marcadas pela necessidade de progresso. Por isso, muitas vezes os golpes desferidos pelos nossos irmãos de jornada são sinalizadores da necessidade de mudança interior, de nossa reformulação de posturas e atitudes. Avaliemos também o lugar que nosso irmão se encontra. Talvez ele esteja passando por dores muito maiores do que a nossa.
São chegados os tempos em que devemos ser reconhecidos como cristãos mediante às ações e sentimentos fraternos que denotam a diferença no trato com as pessoas e as dificuldades. Jesus não convidou à conformação diante dos insultos, mas sim a serenidade de compreender a posição daquele que ofende, avaliando primeiramente se não oferecemos algum motivo para estarmos recebendo aquele tratamento descortês.
TEXTO PARA REFLEXÃO: "Ofereça a Outra Face"
Dar a outra face é mudar a paisagem, é uma ação positiva diante de uma negativa.
Assim, quando todos atiram pedras, ofereça uma flor.
Quando todos caminham para o lado errado, mostre o passo certo.
Se tudo estiver escuro, se nada puder ser visto, acenda você uma luz, ilumine as trevas com uma pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando, dê o primeiro sorriso; não com lábios sorridentes, mas com um coração que compreenda, com braços que confortem.
Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, ensine, começando por aprender, corrigindo-se a si mesmo.
Quando alguém estiver angustiado, mostre-lhe a face do conforto.
Se encontrar alguém em desespero, acene com a esperança, mesmo que isso seja um desafio para você mesmo.
Quando a terra dos corações estiver seca, que sua mão possa regá-las.
Quando a flor do afeto estiver sufocada pelos espinhos da incompreensão, que sua mão saiba arrancar a praga, afagar a pétala, acariciar a flor.
Onde haja portas fechadas para o entendimento, leve a chave da concórdia e da compreensão.
Onde o vento sopra, frio, enregelando corações, que o calor de sua alma seja proteção e abrigo.
Se alguém caminha sem rumo, mostre-lhe as pegadas que conduzem a um porto seguro.
Onde a crítica azeda for o assunto principal, ofereça uma palavra de otimismo, um raio de esperança, uma luz que rompe as trevas e clareia o ambiente mental.
Quando todos parecerem perdidos, mostre o caminho de volta.
Quando a face da solidão se mostrar como única alternativa na vida de alguém, seja uma presença que conforta, ainda que uma presença silenciosa.
Onde o manto escuro da morte se apresenta como um beco sem saída, fale da vida exuberante que aguarda os seres que fazem a passagem pela porta estreita do túmulo.
Seja você a oferecer a face sorridente e otimista da vida, onde a tristeza e o pessimismo marcam presença.
(Texto elaborado pela Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de origem desconhecida).

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

 
MENSAGEM

Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes,
todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos
100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade
de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Um dos atletas tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros
oito ouviram o choro.
Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram...
Todos voltaram…
Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e
disse:
- Pronto, agora vai sarar!
E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a
linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos....
Talvez os atletas fossem deficientes mentais...
Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...

"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta
vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer,
mesmo que isso signifique ter que diminuir os nossos passos."

Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de
sucesso...

...   O SUCESSO É CONSEQÜÊNCIA."


quinta-feira, 11 de novembro de 2010


UMA BELA MENSAGEM PARA NOSSA REFLEXÃO
Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.

Perguntou:
-Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?
- Quando é que eu posso vê-lo?'

O cirurgião respondeu:
 - Fizémos tudo mas o seu filho não resistiu.

Sally perguntou:
- Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não se preocupa?
- Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...'

O cirurgião perguntou:
- Deseja algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.

Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho.
Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.

- Quer um cachinho dele? Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente.

A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.

- Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.

Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.

Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez.
Colocou a sacola com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil.
Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.

Levou a sacola com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho. 
Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve.
Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.

Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.

A carta dizia:
-Querida Mãe,
Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE".
Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adotar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem. 
Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos. 
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as  meninas gostam, você sabe.
Não fiques triste a pensar em mim. Pois o lugar onde estou é mesmo fantástico!
Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo.
Aqui todos são mesmo lindos! Adoro vê-los, e acredite alguns até podem voar! 
E sabes uma coisa?...
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo.
Ele levou-me a visitar Deus!
E sabes uma coisa?...
Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais.
Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe?...
Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta.
Acho que um amigo que encontrei aqui vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que você lhe fez,
"Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"...
Deus disse que estava no mesmo local, tal e qual, quando o filho dele,
Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só você é que consegue ver o que eu escrevi, mais ninguém.
As outras pessoas veem este papel em branco.
É mesmo maravilhoso não é!?...
Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o câncer já se foi embora.
Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim.
Foi quando ele enviou um AMIGO MUITO QUERIDO  para me vir buscar.
O AMIGO disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.

Procure sentir a bondade de DEUS em sua vida.




quarta-feira, 10 de novembro de 2010


 VIDA EM OUTROS PLANETAS - A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
Na compreensão da Doutrina Espírita, quando Jesus disse: “Há muitas moradas na casa de meu Pai", estava nos ensinando o princípio da pluralidade dos mundos habitados, de uma maneira cristalina, para não deixar dúvidas. A Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao seu adiantamento. Este fato explica a diversidade da constituição física de cada mundo, e, conseqüentemente, dos seus habitantes. Cada mundo oferece aos seres que nele habitam condições adequadas e próprias à vida. Por isso, as necessidades vitais num planeta poderão não ser as mesmas e até opostas noutro.
As condições dos mundos quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes são muito diversas. Em alguns, seus habitantes são ainda inferiores aos da Terra, física ou moralmente; noutros, da mesma categoria que o nosso; e noutros são mais ou menos superiores em todos os aspectos. Nos mundos inferiores, onde a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Não se pode fazer uma classificação absoluta das categorias dos mundos habitados, mas Kardec oferece uma que permite uma visão geral sobre o assunto:
  • Mundos Primitivos: aqueles destinados às primeiras encarnações da alma humana, onde a vida, toda material, se limita à luta pela subsistência, o senso moral é quase nulo e, por isso mesmo, as paixões reinam soberanamente;
  • Mundos de Expiação e Provas: aqueles onde domina o mal;
  • Mundos de Regeneração: nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta;
  • Mundos Ditosos: onde o bem sobrepuja o mal;
  • Mundos Celestes ou Divinos: habitações de espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A felicidade é completa, de vez que todos hão alcançado o cume da sabedoria e da bondade.
A Terra pertence à categoria dos Mundos de Expiações e Provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias. No entanto, com o advento do Espiritismo, nosso planeta adentrou num processo de transição para Mundo de Regeneração. Essa transição, como todas as importantes que se efetuam na Natureza, processa-se de maneira lenta, respeitando as Leis Naturais.
No livro "Obras Póstumas", Allan Kardec perguntou aos Espíritos se realmente teríamos que passar por grandes catástrofes geológicas nessa transição, o que foi negado pelos Benfeitores Espirituais. Por outro lado, confirmaram que haverá grandes catástrofes morais, que abalarão os povos, que sacudirão as nações. Essas catástrofes nós estamos vendo dia-a-dia, diante de nossos olhos, no mundo inteiro.
Portanto, as noções de Juízo Final ou Fim dos Tempos nada mais são do que a constatação do término de um período e o início de outro, mais próspero, regido pelos processos naturais da evolução e caracterizado pela nova geração de Espíritos encarnados em nosso planeta, com aptidões bastante desenvolvidas para renovarem a cultura da Terra e auxiliarem sua transformação em todos os sentidos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010


 PENSAMENTO E MEDIUNIDADE

Carta de visita
Seara dos Médiuns, Chico Xavier, Emmanuel, FEB
    Em qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o pensamento vige na base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma.
     Analisando-o, palidamente, tomemos a imagem da vela acesa, apesar de imprópria para as anotações.
     A vela acesa arroja de si fótons (partícula de luz) ou força luminosa.
     O cérebro exterioriza princípios inteligentes ou energia mental.
     Na primeira, temos a chama.
     No segundo, identificamos a idéia.   
     Uma e outra possuem campos característicos de atuação, que é tanto mais vigorosa quanto mais se mostre perto do fulcro (base) emissor.
     No fundo, os agentes a que nos referimos são neutros em si.
     Imaginemos, no entanto, o lume (fogo) conduzido. Tanto pode revelar o caminho de um santuário, quanto à trilha de um pântano.
     Tanto ajuda os braços do malfeitor na execução de um crime, quanto auxilia as mãos do benfeitor no levantamento das boas obras.
     Verificamos, no símele (semelhança), que a energia mental, inelutavelmente (o que não pode ser evitado) ligada à consciência que a produz, obedece à vontade.
     E, compreendendo-se no pensamento a primeira estação de abordagem magnética, em nossas relações uns com os outros, seja qual for à mediunidade de alguém, é na vida íntima que palpita a condução de todo o recurso psíquico.
     Observa, pois, os próprios impulsos.
     Desejando, sentes.
     Sentindo, pensas.
     Pensando, realizas.
     Realizando, atrais.
     Atraindo, refletes.
     E refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo com que te afinas.
     O pensamento é, portanto, nosso cartão de visita.
     Com ele, representamos ao pé dos outros, conforme nossos próprios desejos, a harmonia ou a perturbação, a saúde ou a doença, a intolerância ou o entendimento, a luz dos construtores do bem ou a sombra dos carregadores do mal.

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 Analisamos e obtemos como síntese:

     Observa, pois, os próprios impulsos.
             Desejando, sentes.        
     Sentindo, pensas.
     Pensando, realizas.
     Realizando, atrais.
     Atraindo, refletes.

     Quando desejarmos nos conhecer passamos a sentir esta necessidade...

     Ao sentirmos esta necessidade, buscaremos formas de conseguir o autoconhecimento, através do pensamento...

     Já pensando, agora colocamos em prática nossos pensamentos através das ações, desta forma passando agora as realizações...

     E quando passamos a realizar, nos tornamos imãs para aqueles q como nós no início, apenas desejavam, mas então, agora atraímos aqueles que também buscam se conhecer....

     Atraindo, então, podemos ser vistos como aqueles que fizeram dentro dos ensinamentos deixados pelo mestre nazareno, o que era preciso para se tornar um farol, e agora como um farol que ilumina os mares para orientar os marinheiros em seus navios, podemos também ser um auxílio para nossos irmãos em cristo quando refletirmos nossos pequenos exemplos.
    
Concluímos:
     Desejando nos conhecer, sentimos a vontade de DEUS em NÓS, impulsionando-nos ao progresso;
     Sentindo, esta necessidade aflorar, pensamos em como fazer isto;
     Pensando então agora, começamos a moldar nossas futuras realizações;
     Realizando, nos tornamos boas referências para serem seguidas e então atraímos;
     Atraindo, podemos dizer então, que através da Doutrina dos Espíritos nos tornamos multiplicadores dos ensinamentos de JESUS.

Alessandro, Daniela, Reginaldo, Carmem Diva e Agnaldo