SEJA MUITO BEM VINDO AO BLOG DO GRUPO ESPÍRITA ALVORADA DA PAZ - BAGÉ, RS - BRASIL

quinta-feira, 31 de março de 2011

 DESENCARNE DE ALLAN KARDEC
Em abril de 1869, sai publicada na "Revue Spirite", um "Aviso muito importante", no qual Allan Kardec comunicava que a partir de 1.° de abril o escritório para assinaturas e expedição da Revista seria transferido para a sede da Livraria Espírita à rua de Lille, n.° 7, onde também a Sociedade Espírita de Paris, teria, provisoriamente, suas sessões. Comunicava, outrossim, que daquele dia em diante, os escritórios da redação e o domicílio pessoal de Allan Kardec se transfeririam para a Avenida e Vila Ségur, n.° 39, local, onde Kardec tinha casa de sua propriedade, pelo menos desde 1860.
Porém, no dia 31 de março de 1869, em Paris, aos 65 anos incompletos, em sua residência à rua Sainte-Anne, 59, estava ele terminando os preparativos para a mudança, quando entre onze e doze horas, ao atender um caixeiro de livraria, caiu ao solo, fulminado pela ruptura de um aneurisma.
Tendo iniciado sua tarefa de codificador do Espiritismo, após 30 anos de dedicação à educação pública, dedicou-se até seu desencarne, trabalhando dia e noite, nessa nova missão de ofertar ao mundo, o Consolador prometido por Jesus, vindo através das revelações dos Espírito.
Deste tempos remotos, por toda parte, em todos os países, os Espíritos se comunicavam, através da mediunidade, todavia, somente Allan Kardec entregou-se à tarefa de desvendar as então desconhecidas leis espirituais, que se constituíram nos princípios básicos dessa nova Doutrina que revive, com clareza e simplicidade, os ensinos do Mestre Jesus, tornando-os mais claros, possíveis de serem vivenciados por todos os homens de boa vontade.
Graças a esse Espírito de escol, que ao descobrir o plano espiritual, suas leis, seus habitantes, suas relações com o plano material, comprovando a imortalidade e a perfectibilidade da alma humana, não hesitou no aprofundamento dos seus estudos e na sua divulgação, com inteligência, com serenidade, com renúncias e sacrifícios materiais e espirituais, dedicando, além de todo o seu tempo, sua experiência de emérito educador, de escritor e tradutor, para que o Espiritismo pudesse cumprir seu objetivo de auxiliar o progresso moral da Humanidade.
Que em sua homenagem, nós que o admiramos e o amamos, possamos demonstrar nossa gratidão, esforçando-nos na divulgação de sua obra, por todos os meios de comunicação, sempre que possível, mas principalmente, pela vivência da moral de Jesus, muito mais esclarecida pelos princípios do Espiritismo, codificado por esse Espírito, que nos mostrou pelo seu bom senso, pelas suas atitudes e comportamentos, como deve sentir, pensar e agir um verdadeiro espírita.
Jesus é o Modelo da Humanidade, todavia, muitos dos seus discípulos, exemplificando na Terra, seus ensinos, se constituem em mestres dos que, ainda, se encontram se completando, no desenvolvimento do seu potencial divino.
Allan Kardec é um desses mestres que, vindo de planos mais elevados, tudo fazem para dar a sua contribuição na melhoria moral da Humanidade.
Estudemos suas obras, sua biografia e aprendamos com ele a vivenciar os ensinos do Mestre Jesus.

terça-feira, 29 de março de 2011


FASCINAÇÃO
Quando o médium começa "receber" espíritos respeitáveis em quaisquer lugar, a qualquer hora, sem nenhuma justificativa, está auto-fascinado, por si mesmo, pela sua mediunidade e sob o comando de entidades que o querem levar ao ridículo. Seria o mesmo que eu agora entrar em transe e receber um espírito. Para que esse exibicionismo desnecessário?
Em uma conversação entre amigos eu "receber" um espírito. Para que? Ele não virá dizer nada além do que o médium poderia dizer. Os espíritos bons têm as suas ocupações e não podem estar como capatazes, ao nosso lado governando os servidores. Daí a fascinação é perigosa porque o médium fascinado não se dá conta. Tudo que ele faz é melhor do que os outros poderiam fazer... É diferente dos outros... É superior... Se toca em algum lugar aquele lugar reluz... Então a fascinação é um grande escolho à mediunidade.
Quando encontrarmos a pessoa nessa fase é um ato de caridade dizer-lhe que volte a ler o capítulo 23 de "O Livro dos Médiuns". Dizer-lhe que é uma coisa natural que todos nós passamos.
Basta que mudemos de humor para que atraiamos espíritos equivalentes.
Eu me recordo que havia psicografado e publicado o livro “Messe de Amor”. Este livro foi traduzido ao Espanhol em 1965 por Juan Durant. E ele me mandou o livro pedindo que Joanna de Ângelis desse o prefácio. Eu então pedi a ela em uma das nossas reuniões mediúnicas. Nessa mesma reunião em desdobramento, e ao lado dos espíritos, acompanhando a reunião, ela disse-me que não iria escrever o prefácio e que tinha convidado o nobre espírito Amália Domingos Soller para que ela prefaciasse a obra. Convidou-me então a recebê-la à porta. Chegando lá, observei que uma claridade oscilante aproximava-se, como se alguém viesse carregando uma lanterna, que a luz avançava e retrocedia. Então subitamente apareceu-me um espírito de uma beleza incomum. Trajava-se à espanhola do século dezessete. Aproximou-se e nesse momento, Joanna disse-lhe: - "Veneranda amiga, gostaria de lhe apresentar o médium através do qual a senhora vai escrever". Ela estendeu-me a mão e eu curvei-me para beijá-la. Entramos os três e vi que ela dobrou-se sobre o meu corpo, tomou-me o braço e começou a escrever. Do meu braço saiam fluidos luminíferos e a medida que ela escrevia, o papel ficava com miríades de pequeninas estrelas. A ponta do lápis parecia portadora de energia estranha, que não obstante escrever com um lápis Faber número 1, a letra era prateada. Ao terminar, despediu-se e fomos levá-la até a porta. Terminada a reunião, voltei ao normal e fui ler a mensagem. Ela escreveu em espanhol. Fiquei tão comovido naquela noite que voltei-me para Joanna e disse-lhe:
- Eu já posso "receber" Amália Domingos Soller!?
Ela então respondeu-me: - "Não pode não senhor! Ela veio por misericórdia... Portanto não aguarde uma volta tão cedo! Por enquanto você vai ficar mesmo é com os sofredores do seu tipo para baixo, o que já é uma grande coisa. Já é merecimento sintonizar com eles...".
Assim Joana tirou a minha presunção antes de começar. Ela cortou logo. Toda vez que uma entidade generosa vinha e vem escrever, Joana pede-me que fale com naturalidade sobre a identidade do espírito, sem alarde. Que os outros se espantem, mas eu não. Mas às vezes eu sou muito emocional e quando vejo quem é o espírito escrevendo, fico louco que ele acabe só para dizer o nome. Eles então põem um pseudônimo (nome falso) tirando toda minha galanteria.”.
Atendimento fraterno e a subjugação
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.” (Allan Kardec, "O Livro dos Médiuns", capítulo 23, item 240).
Dentro das leis cármicas a subjugação não é expiatória (o indivíduo ter que passar pelo problema), exceto quando danifica a aparelhagem nervosa do sistema central do indivíduo. Mas se a pessoa está subjugada, o espírito subjugador pode ser orientado nas sessões especializadas, e arrependendo-se, liberta aquele que aflige e o indivíduo se recupera.
Allan Kardec conta um exemplo no capítulo 23 de "O Livro dos Médiuns", onde um rapaz, toda vez que via uma moça bonita, caia de joelhos e fazia-lhes declarações de amor... Era um caso curioso de obsessão física. Eu observo em algumas das nossas reuniões, que os amigos que trabalham no atendimento fraterno - o atendimento fraterno, instituído nas casas espíritas. Esclarecido e estimulado pelo grupo que faz o Projeto Manoel Philomeno de Miranda, da cidade do Salvador, Bahia, tem como finalidade atender aqueles que se encontram problematizados e que buscam a orientação da Doutrina Espírita. É uma equipe composta de companheiros conhecedores do Espiritismo e com experiência na área do comportamento humano - que durante a semana estiveram em contato com os sofredores, obsessos, doentes, acabam levando essas entidades para o trabalho mediúnico, providência esta tomada pelos benfeitores espirituais. Algumas dessas entidades comunicam-se e são doutrinados. Quando eles desistem da perseguição e são conduzidos a uma estância superior, o paciente, onde estiver, fica bem, melhora, ainda mesmo em situação de subjugação.
Pessoas que me dão nomes e nós levamos para o trabalho mediúnico. Lá se apresentam os seus obsessores e são esclarecidos e as suas vítimas logo melhoram. Só que eles não vêm dizer que melhoraram. Elas virão depois quando acontecer outra vez. Daí a subjugação pode ser eliminada.
Divaldo Franco

domingo, 27 de março de 2011


 VIDA MENTAL
Nossa vida mental é o campo de nossa consciência desperta na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.
Encarnados e desencarnados povoam o planeta Terra na condição de habitantes de um imenso edifício de vários andares, em posições horizontais diversas, de acordo com o estado consciencial de cada um, produzindo pensamentos múltiplos que poderão atrair, repelir ou neutralizar.
A mente transmite de dentro para fora as impressões da alma e recebe de fora para dentro as sensações da matéria, motivo pelo qual a alma reflete sua vontade, seu desejo, sua inteligência, sua memória e sua imaginação.
O pensamento desloca, em torno de nós, forças sutis ou campo vibratório, construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com os quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros.
Os pensamentos são ondas de força que poderão alimentar, deprimir, sublimar, arruinar, integrar, induzir e desintegrar, razão por que, quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
É por esta razão que, quando vivemos e convivemos com criaturas idealistas, operosas, confiantes, otimistas e realizadoras, somos beneficiados, nutridos ou abastecidos de substância mental em grande proporção, favorecendo o nosso trabalho em forma de impulsos e estímulos que a nossa mente recolhe; ao passo que, quando vivemos e convivemos com criaturas desanimadas, pessimistas e amarguradas, nosso nível mental ou tônus mental fica sujeito a depressões e enfermidades.
Todos somos afetados pelas vibrações de paisagens, de pessoas e de coisas que nos cercam, e é por isso que, quando não nos habilitamos a conhecimentos mais altos e não exercitamos a vontade para sobrepor-nos às circunstâncias de ordem inferior, sofremos a imposição do meio onde vivemos e convivemos.
Princípios idênticos regem as nossas relações, uns com os outros; conversações alimentam conversações, pensamentos ampliam pensamentos, e é em função deste princípio que demoramos muito mais conversando com aqueles que se afinam com o nosso modo de ser e de proceder.
Quando estamos pensando, imaginando, desejando ou agindo, seja no mundo físico ou no mundo espiritual, nossa mente está sintonizada com todos aqueles que pensam, imaginam, desejam ou agem como nós, da mesma forma que a fonte está comandada pela nascente.
Daí a grande necessidade de constante renovação para o bem, orando e vigiando, trabalhando e servindo, aprendendo e amando, para que a nossa vida mental ou vida íntima se ilumine e aperfeiçoe, se realmente desejamos a companhia dos bons, dos sábios e dos justos, através do intercâmbio mental.

quinta-feira, 24 de março de 2011

 DROGADIÇÃO E JUVENTUDE
O jovem desprovido de maturidade emocional, vivendo a complexidade da vida humana, o medo de enfrentar dificuldades, as frustrações e o modismo é um forte candidato para as drogas.
O jovem usa droga para:

reduzir tensão emocional;
remover o aborrecimento;
alterar o humor;
resolver problemas;
seguir os colegas;
ficar na moda;
expandir a consciência;
buscar o auto-conhecimento;
atingir prazer imediato, etc;
O jovem usuário de drogas tem dificuldade de formar um "eu" adulto e fica sempre com uma sensação de incompletude, a droga age como um cimento nas fendas da parede que completa seu "eu",  As carências constituídas na primeira infância acarretam esta "falta" ou "incompletude" e a droga vem para completar.
O início do uso de drogas é uma lua de mel. Os pais ficam longos anos desconhecendo que o filho as utiliza. Depois da lua de mel vem o desconforto de estar sem o produto, aumenta a "tolerância" (necessidade de mais doses para o mesmo efeito) e a "dependência" (dificuldade de controlar o consumo).
Geralmente, encontramos jovens que usam drogas legais e ilegais nos shows e festinhas, mas não se consideram dependentes delas. "Brincam com fogo" e desprezam toda informação científica que alerta sobre os perigos da "tolerância" e da "dependência".
Assim encontramos três fatores que, juntos, favorecem o desenvolvimento da "toxicomania" ou "dependência química", são eles: a droga, o jovem e sua personalidade e o momento dele dentro da família e sociedade.
O que leva o jovem a fazer uso de droga é a busca do prazer, da alegria e da emoção. No entanto, este prazer é solitário, restrito ao próprio corpo, cujo preço é a autodestruição. Tudo isto faz esquecer a vida real e se afundar num mar de sonhos e fantasias. Esta é uma opção individual, se bem que, muito condicionada ao papel do grupo.
"O uso de drogas pode ser uma tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança.".
Além do prazer, a droga pode funcionar como uma forma de o adolescente afirmar-se como igual dentro de seu grupo. Existem regras no grupo que são aceitas e valorizadas por seus membros, tais como: o uso de certas roupas, o corte de cabelo, a parada em certos locais e a utilização de drogas.
É no grupo que o jovem busca a sua identidade, faz a transição necessária para alcançar a sua individualização adulta. Porém, o jovem tem o livre-arbítrio na escolha de seu grupo de companheiros. O tipo de grupo com o qual ele se identifica tem tudo a ver com sua personalidade.
Outra motivação forte para o jovem buscar a droga é a transgressão. Transgredir é contestar, é ser contra a família, contra a sociedade e seus valores. Uma certa dose de transgressão na adolescência é até normal, mas quando ela excede com drogas, representa a desilusão e o desencanto.
Os jovens, muitas vezes, utilizam determinada droga para apontar a incoerência do mundo adulto que usa e abusa das drogas legais como álcool, cigarro e medicamentos. Acreditam que os adultos deveriam ser um "porto-seguro", um referencial da lei e dos limites. No entanto, muitos adultos não pararam para refletir sobre isso.
A "onipotência juvenil" é uma característica da adolescência que faz com que o jovem acredite que nada vai acontecer. Pode transar sem camisinha e não vai engravidar ou pegar AIDS ou DST, pode usar drogas e não vai se tornar dependente.
No entanto, é ainda maior o risco de dependência, no jovem quando:
- possui dificuldade de desligar-se da situação de dependência familiar;
- existem falhas na capacidade de reconhecer-se como indivíduo adulto, capaz e separado dos outros;
- possui dificuldades de lidar com figuras de autoridade, desafia e transgride compulsivamente.
Os adolescentes sofrem influências de modismos e de subculturas, são contestadores, sofrem conflitos entre a dependência e a independência, têm uma forte tendência grupal, um desprazer com a vida urbana rotinizada e uma grande ausência de criatividade. Alguns adolescentes fazem a descoberta do valor da vida em confronto com a morte, através de esportes violentos, pegas de carros, roleta russa, anorexia nervosa, suicídio e drogas.
A primeira onda de socialização da droga surgiu nos anos 60. Muitas pessoas começaram a questionar a realidade social e procurar uma cura psíquica na natureza, já que o mundo urbano não oferecia alternativas. Aprenderam a usar certas plantas para modificar a percepção consciente, era a época dos hippies.
Hoje, conhecemos o grande equívoco, definitivamente todas as drogas causam dependência e esta "falsa" sensação divina acaba anestesiando a realidade individual de não se sentir "bom o bastante"..

A sociedade atual tem pouco a oferecer para o jovem antes que sejam considerados adultos produtivos, suas vidas estão sem significado e seus modelos são os heróis intocáveis da TV. Os jovens sabem que nunca serão estes heróis e sentem necessidade de se descobrir e responder a questão "Quem sou eu?"
"Os jovens procuram encontrar-se utilizando drogas. Tentam eliminar a dor, a limitação, sacudir-se do desconforto de serem pequenos demais. Fazem isso por meio de drogas porque foram criados num modo de vida quase passivo. Hoje a juventude acumula eletricidade estática que não deixa uma marca, não encontra um canal para escoar. A agitação é grande demais para o Sistema Nervoso que é estimulado em excesso e não possui um canal de reação. Assim os jovens simplesmente utilizam vários tipos de drogas para sintonizar-se e livrar-se do desconforto que sentem no corpo, nas emoções e na mente."
É tão difícil para o jovem ser ele mesmo que acaba representando vários papéis, um em casa, outro com os colegas, outro na escola, indefinidamente espera ser levado em conta. Chegar aos 18 anos, de nada alivia porque o processo educativo é prolongado, a adolescência também é prolongada e fica muito longe a chegada à idade adulta, na qual a sociedade o aceitará e aprovará seus conceitos, pensamentos e criatividade.
Os pais não sabem o que fazer com a caótica energia do jovem e a escola muito menos. O jovem vive uma realidade tensa com as notas, provas, semestres... sem que se perceba como um sentido real de força e valor. Esta separação emocional e intelectual acaba provocando o "aluno desistente". Desistir de estudar é sedutor, é uma defesa contra um mundo hostil. As drogas aliviam o desconforto social, funcionam como uma cortina de fumaça para disfarçar a sensação de vazio.
Nosso caminho evolutivo acaba sendo atrasado por esta opção que tanto ilude e prejudica nossa essência e nossa capacidade de discernimento.
O que acontece é que as drogas trazem uma percepção de realidade passiva. Podem até ser um caminho para a expansão da percepção consciente, porém é um caminho passivo, de fora para dentro, é artificial e causa dependência. A dimensão do astral não é passiva, exige ação intencional, práticas de respiração, meditação e recolhimento interior.
"A maconha é uma das drogas que criam uma modificação permanente no cérebro. A maconha deposita nas sinapses nervosas um resíduo viscoso que é parecido com o piche e não pode ser retirado. Esse resíduo retarda nossa capacidade de entrar em outras oitavas de percepção consciente porque as sinapses, que transportam mensagens, perdem a faculdade de entregar os dados que recebem. As pessoas que optam por essa forma de alterar a percepção consciente estão de fato diminuindo suas próprias vibrações."
Se quisermos entrar em contato com a Espiritualidade Maior, em outras dimensões, não podemos danificar nosso campo eletromagnético, somos sistemas energéticos. Quando utilizamos drogas criamos buracos no campo de nossa aura.
Quando os jovens conhecem sua finalidade na vida, reconhecem a força no seu coração e na sua intuição, não sentem necessidade de recorrer às drogas como meio de fuga. Podem compartilhar a ligação com o Eu Superior e sentir a energia criativa que emanam através das palavras, imagens, quadros ou música.
As principais recomendações de Divaldo Franco para o jovens são essas:
A pretexto de comemorações, festas, não se comprometa com o vício; apenas um pouquinho pode ser uma picada de veneno letal que mesmo em pequenas doses pode ser fatal;
Se está feliz, fique feliz lúcido;
Se está sofrendo, enfrente a dor abstêmio e forte;
Para qualquer situação recorra à prece. 

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam" 
Paulo de Tarso, em sua 1ª epístola as Coríntios
 

quarta-feira, 23 de março de 2011

NECESSIDADE ESSENCIAL
Causa impacto a onda de violência que assola o país e o mundo. E não só a violência de assassinatos, mas também a questão econômica e suas conseqüências, como também doenças, tragédias e tudo mais que se tem visto...
No fundo, no íntimo da questão, comparece como causa de tudo o que está ocorrendo, a educação religiosa. Esta é que forma o caráter, desde pequeno. Vivemos uma indiferença à formação e educação religiosa. Relegou-se a religião a um mero formalismo, uma obrigação, algo como a obrigação de entregar a declaração de Imposto de Renda ou o licenciamento do carro, anualmente...
Que equívoco!
Religião é algo prioritário em nossas vidas. Como relegá-la a algo que nos dedicamos quando há tempo, quando tudo está bem ou quando nada está bem. Religião é alimento da alma, necessária à vida interior de cada um como o alimento o é para o corpo.
Os pais precisam prestar atenção nisto. Não importa a religião que professem, mas precisam levar a sério esta questão e não restringir a religião apenas ao momento em que comparecem ao templo de suas religiões. Há que se viver religião em casa, com os filhos, falando-lhes sobre os fundamentos, princípios e objetivos da religião.
Religião requer estudo, debate, conversa, análise dos tópicos.
Se os pais relegam isto a plano secundário, apenas cumprindo obrigação, estão omitindo educar os filhos, pois a religião é educação da alma, é formação de caráter, é religação com Deus. Depois, como espantar-se com a onda de violência, com os extremos que vivemos, se deixamos de falar de Deus, de direcionar essas almas que estão sob nossa responsabilidade para a necessidade do respeito, da gratidão, do esforço por melhorar-se, da confiança em Deus ou seja, da aquisição de virtudes como a solidariedade, a humildade, o amor ...
Deixamos crescer o egoísmo nos corações, alimentamos o orgulho e depois nos queixamos da indiferença, do desamor, da violência. Ora, o que estamos fazendo com os filhos?
Não é nosso dever educá-los, encaminhá-los para Deus? E os deixamos distantes da religião? E achamos que a religião é mero comparecimento ao templo em dias determinados.
Temos que dar à religião o mesmo carinho, a mesma atenção, o mesmo valor que damos à família, à convivência. É ela que nos alimenta, que nos sustenta – hoje ou amanhã . Pensemos nisto e coloquemos sentimentos e aquelas virtudes ensinadas por Jesus no coração dos filhos e em breve tempo teremos um mundo mais fraterno. Pelo menos, façamos a nossa parte...

segunda-feira, 21 de março de 2011

 SER MÉDIUM
A mediunidade é registro paranormal que se encontra inscrito na criatura humana, à semelhança da inteligência, da razão.
Todo indivíduo que, conscientemente ou não, capta a presença de seres espirituais e portador de mediunidade, cabendo-lhe a tarefa de desdobrar os recursos parafísicos, através de conveniente educação, graças a qual se tornará intrumento responsável para o ministério superior a que a mesma se destina.
Inicialmente confundida com várias patologias, sejam de ordem mental ou orgânica, a mediunidade fez-se meio para demonstrar o equívoco em que teimavam permanecer os seus adversários gratuitos ou os investigadores apressados.
Caracterizando uma função sempre presente no homem em todas as épocas, só a partir de Allan Kardec passou a receber estudo profundo e consideração, vindo, então, a ocupar o lugar que lhe e devido, como ponte para o intercâmbio entre os espíritos de ambos os lados da vida com aqueles que se encontram mergulhados na mesma faixa das percepções psíquicas no corpo físico.
Espontânea, surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosa ou cepticismo no qual se encontre o indivíduo.
Normalmente chama a atenção pelos fenômenos insólitos de que se faz portadora, produzindo efeitos físicos e intelectuais, bem como manifestações na área visual, auditiva, apresentando-se com gama variada conforme as diversas expressões intelectuais, materiais e subjetivas que se exteriorizam no dia-a-dia de todos os seres humanos.
Direcionando a observação para as ocorrências inabituais que lhe sucedam, o médium descobre um imenso veio aurífero que, penetrado, brinda-o com gemas de inapreciável qualidade.
Assim como o mergulhador educa a respiração para descer nas águas profundas onde espera encontrar ostras raras, portadoras de pérolas incomuns, o médium tem o dever de disciplinar a mente, a fim de aprofundar-se no oceano íntimo e dali arrancar as preciosidades que se encontram engastadas na concha bivalve das aspirações morais e espirituais.
Ás vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na area orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua constituição fisiopatológica.
Não e a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que este se reveste.
Por outro lado, quando a ação espiritual e salutar, uma aura de paz e de bem estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
A educação ou desdobramento mediúnico objetiva ampliar o campo de realizações paranormal, porquanto, através dos recursos próprios, tem a especial finalidade de instruir os homens, realizar a iluminação de consciências, facultar o ministério da caridade, pelas possibilidades que proporciona aos desencarnados em aflição de terem lenidos os sofrimentos, as mágoas, a ignorância...
A faculdade de ser médium, própria dos seres inteligentes, constitui um superior instrumento de serviço ao alcance de todos, dependendo de cada um atender-lhe a presença orgânica ou ignorá-la, apurando-lhe a sensibilidade ou perturbando-lhe o mister, deixando-a ao abandono, aí correndo riscos de ser utilizada por entidades perversas ou levianas que se encarregarão de perturbá-la, entorpecê-la ou torná-la meio de desequilíbrio para o próprio médium como para aqueles que o cercam.
Não e, portanto, o ser médium ou não, mas a conduta que este se aplique que atrairá mentes que se irradiam no mesmo campo de vibrações especiais.
Swedenborg, ao perceber a presença da mediunidade, cientista e culto, não tergiversou em estudar a faculdade e dedicar-se ao seu exercício, brindando a humanidade com valioso patrimônio de sabedoria, esperança e paz.
Edgar Cayce, constatando a manifestação mediúnica de que se tornou objeto, aplicou-se ao labor pertinente e auxiliou dezenas de milhares de pacientes que lhe buscaram o socorro...
Adolf Hitler, depois de frequentar o Grupo Thule, de fenômenos mediúnicos, dirigido por Dietrich Eckhart, em Berlim, ensandeceu-se, e, fascinado, acreditou-se a "mão da Providência", tornando-se destruidor de milhões de vidas e responsável por males incontáveis, que ainda permanecem na Terra...
A mediunidade, em si mesma, não e boa nem e má, antes, apresenta-se em caráter de neutralidade, ensejando ao homem utilizá-la conforme lhe aprouver, desse uso derivando os resultados que acompanharão o medianeiro até o momento final da sua etapa evolutiva no corpo.
Médiuns e Mediunidades - Vianna de Carvalho, Divaldo Franco

quinta-feira, 17 de março de 2011

  Cidadania com Caridade
Sem um princípio religioso, como acontece ao viajor que anda tateando pelo caminho, a Humanidade tem se aproximado do caminho ideal, desenvolvendo idéias que lembram algo do Evangelho.
Tal, por exemplo, é o conceito de cidadania, bastante divulgado hoje nas sociedades civilizadas.
Cidadão é o indivíduo consciente de seus direitos e de seus deveres perante a sociedade. A consciência de cidadania, quando exercitada pela população, melhora o relacionamento e o bem-estar social.
Deveres elementares:
Não furar a fila do cinema…
Não jogar lixo na via pública...
Não sonegar impostos.
Não elevar o som do rádio, perturbando o sossego alheio.
Direitos básicos:
Saber como funcionam e como recorrer aos órgãos de Defesa do Consumidor, às associações de classe, às associações de moradores, à assistência judicial, médica, psicológica...

A cidadania é, sem dúvida, um progresso no relacionamento social. Mas parece que falta algo. Não basta ter consciência dos direitos e deveres, porque, se mal orientada, a cidadania pode originar uma exaltação do egoísmo, gerando problemas entre indivíduos e coletividades.
É preciso usar de caridade.
Num casamento que vai mal, os cônjuges têm o direito de providenciar uma separação, dispostos a assumir seus deveres no cuidado dos filhos, dividindo atribuições. Não obstante, haverá problemas. Um lar que se dissolve é sempre traumatizante para os filhos. Não seria interessante tentar superar as diferenças, visando o bem-estar das crianças?
Um motorista desastrado entra na traseira de um automóvel, quebrando o pára-choque e as lanternas. O proprietário pensa em recorrer à Justiça e exigir o ressarcimento das despesas de conserto, mas constata que se trata de pessoa pobre. Embora seu carro possa ser arrestado numa pendência judicial, não seria melhor relevar, considerando que o surrado veículo é o seu instrumento de trabalho e que ele, literalmente, não tem onde cair morto?
A Europa, onde o conceito de cidadania está bastante desenvolvido, vive hoje sérios problemas de xenofobia, a rejeição de imigrantes, sob a alegação de que conturbam o relacionamento social e inflacionam a oferta, no mercado de trabalho, gerando desemprego. Conflitos violentos surgem por isso. Não seria melhor usar da caridade, considerando que os imigrantes precisam de ajuda?
No Oriente Médio vemos a exacerbação de ódios raciais de povos – o judeu e o árabe – que defendem seus direitos até as últimas conseqüências, partindo para uma guerra, sem considerar os estragos que estão produzindo, o sofrimento para seus próprios irmãos. Não seria interessante uma pitada de caridade, cada lado pensando nas carências e necessidades do outro, buscando sentarem-se à mesa de negociações, ao invés de se agredirem?
O mesmo acontece no Iraque, onde sunitas e xiitas, galhos de uma mesma árvore, o Islamismo, empenham-se em furiosos combates para defender seus direitos, em nome de Alá. Se exercitassem a caridade, tudo seria mais fácil.
Não basta reivindicar direitos e exaltar deveres. É preciso um componente aí – a caridade, o pensar no outro, sem o que jamais haverá paz na sociedade humana.
Nos Estados Unidos, onde o conceito de cidadania está largamente difundido, exaltando-se a consciência de direitos e deveres, a sociedade está organizada em torno de sindicatos, associações de moradores, organizações não governamentais, fundações, que ressaltam a consciência de direitos e deveres.
Comentava um confrade que nos condomínios residenciais, as associações de moradores defendem os direitos dos proprietários e ao mesmo tempo cobram por seus deveres. As casas por fora são muito bem cuidadas, ajardinadas, pintura impecável. Se houver descuido haverá pesadas multas.
Curiosamente, onde a cidadania está mais difundida é onde são mais numerosas as ações judiciais. Não é novidade nenhuma que nos Estados Unidos os serviços médicos e odontológicos são caríssimos, porque os profissionais de saúde são obrigados a fazer seguros dispendiosos para atender a ações indenizatórias que contra eles são movidos, por pacientes não satisfeitos com o atendimento ou que se sentem prejudicados em relação a algum procedimento cirúrgico.
Há tamanho emaranhado de reivindicações e interesses de advogados, que decisões bizarras acabam acontecendo na exaltação dos direitos do cidadão.
Por ter se queimado com uma xícara de café quente derramada em seu colo, a cliente processou uma rede de comida rápida. Recebeu três milhões de dólares de indenização. Detalhe: ela própria, descuidada, derramara o café.
Uma senhora recebeu setecentos e oitenta mil dólares de indenização de uma loja de móveis por ter tropeçado numa criança que corria solta pela loja. Na queda quebrou o tornozelo. Detalhe: a criança era filha da cliente.
Um homem ficou preso na garagem de uma casa, cujos moradores viajaram. Durante oito dias alimentou-se de ração para cachorros e refrigerantes ali armazenados. Foi à justiça e recebeu do proprietário uma indenização de quinhentos mil dólares, sob a alegação de que a situação lhe causara profunda angústia mental. Detalhe: era um assaltante desastrado que entrou na garagem por dentro da casa e não conseguiu sair porque o portão estava travado e a porta de acesso, com mola hidráulica, fechou quando ele passou.
Um ancião foi indenizado em quatorze mil e quinhentos dólares, mais despesas médicas, depois de ter sido mordido pelo cachorro do vizinho. Detalhe: o cachorro estava preso numa coleira e só reagiu quando o cidadão pulou a cerca e atirou contra ele usando uma espingarda de chumbo.
Um restaurante foi condenado a pagar cento e treze mil e quinhentos dólares a uma cliente que escorregou no piso molhado e quebrou o cóccix. Detalhe: ela própria molhara o chão ao atirar um copo de refrigerante no namorado, durante uma discussão.
Uma jovem processou o proprietário de uma casa noturna, por ter caído no banheiro e quebrado dois dentes da frente. Recebeu doze mil dólares, mais despesas dentárias. Detalhe: ela estava tentando fugir pela janela, para não pagar a conta.
O exacerbamento dos direitos individuais, na exaltação da cidadania, acaba gerando problemas dessa natureza que conturbam o relacionamento social. Não basta cogitar de direitos pessoais ou respeitar direitos alheios. Entre um e outro, é fundamental a introdução da caridade para que, pensando no outro, não minimizemos nossos deveres, nem maximizemos nossos direitos. Pensando assim, entendemos por que Jesus dizia, no sermão da Montanha (Mateus, 5:38-42):
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau. Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E se alguém quiser demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes."
À primeira vista, parecerá absurdo um comportamento dessa natureza, passível de nos causar prejuízos. Mas tudo muda de figura se aplicarmos a caridade nessas situações, o pensar no outro, nas suas necessidades e limitações, com o que nos livraremos dos males maiores, relacionados com o ódio, o ressentimento, o rancor...
Na ótica do egoísmo, não fazer acordo algum é melhor do que um acordo insatisfatório.
Na ótica da caridade, um acordo insatisfatório é sempre melhor do que nenhum acordo.
Richard Simonetti
Fonte: Revista "Reformador"

quarta-feira, 16 de março de 2011

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
O espírito Joanna de Ângelis nos fala sobre as doenças psicossomáticas e o importantíssimo papel da mente na saúde:
O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros. Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram. Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.
Determinadas emoções fortes – medo, cólera, agressividade, ciúme – provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às grândulas supra-renais. Por sua vez, essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.
A repetição do fenômeno provoca várias doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão, etc., assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.
Conscientizar-se desta realidade é despertar para valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.

Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais. A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.
As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.
É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.
De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
Essa seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.
Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.
A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação. Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.
Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.
O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.
Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos, degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.
Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.
Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.
O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã – geradora da ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais, etc.
Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc..
O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.
Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.
Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: – A cada um será dado segundo as suas obras.
Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.
Por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco;
Livro Autodescobrimento (Ed. LEAL)

segunda-feira, 14 de março de 2011

 CATACLISMOS E FLAGELOS NATURAIS
Questionamentos surgem quanto à natureza da justiça divina após destruidores cataclismos e flagelos naturais em que milhares de seres humanos perecem, de forma trágica, quase que instantaneamente. Sobretudo, porque, do ponto de vista de nossa imediata identificação com a realidade física, pessoas de bem sucumbem na mesma condição que os perversos.

No entanto, esclarecem os bons espíritos que durante a vida terrena o homem relaciona tudo a seu corpo, mas após a morte, pensa de outra maneira. "A vida do corpo é um quase nada; um século de vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Os sofrimentos que duram alguns dos vossos meses ou dias, nada são. Apenas um ensinamento que vos servirá no futuro. Os espíritos que preexistem e sobrevivem a tudo, eis o mundo real. São eles os filhos de Deus e o objeto de sua solicitude".

E aqui está toda a raiz do sofrimento na Terra: o esquecimento de nossa verdadeira identidade espiritual e a conseqüente e atrofiada identificação com o mundo material e sua brutal e imperfeita
realidade.

Esquecidos de que somos seres espirituais em um mundo material, sequer cogitamos sobre as leis imutáveis da Inteligência Suprema regulando continua e incessantemente todas as coisas. Esquecemos também da lei de destruição, que é soberana na dimensão física, onde atualmente nossa consciência estagia, em demanda a realidades mais refinadas. Os espíritos insistem em nos conscientizar de que nossa realidade é espiritual por isso, há todo esse esforço deles nas comunicações, para que não nos desesperemos em momentos naturais extremos e inevitáveis.

Dizem eles que os corpos não são mais que disfarces sob os quais nosso verdadeiro ser aparece no mundo. "Nas grandes calamidades que dizimam os homens eles são como um exército que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O general tem mais cuidado
com os soldados do que com as vestes". Tempestades passageiras no destino do mundo.

Lembra-nos o notável codificador Allan Kardec, em diálogo com entidades Venerandas do Alto, transcrito em O Livro dos Espíritos no capítulo Lei de Destruição, "quer a morte se verifique por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que no primeiro caso parte um grande número ao mesmo tempo". E observa, inteligentemente: "se pudéssemos elevar-nos pelo pensamento de maneira a abranger toda a humanidade numa visão única, esses flagelos
tão terríveis não nos pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo".
Nosso ponto de vista distorcido.

Mesmo assim, fica aquela impressão de que as vítimas desses flagelos continuam sendo vítimas. Contudo, enfatizam os espíritos sobre nosso ponto de vista distorcido, convidando-nos a considerar que a vida, em sua expressão apenas material, "é insignificante em relação ao infinito", e justamente temos dificuldade em levar isto em consideração. E na balança da lei de compensação cósmica, outra lei divina e soberana, "essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-las com resignação". Nessas tragédias, cada indíviduo recebe, em menor ou maior proporção, a parte que lhe cabe.

Lembram-nos ainda os bons espíritos de que muitos flagelos são as conseqüências da própria imprevidência do homem. À medida que se adquire conhecimentos e experiências, ele pode evitá-los, preveni-los (ou minimiza-los) se souber pesquisar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a humanidade, há os que são de natureza geral e pertencem aos desígnios da Providência. "Desses, cada indivíduo recebe, em menor ou maior proporção, a parte que lhe cabe, não lhe sendo possível opor nada mais que a resignação à vontade de Deus. Mas ainda esses males são geralmente agravados pela indolência do homem".

Os avanços da ciência — o exercício da inteligência e da caridade Sobre essa questão de prevenção, comenta o codificador, ainda no mesmo capítulo de O Livro dos Espíritos: "Através da ciência, algumas regiões antigamente devastadas por terríveis flagelos não estão hoje
resguardadas? Que não fará o homem, portanto, pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando, ao cuidado da sua preservação pessoal, souber aliar o sentimento a uma verdadeira caridade para com semelhantes?"

Enfatizam os espíritos que esses grandes flagelos naturais "são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a
vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, se ele não for dominado pelo egoísmo".
Os desígnios da Providência face aos flagelos destruidores.

Durante esses trágicos acontecimentos, os desesperados e os imediatistas perguntam por quê Ele não poderia empregar outros meios para melhorar a humanidade que não essas tragédias.
Ao que respondem os espíritos do bem: "O Criador diariamente emprega outros meios, pois deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem que não os aproveita; então, é necessário afligi-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir a própria fraqueza."

No plano imperfeito em que nos encontramos, a destruição é necessária para a regeneração moral dos espíritos e sintetizando o ensinamento dos espíritos superiores, sobre a lei da destruição, soberana em nosso plano material, esclarecem eles que o Criador aflige a humanidade com esses flagelos para fazê-la avançar mais depressa, uma vez que a destruição é necessária para a regeneração moral dos espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição.

E observam: "é necessário ver o fim para apreciar os resultados. Só julgais essas coisas do vosso ponto de vista pessoal, e os chamais de flagelos por causa dos prejuízos que vos causam. Mas esses transtornos são freqüentemente necessários para fazer com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos".

Artigo elaborado sobre estudo do capítulo VI Lei de Destruição, livro
terceiro, de O Livro dos Espíritos
"...Hoje, é possivel enfrentes a noite da provação inesperada.
Não te esqueças, porém de que nada consiguirá impedir o surgimento de um novo amanhecer."
Scheilla