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domingo, 31 de março de 2013



SOBRE A QUESTÃO DA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
José Raul Teixeira
Pergunta: Se é verdade que a cada um é dado segundo suas necessidades e ou méritos, qual parece ser o melhor proceder para as pessoas que se interessam por política saudável e consciente: viver sua vida privada da melhor maneira possível ou dedicar seu tempo às questões políticas, sociais e etc?

Raul: Essas coisas se acham interligadas desde que o velho Platão estabelece que o ser humano é um animal político. Em todas as nossas ações na sociedade está o sabor da nossa participação política. Mesmo aqueles que se dizem apolíticos já estão apresentando a sua posição política. Eles são apolíticos e essa é uma posição política: eles querem dizer que não se envolvem, e isto é um posicionamento dos mais horrendos, por sinal.
É como se nós vivêssemos numa casa e, quando alguém nos apontasse para a necessidade da sua higiene a gente dissesse “eu não quero nem saber, eu sou amoradia”; quando alguém nos dissesse  que precisamos pintar: “eu não quero nem saber, eu detesto moradias”; quando alguém falasse que a casa está caindo: “não é nem comigo”. Será com quem? Com os vizinhos? Então normalmente quando as pessoas dizem que são apolíticas elas podem querer dizer que são apartidárias, aí sim.
Há pessoas que gostam de esportes mas não torcem por time nenhum, gostam de todos; há pessoas que gostam de política, enquanto ciência, enquanto doutrina, enquanto filosofia,  mas abominam partidarismos políticos.  Então essa pessoa terá, na sua vida comum, posturas políticas que conhece, em função do seu filosofar político, mas não está dando importância a esses partidarismos que, principalmente no Brasil, perderam a sua grandeza ideológica, passaram a ser tendas de conveniência que as pessoas não respeitam.
É impossível que alguém que seja socialista hoje, amanhã já será capitalista. É sinal que ele nunca foi nada, era daqueles que tiram proveito do posicionamento político da sociedade.
Então será importante que nós trabalhemos em torno de uma ideologia política, de uma doutrina política. O que é importante para nosso Estado, para a nossa cidade. Se sabemos disso, então vamos trabalhar para isso, seja na minha ação voluntária na sociedade, seja na minha ação profissional, seja na minha ação de cidadania elegendo meus representantes nas Casas de Leis dos poderes constituídos. Vou fazer valer a minha participação de forma consciente, lúcida, madura, sem vender meu voto, sem trocá-lo por conveniências. Quando fizermos isso, estaremos mostrando uma maturidade nas nossas concepções políticas. Quando estiver vendendo meu voto por isso ou por aquilo, eu ainda não terei alcançado a política enquanto doutrina, enquanto filosofia; estarei nas bases da politicagem, querendo tirar proveitos. E se eu quero tirar proveito às custas do erário, eu vou ter que devolver. Não esqueçamos que tudo aquilo que eu ganhar fora dos esforços do meu trabalho, terei que devolver, não me pertence. Tudo que alguém me der e que também a ele não pertença terei que devolver. Teremos sido receptores de artigos furtados ou roubados e deste modo seremos réus de juízo também.
Logo, nossa participação política não será apenas no dia de eleição ou nos dias de eleições. Participação política é saber cobrar as coisas que estão acontecendo erradamente na sociedade, saber ir para os jornais, saber ir ao nosso Vereador, ao nosso Deputado, ao nosso Governador, escrever nos jornais, na coluna dos eleitores, participar dizendo, falando, não adotar aquela postura “não vai adiantar nada”. Não vai adiantar se meia dúzia fizer, mas se a nossa Associação de bairro, Associação de moradores, a OAB, os órgãos, as Igrejas, se nós nos unirmos enquanto organismos da sociedade, as coisas mudam. Essa é a fé do indivíduo político. Ele sabe como cobrar, ele sabe como pressionar. É importante que saibamos cobrar os nossos direitos. Não podemos olvidar do cumprimento dos nossos deveres. Então, quem cumpre deveres e cobra seus direitos é um cidadão politicamente correto.

segunda-feira, 25 de março de 2013



RECURSOS FINANCEIROS  AUTOSSUFICIÊNCIA NA CASA ESPÍRITA
* Francisco Batista Menezes Júnior
“A igreja (da Antioquia) não era rica, mas a boa vontade dos componentes parecia provê-la das graças abundantes. Emmanuel/Francisco Xavier” – Paulo e Estevão- Cap. 4.
“Para alguém fazer qualquer coisa de sério, tem que se submeter às necessidades impostas pelos costumes da época em que vive e essas necessidades são muito diversas das dos tempos da vida patriarcal. O próprio interesse do Espiritismo exige, pois que se apreciem os meios de ação para não ser forçoso parar a meio do caminho. Apreciemo-los, portanto, uma vez que estamos num século em que é preciso calcular tudo”. (Allan Kardec - Obras Póstumas- Constituição do Espiritismo – Vias e meios).
Kardec já demonstrava a preocupação em adequar as receitas às despesas na instituição espírita a qual, por ser uma “empresa do Cristo” em nossas mãos, deve acompanhar a realidade dos tempos, enxugando-se custos e buscando-se eficiência e qualidade nas ações empreendidas.
É preciso buscar meios de subsistência dos centros, creches, abrigos, albergues, escolas hospitais, meios de comunicação entre tantas outras responsabilidades similares. Muitas dificuldades enfrentará a instituição que não for trabalhando para tornar-se independente das subvenções públicas ou particulares. Tal não significa descartá-las sistematicamente, mas sim implantar uma atividade digna, constante e lucrativa movida pelo trabalho que possa produzir recursos, os quais sejam aplicados com equilíbrio, planejamento e honestidade.
Com esta linha de raciocínio cumpre distinguir meios adequados para angariar recursos evitando os que não condizem com a legalidade ou não sejam oriundos do trabalho honesto e digno. Aos tradicionais eventos beneficentes juntem-se atividades culturais, bazares, livrarias e similares desde que condizentes com a moral e os bons costumes.
Outro cuidado que se deve ter é a adaptação aos meios de pagamento vigentes. Há algumas décadas, apenas o dinheiro em espécie circulava, passando-se aos cheques e, mais recentemente aos cartões, o chamado dinheiro de plástico e às transações eletrônicas. Instituições mais estruturadas, principalmente no Sul e Sudeste, já vêm utilizando cartões de crédito/ débito personalizados, administrados por bandeiras conceituadas, que permitem angariar de forma segura, percentuais das compras efetuadas no mercado em geral por colaboradores que a eles aderem voluntariamente. Tal exemplo poderá ser adotado por outras instituições, isoladamente ou em grupos, o que contribuirá para minimizar graves problemas de insuficiência financeira de muitas instituições, os quais, fatalmente, trazem impactos negativos sobre o funcionamento destas.
Justo reconhecer a necessidade de dinheiro para manutenção das atividades doutrinárias e assistenciais, contudo que não nos escravizemos a ele, correndo o risco de nociva dependência. Indispensável, portanto, às instituições espírita, aceitar doações de verbas públicas que emanam do povo, para suporte às suas obras. Inadmissível, porém, sob todos os aspectos, é o dirigente espírita imiscuir-se, ingênua ou enganosamente em questões políticas partidárias e fazer publicamente apologia aos gestores do poder temporal, repassadores destes recursos. De acordo com Jesus, a moeda material não poderá suplantar jamais a missão sublime do amor em nossos corações.
*Sócio efetivo e membro do Conselho Deliberativo da Federação Espírita do Estado de Goiás e sócio efetivo do Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo- Casa de Eurípedes. Contato: francisco_juniorb@yahoo.com.br.

quinta-feira, 21 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013



AMOR, FORÇA QUE REGE O UNIVERSO



No Universo inteiro o espiritual e o material interagem um sobre o outro ininterruptamente, obedecendo a lei de afinididade, portanto, depende de nós o procurar se melhorar através do conhecimento de sí próprio, para que saibamos viver sempre em sociedade, de maneira solidadaria, de forma a abranger todas as relações com os nossos semelhantes, ou seja, na doação natural é total sem constrangimento nenhum para com o próximo, pois teremos o Amor como força regendo todas as nossas relações.
A cura total de nossos males só se dará quando conseguirmos amar, a tudo e a todos com liberdade de consciência e despreendimento, pois somente o amor proporciona vida, alegria e equilíbrio.