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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O ESPÍRITA E O MUNDO ATUAL
José Herculano Pires
A Terra está passando por um período crítico de crescimento. Nosso pequenino mundo, fechado em concepções mesquinhas e acanhados limites, amadurece para o infinito. Suas fronteiras se abrem em todas as direções. Estamos às vésperas de uma Nova Terra e um Novo Céu, segundo as expressões do Apocalipse. O Espiritismo veio para ajudar a Terra nessa transição.
Procuremos, pois, compreender a nossa responsabilidade de espíritas, em todos os setores da vida contemporânea. Não somos espíritas por acaso, nem porque precisamos do auxílio dos Espíritos para a solução dos nossos problemas terrenos. Somos espíritas porque assumimos na vida espiritual graves responsabilidades para esta hora do mundo. Ajudemo-nos a nós mesmos, ampliando a nossa compreensão do sentido e da natureza do Espiritismo, de sua importante missão na Terra. E ajudemos o Espiritismo a cumpri-la.
O mundo atual está cheio de problemas e conflitos. O crescimento da população, o desenvolvimento econômico, o progresso cientifico, o aprimoramento técnico, e a profunda modificação das concepções da vida e do homem, colocam-nos diante de uma situação de assustadora instabilidade. As velhas religiões sentem-se abaladas até o mais fundo dos seus alicerces. Ameaçam ruir, ao impacto do avanço cientifico e da propagação do ceticismo. Descrentes dos velhos dogmas, os homens se voltam para a febre dos instintos, numa inútil tentativa de regressar à irresponsabilidade animal.
O espírita não escapa a essa explosão do instinto. Mas o Espiritismo não é uma velha religião nem uma concepção superada. É uma doutrina nova, que apareceu precisamente para alicerçar o futuro. Suas bases não são dogmáticas, mas cientificas, experimentais. Sua estrutura não é teológica, mas filosófica, apoiada na lógica mais rigorosa. Sua finalidade religiosa não se define pelas promessas e as ameaças da Teologia, mas pela consciência da liberdade humana e da responsabilidade espiritual de cada indivíduo, sujeita ao controle natural da lei de causa e efeito. O espírita não tem o direito de tremer e apavorar-se, nem de fugir aos seus deveres e entregar-se aos instintos. Seu dever é um só: lutar pela implantação do Reino de Deus na Terra.
Mas como lutar? Este livrinho procurou indicar, aos espíritas, várias maneiras de proceder nas circunstâncias da vida e em face dos múltiplos problemas da hora presente. Não se trata de oferecer um manual, com regras uniformes e rígidas, mas de apresentar o esboço de um roteiro, com base na experiência pessoal dos autores e na inspiração dos Espíritos que os auxiliaram a escrever estas páginas. A luta do espírita é incessante. As suas frentes de batalha começam no seu próprio íntimo e vão até os extremos limites do mundo exterior. Mas o espírita não está só, pois conta com o auxílio constante dos Espíritos do Senhor, que presidem à propagação e ao desenvolvimento do Espiritismo na Terra.
A maioria dos espíritas chegaram ao Espiritismo tangidos pela dor, pelo sofrimento físico ou moral, pela angústia de problemas e situações insolúveis. Mas, uma vez integrados na Doutrina, não podem e não devem continuar com as preocupações pessoais que motivaram a sua transformação conceptual. O Espiritismo lhes abriu a mente para uma compreensão inteiramente nova da realidade. É necessário que todos os espíritas procurem alimentar cada vez mais essa nova compreensão da vida e do mundo, através do estudo e da meditação. É necessário também que aprendam a usar a poderosa arma da prece, tão desmoralizada pelo automatismo habitual a que as religiões formalistas a relegaram.
A prece é a mais poderosa arma de que o espírita dispõe, como ensinou Kardec, como o proclamou Léon Denis e como o acentuou Miguel Vives. A prece verdadeira, brotada do íntimo, como a fonte límpida brota das entranhas da terra, é de um poder não calculado pelo homem. O espírita deve utilizar-se constantemente da prece. Ela lhe acalmará o coração inquieto e aclarará os caminhos do mundo. A própria ciência materialista está hoje provando o poder do pensamento e a sua capacidade de transmissão ao infinito. O pensamento empregado na prece leva ainda a carga emotiva dos mais puros e profundos sentimentos. O espírita já não pode duvidar do poder da prece, pregado pelo Espiritismo. Quando alguns "mestres" ocultistas ou espíritas desavisados chamarem a prece de muleta, o espírita convicto deve lembrar que o Cristo também a usava e também a ensinou. Abençoada muleta é essa, que o próprio Mestre dos Mestres não jogou à margem do caminho, em sua luminosa passagem pela Terra!
O espírita sabe que a morte não existe, que a dor não é uma vingança dos deuses ou um castigo de Deus, mas uma força de equilíbrio e uma lei de educação, como explicou Léon Denis. Sabe que a vida terrena é apenas um período de provas e expiações, em que o espírito imortal se aprimora, com vistas à vida verdadeira, que é a espiritual. Os problemas angustiantes do mundo atual não podem perturbá-lo. Ele está amparado, não numa fortaleza perecível, mas na segurança dinâmica da compreensão, do apercebimento constante da realidade viva que o rodeia e de que ele mesmo é parte integrante. As mudanças incessantes das coisas, que nos revelam a instabilidade do mundo, já não podem assustar o espírita, que conhece a lei de evolução. Como pode ele inquietar-se ou angustiar-se, diante do mundo atual?
O Espiritismo lhe ensina e demonstra que este mundo em que agora nos encontramos, longe de nos ameaçar com morte e destruição, acena-nos com ressurreição e vida nova. O espírita tem de enfrentar o mundo atual com a confiança que o Espiritismo lhe dá, essa confiança racional em Deus e nas suas leis admiráveis, que regem as constelações atômicas no seio da matéria e as constelações astrais no seio do infinito. O espírita não teme, porque conhece o processo da vida, em seus múltiplos aspectos, e sabe que o mal é um fenômeno relativo, que caracteriza os mundos inferiores. Sobre a sua cabeça rodam diariamente os mundos superiores, que o esperam na distância e que os próprios materialistas hoje procuram atingir com os seus foguetes e as suas sondas espaciais. Não são, portanto, mundos utópicos, ilusórios, mas realidades concretas do Universo visível.
Confiante em Deus, inteligência suprema do Universo e causa primária de todas as coisas, - poder supremo e indefinível, a que as religiões dogmáticas deram a aparência errônea da própria criatura humana, - o espírita não tem o que temer, desde que procure seguir os princípios sublimes da sua Doutrina. Deus é amor, escreveu o apóstolo João. Deus é a fonte do Bem e da Beleza, como afirmava Platão. Deus é aquela necessidade lógica a que se referia Descartes, que não podemos tirar do Universo sem que o Universo se desfaça. O espírita sabe que não tem apenas crenças, pois possui conhecimentos. E quem conhece não teme, pois só o desconhecido nos apavora.
O mundo atual é o campo de batalha do espírita. Mas é também a sua oficina, aquela oficina em que ele forja um mundo novo. Dia a dia ele deve bater a bigorna do futuro. A cada dia que passa, um pouco do trabalho estará feito. O espírita é o construtor do seu próprio futuro do mundo. Se o espírita recuar, se temer, se vacilar, pode comprometer a grande obra. Nada lhe deve perturbar o trabalho, na turbulenta mas promissora oficina do mundo atual.
Em resumo:
O espírita é o consciente construtor de uma nova forma de vida humana na Terra e de vida espiritual no Espaço; sua responsabilidade é proporcional ao seu conhecimento da realidade, que a Nova Revelação lhe deu; seu dever de enfrentar as dificuldades atuais, e transformá-las em novas oportunidades de progresso, não pode ser esquecido um momento sequer; espíritas, cumpramos o nosso dever!
Autor: José Herculano Pires
Inspirado por: Miguel Vives
Livro Tesouro dos Espíritas

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

 EROTISMO
 Numa cultura dedicada quase que exclusivamente ao erotismo é natural que o hedonismo predomine nas mentes e nos corações.

Como decorrência das calamidades produzidas pelas guerras contínuas de devastação com as suas armas inteligentes e de destruição em massa, o desespero substituiu a confiança que havia entre as criaturas, dando lugar ao desvario de todo porte que ora toma conta da sociedade.

Sem dúvida, tem havido um grande desenvolvimento cientificotecnologico, dantes jamais sonhado, no entanto, não acompanhado pelos valores éticomorais, cada dia mais negligenciados e desrespeitados pelos indivíduos assim como pelas nações.

A globalização, que se anunciava em trombetas, como solução para os magnos problemas socioeconômicos do mundo, experimenta a grande crise, filha espúria da falência moral de muitos homens e mulheres situados na condição de executivos supremos, que regiam as finanças e os recursos de todos, naufragados por falta de dignidade, ora expungindo em cárceres os seus desmandos, deixando porém centenas de instituições de variado porte na falência irrecuperável.

Como efeito, o sexo tornou-se o novo deus da cultura moderna, exaltado em toda parte e elemento de destaque em todas as situações.

Enquanto enxameiam as tragédias, os crimes seriais com o suicídio imediato dos seus autores, os multiplicadores de opinião utilizam-se da mídia alucinada para a saturação das mentes com as notícias perversas, que estimulam psicopatas à prática de hediondez que não lhes havia alcançado a mente.

Pessoas ditas famosas, na arte, no cinema, na televisão exibem, sem pudor, as suas chagas morais, narrando os abortos que praticaram, a autorização para a eutanásia em seres queridos que lhes obstaculizavam o gozo juvenil, a multiplicação de parceiros sexuais, os adultérios por vingança ou simplesmente por vulgaridade, os preços a que se entregam, as perversões que os caracterizam, vilipendiando os sentimentos daqueles que os vêem ou lêem estarrecidos uns, com inveja outros, em lamentável comércio de degradação.

Jovens, masculinos e femininos, exibem-se no circo dos prazeres, na condição de escravos burlescos em revistas de sexo explícito ou em filmes de baixa qualidade, tornando-se ídolos da pornografia e da sensualidade doentia.

A pedofilia alcança patamares dantes nunca imaginados, graças a INTERNET que lhe abre portas ao infinito, quando pais insensatos vendem os filhinhos para o viI comércio do sexo infanto-juventil, despedaçando-Ihes a meninice que vai cruelmente assassinada.

Por outro lado, a prostituição de menores é cada vez maior, porque o cansaço dos viciados exige carnes novas para os apetites selvagens que os consomem.

E, porque vivem sempre entediados e sem estímulos novos, o alcoolismo, o tabagismo, a drogadição constituem o novo passo no rumo da violência, da depressão, do autocídio.

Vive-se, neste momento, a tirania do sexo em exaltação.

As dolorosas lições do passado, de religiosos que não se souberam comportar, desrespeitando os votos formulados, que desmoralizaram as propostas doutrinárias das crenças que abraçavam, o disfarce, a hipocrisia, ocultando as condutas reprocháveis, geraram tal animosidade às formulações espiritualistas, com as exceções compreensíveis, que os jovens não suportam, sequer, referências aos valores do espírito imortal.

Somente há interesse pelos esportes, particularmente por aqueles de natureza física, no culto apaixonado pela beleza e pela estética de que se tornam escravos por livre opção.

Num período, porém, em que uma boneca serve de modelo, ao invés de haver copiado um ser humano, exigindo que cirurgias corretoras modifiquem a aparência de algumas mulheres, a fim de ficarem com as medidas do brinquedo erótico, é quase normal que haja um verdadeiro ultraje no que diz respeito aos valores reais da vida.

A desconsideração de muitos governantes em relação ao povo que estorcega na miséria, faz que as favelas e os morros vomitem os seus revoltados habitantes para as periódicas ondas de arrastão que estarrecem.

Sucede que o bem não indo ao seu encontro, tem que enfrentar o mal que prolifera e que desce do lugar em que se homizia buscando solução, mantendo comportamentos selvagens.

As cidades, grandes e pequenas, tornam-se praças de guerras não declaradas, porque as necessidades dos sofredores não são atendidas e alguns poderosos que governam, locupletam-se com os valores que deveriam ser destinados a educação, a saúde, ao trabalho, ao recreio dos cidadãos...

É compreensível que aumentem as estatísticas das enfermidades dilaceradoras como o câncer, a tuberculose, as cardiovasculares, a AIDS, outras sexualmente transmissíveis, as infecções hospitalares, dentre diversas, acompanhadas pelos transtornos psicológicos e psiquiátricos que demonstram o atraso em que ainda permanecem as conquistas na área da saúde, embora as suas indescritíveis realizações.

. . .

O ser humano estertora...

Em razão da falta de orientação sexual, nestes dias de disparates, a gravidez entre meninas desprevenidas aumenta de forma chocante, como fruto de experiências estimuladas pela vulgaridade, sem qualquer preparo para a maternidade, jogando nas ruas diariamente crescente número de abandonados...

Faltam programas de orientação moral, porque o momento é de prazer e de gozo, condenando a maioria dos incautos ao desespero e à ilusão.

Ainda se prolongará o reinado erótico por algum tempo, até o momento quando as Divinas Leis convidem os responsáveis pelo abuso ao comedimento, à reparação, encaminhando-os para mundos inferiores, onde se encontrarão sob a situação de acerbas aflições, recordando o paraíso que perderam, mas que podem alcançá-lo novamente após as lutas redentoras.

Especialmente nesta hora chegou à Terra o Espiritismo, a fim de convidar as criaturas desnorteadas a encontrar o rumo nos deveres éticos, restaurando a paz e a alegria real nos corações, sem a música mentirosa das sereias mitológicas...

Restaurando a palavra de Jesus, propõe uma revisão ética dos postulados do Cristianismo também ultrajado, a fim de que se revivam os comportamentos de Jesus e dos Seus primeiros discípulos, dando lugar a lidima fraternidade, a iluminação de consciências, ao serviço da caridade.

Mantém-te vigilante, a fim de que não te iludas nem enganes a ninguém, contribuindo com a tua parte, por mais modesta que seja, de modo a fazer instalar-se a era do amor pela qual todos anelam.

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira
Franco, na manhã de 19 de maio de 2009, na
residência de Josef Jackulak, em Viena, Áustria.)

sábado, 26 de novembro de 2011

EVANGELHO EM FAMÍLIA
“Surgem flores de luminoso cristal transparente em festões multiplicados e em torno do grupo de corações humanos, sentados em volta da mesa singela, ora transformada em coruscante via-láctea, os Espíritos confraternizam.
O céu desce à Terra e os apelos dos homens se elevam às alturas.
Silêncio e paz !
A família ora!
À medida que o pensamento humano se fixa na busca dos ouvidos divinos, matiza-se o ser, irisado por incomum fulgor, e, quando fala, no balbuciar das palavras, as construções mentais se corporificam através dos seus lábios, em sutis exteriorizações cambiantes, que impregnam o já saturado local, transformado em palácio de sonho.
Instalado o culto evangélico do lar, as expressões humanas produzem alegrias e os fluidos superiores vitalizam. Intercâmbio de amor, as lições de sabedoria cristã e espírita predispõem à coragem, à vida, penetrando os seres que se reconfortam no convívio da esperança.
Sobre a água exposta, em evocação ao esponsalício de Caná, forças etéreas em vibrações de difícil definição, impregnam o líquido, que modifica a constituição, ora alterada pelos fluidos do Mundo Espiritual.
Orando, a família se levanta e ergue com o seu esforço a Humanidade cambaleante.
A bênção da caridade esplende no socorro aos desencarnados e na assistência, pela prece intercessória, aos transeuntes da rota carnal.
O cenáculo da fraternidade pura, ressurge, e à hora da prece final, em magia de superior beleza, o Senhor se faz presente, Hóspede Divino no lar dos corações, a todos abençoando.
A pouco e pouco, quando o sono físico toma os corpos da família em repouso, após concluída a festa evangélica, o cortejo de Obreiros da Vida, de retorno, levam-os às Regiões da Paz, onde se preparam para os cometimentos do porvir.
...E as estrelas, piscando, sorriem luzes acima, na noite tranqüila.”

Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

QUESTÃO DE ESCOLHA
 Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
Da montanha, a visão da paisagem é mais ampla e o ar mais saudável.
Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfemidades.
No vale, a faixa de liberdade é menor e o campo de ação mais abafado.
Entregando-se a Deus - " a onda de comprimento nulo e de frequência infinita" - você se transfere psiquicamente, onde se realiza plenamente.
Atormentando-se com dúvidas e paixões dissolventes, onde as distonias desalentam ou aceleram o ser, você tomba, mentalmente, nas demoradas faixas das sensações inferiores, nas quais se desarticula.
O céu está ao seu alcance.
O inferno encontra-se a um passo de você.
É questão de escolha...
Quando você sorri com alegria, os seus equipamentos se descontraem.
Quando você se encoleriza, todos os seus implementos recebem altas cargas vibratórias destrutivas.
A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o seu tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.





Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Ementário Espírita

domingo, 20 de novembro de 2011

DESPERTAR E CRESCER
        Não basta apenas viver, imprescindível se torna saber, com consciência, como viver, pensando na aquisição definitiva dos valores que nos atestarão, no futuro, a conquista da paz e da felicidade.
        Sem dúvida, caminha a humanidade, em busca de serenidade, no entanto diante das realizações do presente, provado está que ainda não conseguiu o sucesso desejado.
        Movimenta-se a criatura, em direções variadas, atua, age, reage, faz e desfaz, mas continua mergulhada no pantanal do sofrimento, embora saiba que poderá sair dele, mas aturdida e confusa, procura por caminhos equivocados e tortuosos que acabam por gerar ainda mais desacertos.
        Em verdade, as lições inequívocas e imorredouras do Cristo, embora extremamente difundidas  por todos os setores das sociedades, encontra pouca aplicabilidade no coração dos homens.
        Sabemos que o perdão é a melhor saída no contexto social em que vivemos, visando a criação de um ambiente saudável e fraterno entre as pessoas, no entanto, relutamos em esquecer aqueles que nos ofendem.
        Sabemos que o amor é capaz de superar diferenças e esquecer a ingratidão, no entanto, temos imensas dificuldades em compreender os que, por ignorância, nos causam algum tipo de dano.
        Sabemos que a caridade para com as crianças é o melhor caminho para ajudá-las a crescer num clima de afetividade, no entanto, declinamos muitas atenções e carinho para com os nossos filhos, sem muitas preocupações para os filhos dos outros.
        Sabemos que o silêncio, em muitas ocasiões é comportamento de extrema validade, no entanto, preferimos debater verbalmente com aqueles que de alguma forma, emitem opiniões diferentes das nossas.
        Sabemos que a paciência é ferramenta indispensável dentro do lar, onde residem aqueles que Deus juntou para colher experiências de vida, no entanto, por descuido e mesmo indiferença, acabamos por ferir e magoar a quem mais amamos.
        Sabemos que a perseverança e a determinação devem ser cultivadas com esmero e atenção, pois que as dificuldades da vida são muitas e precisam ser superadas, no entanto, temos uma grande tendência e propensão para o desânimo e abatimento, ante os desafios que vamos enfrentando.
        Sabemos que somente conseguiremos formar uma sociedade mais humana a partir da nossa humanização, no entanto, preferimos exigir tal virtude nos outros sem nos preocuparmos em desenvolvê-la em nós primeiro.
        Sabemos que o progresso social do mundo é trabalho gigantesco e urgente, que devemos empreender sem demora, no entanto preferimos esperar pelo esforço alheio, deitando lamentações e críticas quando alguém provoca escândalos, enquanto ficamos de braços cruzados.
        Em verdade ainda não despertamos para os reais valores da vida. Não tomamos a devida consciência do que devemos fazer para ser feliz. Percebemos que andamos equivocadamente, mas nos falta coragem para mudar.
        O ensinamento está à nossa disposição: “Acorda, tu que dormes”... Continuar dormindo, mergulhado no sofrimento ou acordar para sublimidade da vida, em busca da felicidade e paz que queremos, indiscutivelmente, é tarefa que nos compete.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

NOSSO LAR CHEGA AOS ESTADOS UNIDOS

O filme Nosso Lar chega oficialmente aos Estados Unidos da América a partir do próximo dia 6 de dezembro. O DVD do filme estará disponível para todas as pessoas pelos meios tradicionais na América. Um dos sites que já efetua a pré-venda é a Amazon. Eis o link:



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ESCOLHENDO NOSSOS TESOUROS
       “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração." ( Jesus - Mateus 6:19-21).
      Imprescindível se torna que tenhamos plena consciência dos nossos objetivos na presente existência.       Ninguém renasce aqui na Terra, em novo e oportuno processo reencarnatório, sem proposta alguma. A meta de todas as criaturas, com mais ou menos maturidade, sempre será o encontro com a paz e a felicidade, metas ainda não atingidas, mas em via de realização, mediante os esforços que empreendermos.       As sábias leis divinas permitem que tenhamos a liberdade de escolha e de decisões. Cada um de nós é livre para deliberar sobre as ações que desejamos impetrar, cabendo obviamente, a obrigatoriedade de recolher o reflexo que virá de cada atitude tomada. Daí, certamente, a importância das escolhas.       Adverte Jesus que “ onde estiver o nosso tesouro, aí estará também o nosso coração”, informando que a nossa vida estará atrelada aos nossos desejos, anseios e vocações. Sendo eles ajustados aos moldes do equilíbrio, da decência e da dignidade, nada temos a temer.       No entanto, agindo na indiferença ou na inconsequência das escolhas, muito provavelmente encontremos problemas e aflições pelo caminho.       Nunca devemos olvidar que somos compostos por duas naturezas; a física e a espiritual. Temos obrigações inadiáveis para com a vida material, e sérias responsabilidades com a vida espiritual.       Mesmo sendo difícil, o importante para o nosso bem estar e serenidade, será encontrar uma linha de equilíbrio entre as duas naturezas. Pouco vai adiantar estar bem espiritualmente ocupando um corpo doente ou possuir um organismo físico saudável estando desequilibrado em Espírito.       Com freqüência, temos necessidades de refletir sobre a forma e a maneira como estamos conduzindo os nossos dias na presente encarnação, tendo em vista extrairmos o máximo proveito das experiências que a vida nos oferta.       Jesus, num dado momento da sua gloriosa passagem pela Terra, afirmou: “ eu venci o mundo ( João 16,33), como que a nos esclarecer sobre as reais necessidade de agregarmos valores definitivos, mesmo vivendo de passagem por este planeta, pois que a verdadeira vida é a espiritual.       E, para a espiritual, somente conseguiremos levar os valores reais e as conquistas indestrutíveis, como a caridade, a fraternidade, a paciência, o desapego dos bens materiais, o amor, a compreensão, a tolerância, a gentileza, a educação, etc....       Assim, coloquemos o nosso tesouro nas virtudes mencionadas e junto delas estará o nosso coração, recheado de tranqüilidade, esperanças e otimismo.       Obviamente, Jesus Cristo, por certo, não espera que vivamos uma vida santificada, pois que ainda somos Espíritos a caminho da perfeição, mas aguarda pelos nossos esforços na direção da prosperidade espiritual, condição imprescindível para que logremos encontrar a paz que sonhamos e a felicidade que buscamos com tanto desejo.       Para tanto é indispensável que saibamos escolher os nossos tesouros.     

terça-feira, 15 de novembro de 2011

  PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
 Século dezenove. Embora todas as liberdades públicas que a monarquia desenvolvera em nosso país, ela ainda falava da influência portuguesa.

Eis porque a República era considerada pela comunidade brasileira como a fórmula de governo compatível com a evolução do país e com a posição cultural do seu povo.

A idéia era genuinamente nativista. Alcançara todas as inteligências. Desde a Lei de 13 de maio de 1888, a Abolição da Escravatura, que ferira os interesses particulares das classes conservadoras, a República se anunciava.

Por toda parte, em ambientes civis ou militares, acendiam-se as tochas do idealismo republicano.

Como tantos outros acontecimentos, a Proclamação da República Brasileira se fez sem derramamento de sangue.

Os tempos que antecederam ao grande feito foram de intensa atividade. Todas as grandes cidades do país se entregavam à propaganda aberta das idéias republicanas.

Os espíritos mais eminentes do país preparavam o grande acontecimento.

Então, a 15 de novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Correa, Rui Barbosa e toda uma plêiade de inteligências cultas, o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou, inopinadamente, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil.

O Imperador D. Pedro II recebeu a notícia com amarga surpresa. Afinal, todos os republicanos eram amigos íntimos do monarca. Quem não lhe devia, no Brasil, o patrimônio da cultura e da liberdade?

O nobre monarca repeliu as sugestões de espíritos apaixonados da Coroa para a reação. Preparou rapidamente sua retirada, com a família imperial, para a Europa, em obediência às imposições dos revolucionários.

Consigo levou um travesseiro de terra do Brasil, a fim de que o amor da pátria brasileira lhe santificasse a morte, no seu exílio de saudade e pranto.

Eram as vésperas do regresso à Pátria da imortalidade.

Ao recordarmos, nesta data, o acontecimento, cabe-nos agradecer aos idealistas de então pelo legado. Alguns deles, como Benjamin Constant, foram violentamente criticados pelos monarquistas.

Diziam que se poderia ter esperado que o Imperador morresse. Afinal, já estava bastante idoso. Por que lhe ferir desta forma o coração?

Mas sabemos que para toda decisão importante há um momento certo. E com certeza, aquele o foi.

Transcorridos cento e dezoito anos da Proclamação da República, quando a nação se veste de alegria para a comemoração, o feriado nacional se apresenta, é de se indagar o que temos ao longo desse tempo, feito da nossa República.

Recordamos o entusiasmo de Pero Vaz de Caminha, que chegou com Pedro Álvares Cabral ao Brasil, ao se dirigir ao rei de Portugal:

“Uma terra tão pródiga que em nela se plantando, tudo dá.”


Será que os ideais de igualdade, de fraternidade, e engrandecimento também?

Com o legado de um território tão grande, uma terra tão rica e a luz do Evangelho do Cristo a brilhar no céu de anil, o que nos falta para sermos a nação mais rica de amor da face da Terra?

Quando passaremos a nos preocupar mais pelo nosso irmão, pela nação e menos pelos nossos próprios interesses?

Bem vale aqui a célebre frase do patriota em dias de batalha: “O Brasil espera que cada um cumpra seu dever.”

O Brasil cristão aguarda que cumpramos nosso dever de cidadão nobre. Dever de patriota que não somente respeita os símbolos nacionais da bandeira, do brasão, do Hino Nacional, mas vive com dignidade, todos os dias na Terra do Cruzeiro.
* * *
Você sabia que devemos a Benjamin Constant a adoção da expressiva legenda da nossa bandeira: “Ordem e Progresso?”

A ele se deve também a sugestão de enviar à Princesa Isabel uma petição no sentido de que não se empregassem mais soldados do Exército para prender os escravos que fugiam.
Redação do Momento Espírita, com base na pág. 91 do livro Civismo – (Rui Barbosa), no cap.O fundador da República Brasileira, do livro Homens que fizeram o Brasil, de Luiz Waldvogel,Casa Publicadora Brasileira, e no cap. XXVII do livro Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

 SIM, DEVES PERDOAR!
Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.
Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos.
Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde.
Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo.
Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito.
Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção.
Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.
Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro.
Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.
Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.
Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema – graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma – que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar.
Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. O que te é Inusitado, nele é habitual. Se não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás!
A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante.
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.
Que é o “Consolador”, que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?!
Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é.
“Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”. Mateus: 18-22.
“A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas”. O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X – Item 4.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Florações Evangélicas

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O CENTRO ESPÍRITA E O JOVEM
O Centro Espírita é célula que oportuniza ao homem o estudo do espiritismo e assume ainda a responsabilidade de ser educandário básico tendo como missão promover a educação do homem para um futuro melhor. Essa missão estende-se para todas as idades, desde a criança até o adulto, passando pelo jovem, já que esclarece e instrui a respeito da vida, da morte, do por quê do sofrimento, e das responsabilidades de cada um perante a vida.
Por isso é de grande importância que as direções dos Centros Espíritas não se descuidem da nobre tarefa da evangelização e da orientação à mocidade. Faz-se mister que os colaboradores à frente desta tarefa, de levar a mensagem espírita, estejam bastante preparados e com o constante refinamento que a tarefa requer. Companheiros conhecedores da psicologia básica da idade juvenil e das propostas fundamentais da Doutrina Espírita para esta idade.
A Juventude Espírita precisa de boa liderança, coordenador com lucidez e tranqüilidade da alma, aquele que dá a direção segura e atenciosa ao trabalho que se realiza.
Pessoa habilidosa, amigo do jovem, capaz de conquistar-lhe o coração e levar-lhe ao enamoramento com a Doutrina. É aquele que tem o Espiritismo na alma e fala dele sem fugir das propostas doutrinárias, ao mesmo tempo em que acompanha o progresso do mundo com profunda responsabilidade. Leva os moços a pensar que estão jovens apenas na indumentária carnal, mas que tem a bagagem milenar de experiências espirituais. Enfim, prepara o jovem para viver no mundo, sem ser do mundo.
A reunião de mocidade espírita é momento sagrado de estudo, aonde se fará conhecer a vida, esclarecendo àqueles que carregam para o Centro Espírita as coisas do mundo, suas dificuldades e dúvidas.
Priorizar, portanto, assuntos pertinentes aos jovens, esclarecendo-os à luz do Espiritismo sobre sexualidade, namoro, conflitos familiares, religião, profissão, tornando os momentos de estudos um verdadeiro ambiente de camaradagem, equilíbrio e instrução.
Deve ser a Doutrina Espírita o chamariz, deixando de lado aquilo que será atrativo de momento, grupos de teatro e danças, jogos de futebol, vôlei, ping-pong, gincanas competitivas ao extremo - excelentes atividades que fazem parte do social do grupo, mas que não é a Mocidade Espírita. O atrativo para o jovem é ter no grupo de estudo da Doutrina Espírita o que ele não tem em lugar nenhum, a explicação de seus porquês, ensinando-lhe o conceito de uma vida diferente, exemplificada pelo Mestre Jesus.
Cabe ainda ao Centro Espírita integrar o jovem em seu quadro de trabalhadores, ensejando-o às atividades como campanhas de arrecadação, biblioteca, distribuição da água fluidificada, recepção, como tarefas primeiras aos mais jovens. E aos mais maduros que demonstrem responsabilidade e interesse, a exposição doutrinária, a evangelização dos pequenos, cargos de 2º secretário, 2º tesoureiro, para assim aprender e vivenciar a dinâmica do núcleo espírita, preparando-se para a sua condução num futuro muito próximo. E, ainda, a participação nas reuniões mediúnicas, que oferece oportunidade ímpar ao jovem aprender a mediunidade com equilíbrio, responsabilidade e tranquilidade que o fenômeno merece e requer.
Preparar o jovem para a vida, para o trabalho espírita, é tarefa que não se deve esquecer, e lembremos sempre, conforme nos alerta Guillon Ribeiro “de que a criança e o jovem evangelizados agora, serão indubitavelmente aqueles cidadãos do mundo, conscientes e alertados, conduzidos para construir, por seus esforços próprios os verdadeiros caminhos da felicidade na Terra.”.
José Raul Teixeira
Jornal Mundo Espírita

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

 
ALLAN KARDEC 3D
 VOCÊ É O QUE DESEJA SER
 João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.
Ao sair pela manhã, deu um longo beijo em sua amada, fez sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações.
Tomou café com a esposa e os filhos e os deixou no colégio. Dirigiu-se a uma das suas empresas.
Cumprimentou todos os funcionários com um sorriso. Ele tinha inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos, contatos com fornecedores e clientes.
Por isso, a primeira coisa que falou para sua secretária, foi: Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress.
Ao chegar a hora do almoço, foi curtir a família. À tarde, soube que o faturamento do mês superara os objetivos e mandou anunciar a todos os funcionários uma gratificação salarial, no mês seguinte.
Conseguiu resolver tudo, apesar da agenda cheia. Graças a sua calma, seu otimismo.
Como era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar.
Depois, foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação.
Enquanto isso, Mário, em um bairro pobre de outra capital, como fazia todas as sextas-feiras, foi ao bar jogar e beber.
Estava desempregado e, naquele dia, recusara uma vaga como auxiliar de mecânico, por não gostar do tipo de trabalho.
Mário não tinha filhos, nem esposa. A terceira companheira partira, cansada de ser espancada e viver com um inútil.
Ele morava de favor, num quarto muito sujo, em um porão. Naquele dia, bebeu, criou confusão, foi expulso do bar e o mecânico que lhe havia oferecido a vaga em sua oficina, o encontrou estirado na calçada.
Levou-o para casa e depois de passado o efeito da bebedeira, lhe perguntou por que ele era assim: Sou um desgraçado, falou. Meu pai era assim. Bebia, batia em minha mãe.
Eu tinha um irmão gêmeo que, como eu, saiu de casa depois que nossa mãe morreu. Ele se chamava João. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
Na outra capital, João terminou a palestra e foi entrevistado por um dos alunos: Por favor, diga-nos, o que fez com que o senhor se tornasse um grande empresário e um grande ser humano?
Emocionado, João respondeu: Devo tudo à minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego algum.
Quando minha mãe morreu, saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, Mário, que também saiu de casa no mesmo dia. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
* * *
O que aconteceu com você até agora não é o que vai definir o seu futuro e, sim, a maneira como você vai reagir a tudo que lhe aconteceu.
Não lamente o seu passado. Construa você mesmo o seu presente e o seu futuro.
Aprenda com seus erros e com os erros dos outros.
O que aconteceu é o que menos importa. Já passou.
O que realmente importa é o que você vai fazer com o que vai acontecer.
E esta é uma decisão somente sua. Você decide o seu dia de amanhã. De tristeza ou de felicidade. De coisas positivas ou de amargura, sem esperança.
Pense nisso! Mas pense agora!

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO
   “— A Natureza não traçou o limite do necessário em nossa própria organização?
       ---- Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou a limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais”. ( Questão 716, de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec).


      Por certo, nada será suficiente para aquele que acredita ser sempre pouco o necessário.
      A natureza, no contexto das suas sábias leis, definiu com acerto, as linhas do equilíbrio, e, a inteligência humana tem plena capacidade de discernir entre aquilo que é certo e o que não é devido. Resta, portanto, ao homem ter o interesse e o desejo de viver em consonância com tais assertivas.
      As necessidades artificiais que vão sendo criadas pela sociedade acabam por complicar, sobremaneira, a vida da população terrena. O Planeta, sem dúvida, possuiu todos os recursos e mecanismos capazes que garantir, com segurança, a vida de todos os habitantes, nos variados aspectos, no entanto, o que vemos hoje, diante da valorização do supérfluo, é uma corrida desenfreada na alimentação do egoísmo, que tantos males proporciona no seio das coletividades.
      Não nos basta o necessário, que quase sempre todos possuem, queremos vorazmente contar com aquilo que é supérfluo, e, então, erigimos um sistema de vida na Terra, onde a dor, o sofrimento e as decepções caminham ombreando conosco, como conseqüências dos nossos desmandos.
      Assim, é possível identificar que poucos possuem muito, cujos cofres guardam o excesso, e muitos possuem pouco, vivendo na carência geral dentro do contexto de uma desequilibrada distribuição de rendas.
      Possuir uma camisa que nos protege o corpo é pouco, queremos uma camisa da moda e de preferência que tenha etiqueta de marca famosa, para que possamos desfilar com ela pelos caminhos sociais.
      Possuir um carro que nos permite a locomoção para distâncias maiores não é suficiente, uma vez que a nosso ego alimenta o desejo de contar com os préstimos de um carro novo e que nos ofereça uma certa posição de prestígio.
      Contar com a alimentação suficiente não nos satisfaz, pois que carregamos no íntimo a vontade imensa de desfrutar de mesa farta e recheada de iguarias, para o deleite do nosso apetite insaciável.
      Uma casa que nos abrigue das intempéries e que nos sirva de ninho doméstico, quase sempre, não atende aos nossos anseios, pois que carregamos no âmago a proposta de possuir um imóvel requintado que, de preferência, nos ajude a ser visto sobre um pedestal econômico.
      É muito lógico que dentro do livre arbítrio, cada um de nós tem o direito de escolher como desejamos viver, no entanto será sempre oportuno refletir se as nossas escolhas nos convém.
      Observando os caminhos da história da humanidade, vamos encontrar aqueles que laboraram, determinadamente, para progresso e evolução social, sempre preocupados com as boas idéias e com grandes ideais e pouco afeitos a conquistas de bens materiais. Sempre valorizaram o necessário e dispensaram o supérfluo.
      O Maior dentre eles; Jesus Cristo, possuía uma túnica e um par de sandálias, no entanto foi capaz de mudar, para melhor, o destino da humanidade. Exemplificou o uso dos valores reais, aqueles que permitem o homem sair da inferioridade para a angelitude, condição que lhe garante a paz e a felicidade e, em momento algum destacou as ilusões, as fantasias e as falsidades.
      Observemos, então, enquanto há tempo, como estamos conduzindo os nossos dias; pelas trilhas do necessário ou pelas vielas enganosas do supérfluo?