RECUPERAÇÃO E REAJUSTE PARA QUEM JÁ ABORTOU
“Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11).
“Já desde esta vida poderemos ir resgatando as nossas faltas?
Sim,
reparando-as. Mas, não creiais que as resgateis mediante algumas
privações pueris, ou distribuindo em esmolas o que possuirdes, depois
que morrerdes, quando de nada mais precisais. Deus não dá valor a um
arrependimento estéril, sempre fácil e que apenas custa o esforço de
bater no peito. A perda de um dedo mínimo, quando se esteja prestando um
serviço, apaga mais faltas do que o suplício da carne suportado durante
anos, com objetivo exclusivamente pessoal.
Só
por meio do bem se repara o mal e a reparação nenhum mérito apresenta,
se não atinge o homem nem no seu orgulho, nem nos seus interesses
materiais.” (Allan Kardec, O livro dos Espíritos, 86. ed., perg. 1000).
“Para melhorar a própria
situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com
dívidas no aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho da
sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha
as aflições regenerativas?
- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.
Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.
O
próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, adverte-nos
quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os
outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males.” (André
Luiz, Evolução em Dois Mundos, 15. ed., p.196-197).
“A proposta de recuperação e
reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso
imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na
legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do
conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que
promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da
prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de
edificar a vida em todas as suas dimensões.” (Feb, O que dizem os
espíritos sobre o aborto, p. 213).
“[...] A mulher que corrompeu
voluntariamente o seu centro genésico receberá de futuro almas que
viciaram a forma que lhes é peculiar, e será mãe de criminosos e
suicidas, no campo da reencarnação, regenerando as energias sutis do
perispírito, através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos
filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir
com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará
reconquistando ao preço de sofrimento e trabalho justos...” (André Luiz,
Ação e Reação, 18. ed., p. 211).
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