Geraldo Campetti
Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira - FEB
O espírita tem direito a férias? Os Espíritos saem de férias? A Casa Espírita pode tirar férias?
O vocábulo férias é um substantivo feminino plural que significa
“período de descanso a que têm direito empregados, servidores públicos,
estudantes etc., depois de passado um ano ou um semestre de trabalho ou
de atividades.”(1) O conceito vale para labor remunerado ou prestação de
serviços.
A Lei Divina do Trabalho insere em suas diretrizes a necessidade do
repouso.(2) Como ser humano e profissional, o espírita tem direito de
usufruir as férias decorrentes da sua prestação de serviços. É comum que
parte ou totalidade desse período de férias também seja utilizada para
uma pausa em suas atividades na Casa Espírita. Alguns aproveitam parcela
desse tempo para dedicação aos afazeres espiritistas, ofertando outra
porção de tempo aos interesses particulares, familiares e sociais. Nada
que fuja à normalidade, considerando-se a necessidade de cuidar da vida
material. Porém, cabe lembrar: na vida cotidiana, somos espíritas todos
os dias.
No que tange aos Espíritos saírem de férias, aprendemos que a Lei do
Repouso é rigorosamente observada por eles. Quando consciente de seu
papel na construção de um mundo melhor, o Espírito aproveita utilmente o
“tempo livre”. A palavra férias se aplica mais a nós que aos Espíritos
libertos do corpo físico, sobretudo àqueles evoluídos.
A terceira questão é complexa e exige seguro posicionamento. A Casa
Espírita jamais deve fechar as suas portas, pois a necessidade não tira
férias e a dor não tem hora marcada. Por esta razão, há que se organizar
equipes de trabalho para se garantir o ininterrupto funcionamento das
atividades destinadas ao atendimento do público, encarnado e
desencarnado. Feriados como Natal, Ano Novo, Carnaval, entre outros, são
oportunidades de servir. É recomendável manterem-se ativos,
principalmente, os serviços de palestras públicas, passes, atendimento
fraterno e reuniões mediúnicas.
A Casa Espírita é uma fonte de luz constante para assistência, consolo e esclarecimento aos necessitados do corpo e do espírito.
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