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sábado, 28 de julho de 2012

O DIREITO DA MULHER
Invoca-se o direito da mulher sobre o seu próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto, entendendo que o filho é propriedade da mãe, não tem identidade própria e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer.
Não há dúvida quanto ao direito de escolha da mulher em ser ou não ser mãe. Esse direito ela o exerce, com todos os recursos que os avanços da ciência têm proporcionado, antes da concepção, quando passa a existir, também, o direito de um outro ser, que é o do nascituro, o direito à vida, que se sobrepõe ao outro.
Estudos científicos recentes demonstram o que já se sabia há muito tempo: o feto é uma personalidade independente que apenas se hospeda no organismo materno. O embrião é um ser tão distinto da mãe que, para manter-se vivo dentro do útero, necessita emitir substâncias apropriadas pelo organismo da hospedeira com o objetivo de expulsá-lo como corpo estranho.

terça-feira, 24 de julho de 2012

RECUPERAÇÃO E REAJUSTE PARA QUEM JÁ ABORTOU

“Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11).

“Já desde esta vida poderemos ir resgatando as nossas faltas?
Sim, reparando-as. Mas, não creiais que as resgateis mediante algumas privações pueris, ou distribuindo em esmolas o que possuirdes, depois que morrerdes, quando de nada mais precisais. Deus não dá valor a um arrependimento estéril, sempre fácil e que apenas custa o esforço de bater no peito. A perda de um dedo mínimo, quando se esteja prestando um serviço, apaga mais faltas do que o suplício da carne suportado durante anos, com objetivo exclusivamente pessoal.
Só por meio do bem se repara o mal e a reparação nenhum mérito apresenta, se não atinge o homem nem no seu orgulho, nem nos seus interesses materiais.” (Allan Kardec, O livro dos Espíritos, 86. ed., perg. 1000).

“Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho da sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas?
- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.
Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.
O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males.” (André Luiz, Evolução em Dois Mundos, 15. ed., p.196-197).

“A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões.” (Feb, O que dizem os espíritos sobre o aborto, p. 213).

“[...] A mulher que corrompeu voluntariamente o seu centro genésico receberá de futuro almas que viciaram a forma que lhes é peculiar, e será mãe de criminosos e suicidas, no campo da reencarnação, regenerando as energias sutis do perispírito, através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará reconquistando ao preço de sofrimento e trabalho justos...” (André Luiz, Ação e Reação, 18. ed., p. 211).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A HORA DA DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Na gênese dos males que afligem o homem e a Humanidade, permanece a ignorância.
Seja por desconhecimento da verdade ou se expresse em forma de desprezo por ela, a ocorrência é a mesma.
O único antídoto eficaz e mais imediato para esse mal é o ensino, que acende a luz do discernimento com que o homem descobre e adota os princípios hábeis para a felicidade, mediante os comportamentos coerentes em relação à vida.
A dor, irrompendo devastadora, no organismo individual ou social, é uma metodologia rápida para o despertamento da consciência, terapêutica promotora de revolução grave, que traduz a mudança de atitude, renovando as paisagens íntimas sob o clamor da afeição, linguagem de momentâneo efeito, que predispõe para o conhecimento libertador...

terça-feira, 17 de julho de 2012

CÂNCER MORAL
O mau-humor sistemático - vício de comportamento emocional - gera a irritabilidade que desencadeia inúmeros males no indivíduo, em particular, e no grupo social onde o mesmo se movimenta, em geral.
Desconcertando a razão, açula as tendências negativas que devem ser combatidas, fomentando a maledicência e a indisposição de ânimo.

Todos aqueles que o alimentam, transferem-se de um para outro estado de desajuste orgânico e psicológico, dando margem à instalação de doenças psicossomáticas de tratamento complexo como resultados demorados ou nenhuns.
Todas as criaturas têm o dever de trabalhar pelo próprio progresso intelecto-moral, esforçando-se por vencer as más inclinações.

O azedume resulta, também, da inveja mal disfarçada quanto do ciúme incontido.
Atiça as labaredas destruidoras da desavença, enquanto se compraz na observância da ruína e do desconforto do próximo.

Muitas formas de canceres têm sua gênese no comportamento moral insano, nas atitudes mentais agressivas, nas postulações emocionais enfermiças.

O mau-humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.
Exteriorização do egoísmo doentio, aplica-se à inglória tarefa de perseguir os que discordam da sua atitude infeliz, espalhando a inquietação com que se arma de forças para prosseguir na insânia que agasalha.

Reveste-te de equilíbrio ante os mal-humorados e violentos, maledicentes e agressivos.
Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob o beneplácito da vontade acomodada.
Oscilantes nos estados dalma, mudam de um para outro episódio de revolta com facilidade, sem qualquer motivo justificável, como se motivo houvesse que justifique a vigência desse verdugo do homem.

Vigia as nascentes dos teus sentimentos e luta com destemor, nas paisagens íntimas, contra o mau-humor.
Policia o verbo rude e ácido, mantendo a dignidade interior e poupando-te ao pugilato das ofensas, decorrente do azedume freqüente.
Não olvides da gratidão, nas tuas crises de indisposição...
O amanhã é incerto.
Aquele a quem hoje magoas será a porta onde buscarás apoio amanhã.
Conquista o título de pacífico ou faze-te pacificador.
Todo agressor torna-se antipático e asfixia-se na psicosfera morbífica que produz.

O Evangelho é lição de otimismo sem limite e o Espiritismo que o atualiza para o homem contemporâneo convida à transformação moral contínua, sem termo, em prol da edificação interior do adepto que se lhe candidata ao ministério.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Receita de Paz

sábado, 14 de julho de 2012

 COMO VIVEM AS CRIANÇAS HOJE?
 Marta Antunes Moura

Com a ampliação da expectativa de vida para 100 ou mais anos, devido à prevenção de doenças e à melhoria da saúde, é “[...] possível hoje, quando nasce uma criança, fazer uma previsão, para os próximos 30 anos, das doenças genéticas que ela provavelmente vai ter e então entrar com um programa de prevenção e orientação”.1 Quanto ao aspecto psicológico, no contexto da convivência social, o futuro aponta uma preocupante incógnita ao constatar o significativo número de genitores despreparados para o exercício da maternidade e paternidade responsáveis.

terça-feira, 10 de julho de 2012

FÉRIAS ESPÍRITAS?!
Geraldo Campetti 
Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira - FEB

O espírita tem direito a férias? Os Espíritos saem de férias? A Casa Espírita pode tirar férias?
O vocábulo férias é um substantivo feminino plural que significa “período de descanso a que têm direito empregados, servidores públicos, estudantes etc., depois de passado um ano ou um semestre de trabalho ou de atividades.”(1) O conceito vale para labor remunerado ou prestação de serviços.
A Lei Divina do Trabalho insere em suas diretrizes a necessidade do repouso.(2) Como ser humano e profissional, o espírita tem direito de usufruir as férias decorrentes da sua prestação de serviços. É comum que parte ou totalidade desse período de férias também seja utilizada para uma pausa em suas atividades na Casa Espírita. Alguns aproveitam parcela desse tempo para dedicação aos afazeres espiritistas, ofertando outra porção de tempo aos interesses particulares, familiares e sociais. Nada que fuja à normalidade, considerando-se a necessidade de cuidar da vida material. Porém, cabe lembrar: na vida cotidiana, somos espíritas todos os dias.
No que tange aos Espíritos saírem de férias, aprendemos que a Lei do Repouso é rigorosamente observada por eles. Quando consciente de seu papel na construção de um mundo melhor, o Espírito aproveita utilmente o “tempo livre”. A palavra férias se aplica mais a nós que aos Espíritos libertos do corpo físico, sobretudo àqueles evoluídos.
A terceira questão é complexa e exige seguro posicionamento. A Casa Espírita jamais deve fechar as suas portas, pois a necessidade não tira férias e a dor não tem hora marcada. Por esta razão, há que se organizar equipes de trabalho para se garantir o ininterrupto funcionamento das atividades destinadas ao atendimento do público, encarnado e desencarnado. Feriados como Natal, Ano Novo, Carnaval, entre outros, são oportunidades de servir. É recomendável manterem-se ativos, principalmente, os serviços de palestras públicas, passes, atendimento fraterno e reuniões mediúnicas.
A Casa Espírita é uma fonte de luz constante para assistência, consolo e esclarecimento aos necessitados do corpo e do espírito.
1 Assim define o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. 2 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.
Trad. de Evandro Noleto. 1. ed. de bolso. Rio de Janeiro: FEB, 2007. q. 674-685a.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


José Raul Teixeira
Qual deve ser a atitude dos dirigentes espíritas relativamente a essa enxurrada de obras mediúnicas de origem duvidosa, que tem infestado o mercado de publicações espíritas nos últimos tempos? Será que Allan Kardec, no seu tempo, ficaria calado diante dessas obras?  
Acredito que num período em que o planeta está vivendo tormentos de todos os tipos, confirmando o que considera Allan Kardec, em seu livro A Gênese, ao afirmar que, hoje, não são mais as entranhas do planeta que se agitam: são as da Humanidade, não poderia o nosso Movimento Espírita estar livre dessa avalanche atormentadora de más influências, seja de indivíduos aventureiros e insanos que anseiam por vitórias passageiras e/ou lucrativas, sem a necessária consciência do tipo de semente que estão plantando para colheita complexa no porvir  seja de entidades desencarnadas que continuam zombando dos esforços da Luz, das Falanges Crísticas,  que visam desfazer as sombras que  se demoram sobre a Terra.

terça-feira, 3 de julho de 2012

DIVALDO FRANCO FALA SOBRE "SANTOS E ESPÍRITOS"
A Igreja Católica, no seu alogiário, estabeleceu que determinados indivíduos gozam de bem-aventurança. Através de um processo muito bem elaborado pelo Vaticano, pela Santa Sé, é estudada a vida de homens e mulheres abnegados, que deixaram pegadas luminosas. No passado, essa atividade era mais política do que religiosa, o que custava para os países, e ainda custa, uma alta soma em dinheiro para ter o nome dos seus bem-aventurados na lista dos candidatos a santos, a fim de que possam subir aos altares. Acredito que, de início, era uma atitude de muita honestidade para destacar as pessoas nobres, os mártires da fé, os que foram sacrificados. A Idade Média, que foi o grande milênio da ignorância, porque foi quase um milênio de trevas, modificou um pouco e de tal forma que, após o Concílio Ecumênico Vaticano Segundo, a própria Igreja reconheceu que muitos indivíduos que gozavam de beatitude da santificação sequer existiram, como São Jorge, aliás, o guia da Inglaterra; como São Cosme e São Damião, e outros tantos. Nós compreendemos perfeitamente e achamos natural que erros de tal monta hajam acontecido, como a perseguição a Galileu, a perseguição a Joanna d’Arc, a perseguição a Charles Darwin e a outros que, lentamente, a Igreja vem reconhecendo e atualizando dentro dos fundamentos da ciência e da lógica. Para nós, o que os católicos chamam santos são os Espíritos nobres, Espíritos puros. Nós não santificamos a ninguém. Cada um auto-santifica-se, graças ao trabalho de depuração espiritual, de resistência contra o mal, e então, pelos atos que realizou na Terra e pelo bem que continua realizando no Além, nós lhes damos o nome de Espíritos Bons, Anjos da Guarda, Espíritos Benfeitores, Espíritos Guias, que de alguma forma têm a mesma característica, embora não seja necessariamente a mesma coisa.