Para falar com Deus,
através da prece, não temos absolutamente nenhuma necessidade de
palavras, gestos físicos, ou posições pré-fixadas, pois chegamos ao
Criador pelo pensamento.
É óbvio que para tanto, será sempre melhor estarmos num ambiente
que favoreça a concentração, onde o silêncio possa imperar de forma a
nos favorecer a quietude de nossos afazeres. Assim a prece pode ser
feita em qualquer lugar, desde que consigamos exteriorizar os nossos
sentimentos, fazendo uma ligação com o Pai Celestial.
Fator de suma importância é saber como orar, de maneira a não
desfilarmos intenso petitório a Deus, procurando benesses e favores sem
que ofertemos a nossa cota de esforços para a obtenção dos benefícios
esperados.
O criador do Universo não está na condição de alguém que deve ou
não atender aos nossos insistentes apelos, mas na qualidade de quem
criou toda uma estrutura universal, onde as sábias leis atuam em favor
de todos. Assim, ao invés de solicitarmos que a Providência Divina
resolva os nossos problemas, devemos rogar ao Arquiteto Celestial que
nos mande sempre mais forças para que tenhamos condições de resolve-los
por nós mesmos, ficando com o mérito da lição aprendida e o valor da
experiência acumulada.
“Ajuda-te que o céu te ajudará” é a orientação precisa que Jesus
forneceu ao mundo, informando que não vale apenas pedir, é preciso
também cumprir com as obrigações que nos são atinentes.
Então, será muito oportuno, em nossas preces, que devem ser
freqüentes, possamos nos dirigir a Deus para rogar que sejamos mais
honestos, fraternos, solidários e dedicados, para que não nos faltem
forças no cumprimento dos nossos deveres e obrigações. E que ao
entendermos o real objetivo da vida sejamos mais pacientes, amáveis,
tolerantes e compreensivo para com as faltas alheias, pois de nossa
parte também apresentamos muitos erros que carecem da compreensão dos
outros.
Deus, que está sempre pronto a estender seus recursos em favor dos
que os buscam com autenticidade, não leva em consideração a quantidade
de palavras, a altura com que elas são pronunciadas, os gestos, a
posição física do corpo e nem a quantidade de vezes que se ora, mas
considera os objetivos da prece, o fervor e a sinceridade do coração de
quem O busca.
A oração de uma criatura simples, sem cultura, sem religião pode
sensibilizar muito mais aos Emissários do Bem, do que aquela feita por
quem carrega consigo os títulos da fortuna, do saber, da religiosidade,
mas não tem nobreza de sentimentos. Isso significa dizer que Deus não
atende as aparências mas se prende à essência e ao conteúdo da mensagem
que Lhe chega.
Cuidemos, então, para que as nossas orações não sejam apenas um
balbuciar de palavras vazias e desprovidos de valores nobres.
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