NOSSOS TALENTOS
A “parábola dos talentos”, que Jesus entregou à humanidade é
um expressivo apelo ao bom aproveitamento de todos os recursos e
disponibilidades que temos, objetivando nosso aprimoramento espiritual,
enquanto agimos no meio social em que vivemos.
Toda criatura os possui, umas mais outras menos, isso,
obviamente, de acordo com a capacidade de cada uma, mas ninguém se
apresenta aqui na Terra sem carregar consigo enormes possibilidades de
progresso e prosperidade.
O que precisamos, com urgência, é descobri-los e
multiplicá-los, pois que a exemplo da citada parábola, o medo não serviu
de desculpa ao servo temeroso, que enterrou o seu talento e foi lançado
“as trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes” (Jesus - Mateus, 25:30), ou seja, onde, por certo, colheu o resultado infeliz da sua
apatia, inércia e preguiça, enquanto aqueles que multiplicaram os
talentos, “entraram no gozo do senhor”
(Jesus - Mateus, 25 : 21 a 23),
isto é, receberam como prêmio a paz decorrente da consciência tranqüila
nos deveres fielmente cumpridos.
Nossos talentos são tantos e se bem aproveitados renderão
colheitas preciosas, capazes de nos aproximar, sentimentalmente, do
coração de Jesus Cristo, que é, incontestavelmente, o guia e o modelo a
ser seguido pelos homens, que anseiam arduamente viverem em paz e no
clima confortável da serenidade.
Com o talento da inteligência podemos criar mecanismos que
possam amparar aos menos dotados intelectualmente e que seguem pela vida
necessitando de algum tipo de amparo e proteção.
Com o talento da palavra podemos consolar irmãos em penúria,
que padecem dores físicas e morais, aliviando, mesmo que seja um pouco,
a carga dos seus padecimentos.
Com o talento da paciência e da renúncia podemos conviver
com criaturas problemáticas e desequilibradas, procurando socorrê-las,
com a proposta de tranqüilizar, dentro do possível, seus corações
torturados e suas mentes desarrumadas.
Com o talento da caridade podemos descobrir lares onde a
miséria se instalou e levar um pouco de conforto e esperanças aos que
jazem famintos de alimentos e de fé, mostrando a eles novos horizontes e
novas perspectivas de vida.
Com o talento do trabalho voluntário podemos dedicar horas
em atividades assistências e de promoção humana, servindo em
instituições que se ergueram com essa proposta e que, freqüentemente,
laboram com extrema carência financeira e de material humano, no
desenvolvimento das suas programações.
Com o talento do otimismo e da alegria podemos levar uma
mensagem de alívio a tantos irmãos que padecem algemados no desespero,
na revolta e no ódio, vivendo dias conturbados pelo rancor e pela mágoa,
propondo desobstruir suas visões turvas sobre a vida.
Com o talento da audição podemos nos colocar ao lado de quem
vive na solidão, para ouvir seus lamentos, suas queixas e suas
aspirações, no desejo firme de algo fazer em seu benefício, pois são
poucos aqueles que tem tempo e disposição para escutar o que um coração
sofrido tem a dizer.
Com o talento da fé convicta de que Deus, nosso Pai
Amorável, tudo faz para o nosso bem e para o nosso crescimento
espiritual, condição que nos assegura paz interior e serenidade diante
da vida, podemos espalhar, mediante nossa postura, uma mensagem de
confiança e tranqüilidade, capaz de contagiar a muitos.
Portanto, não percamos tempo e nem adiemos mais a
multiplicação dos talentos que nos foram confiados por Deus, pois a
qualquer momento podemos ser chamados a prestar contas do que recebemos e
como vamos comparecer diante do Senhor?
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