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sábado, 20 de agosto de 2011

 Esperanto, o Idioma da Humanidade
     Dentro de um Plano Divino articulado pelas esferas mais altas e que visa a evolução humana no plano terreno, a língua internacional denominada Esperanto, bem como o seu iniciador, o genial médico judeu-polonês Luis Zamenhof (1859-1917), vieram ao mundo no momento certo e no lugar certo: "Nasci em Bialistok. A localidade do meu nascimento e da minha infância deu uma direção a todo o meu futuro. Em Bialistok a população consistia de russos, polacos, alemães e judeus". (Trecho de uma carta de Zamenhof).
    Segundo o espírito de Valdomiro Lorenz, mestre esperantista, que desencarnado, se valeu da mão de Chico Xavier para escrever o livro conhecido como "O Esperanto como revelação" em 1976, pág. 146, a criação do Esperanto se deu primeiro entre os espíritos: "auxiliado pelas numerosas equipes de colaboradores que se afinavam com o ideal, o gênio da confraternização humana, que conhecemos por Lázaro Luis Zamenhof, engenhara, com a inspiração divina, o prodígio do Esperanto, estabelecendo a instituição de academias respectivas, nos planos espirituais conexos às nações mais evoluídas.
Começa a missão entre nós
    Após a sua reencarnação na Terra, judeu vivendo em uma Polônia ocupada pelo Império Moscovita, em meio às barreiras lingüísticas que separavam a todos, desde a infância, Zamenhof já manifestava o seu desejo em prol de uma fraternidade universal. Assim, assimilou vários  idiomas, cada vez mais, e realizou o ideal de constituir uma língua neutra internacional à custa de toda uma existência cheia de percalços. Não bastando uma gramática fantástica, acrescenta uma alma ao novo idioma - a sua idéia interna - que diferentemente das línguas nacionais, acrescenta também ao seu estudante uma visão mais global e universalista do mundo que queremos construir. Desde o início, o Esperanto conquistou o apoio de importantes intelectuais como Tolstói, Albert Einstein, Henry Philips, Gaston Moch e outros. Da sua apresentação ao nosso mundo em 1887 até hoje, mais que nunca, na globalizada era da Informática, o Esperanto pode afirmar, do alto dos seus 112 anos de utilização prática, que não é mais um projeto,  e  sim  um idioma que vive em 110 países, que por ser neutro, não representa supremacia militar ou econômica de um país sobre os outros e nem ofende os sentimentos nacionais de quem quer que seja, sendo o único que pode  estabelecer uma ponte de fraternidade entre os diversos povos com base na justiça e em relações de igualdade. O Esperanto nunca pretendeu substituir os idiomas nacionais, mas se propõe a ser uma segunda língua, simples e acessível para qualquer pessoa, independentemente de sua condição econômica.
    Na medida que contraria os interesses do colonialismo cultural, dá espaço e serve de veículo para as culturas nacionais que por sua vez, somadas, darão origem à uma cultura de novo caráter - transnacional - enriquecida por todos os povos, iguais e emancipados.
Ismael Braga: Brasileiro, Esperantista e Espírita
(...) sua adesão oficial ao movimento esperantista data do ano de 1910, quando se faz membro da Liga Esperantista Brasileira (hoje Liga Brasileira de Esperanto), inscrito sob o nº 13. (...)
   
A conversão de Ismael ao Espiritismo se deu em 1912, na cidade de Teixeira (MG), por ocasião de uma sessão das chamadas "mesas falantes", e simbolicamente o Esperanto seria o fator decisivo para que ele superasse seu ceticismo em relação às novas idéias.
    Buscando por à prova o que realmente havia por trás da mesa que falava, Ismael pergunta-lhe, em Esperanto, quantos irmãos tinha - Kiom da fratoj mi havas?
    A resposta foi imediata: cinco, já evidenciando que a inteligência oculta conhecia o estranho idioma. Mas Ismael pensava no número oito, pois tinha cinco irmãos e três irmãs. Refaz a pergunta e a mesa insiste no número cinco. Já se preparava para deixar o que julgava uma brincadeira de mau gosto, quando se lembra do prefixo "ge", que em Esperanto exprime a uniãode seres dos dois sexos. Refaz a pergunta, mas agora com a precisão do Esperanto: Kiom da gefratoj mi havas? (Quantos irmãos e irmãs eu tenho?), e a mesa responde com oito pancadas..."
    Compilado do importante livro "O Esperanto na visão Espírita", págs. 6/7, em prefácio de Affonso Soares; Ed. Societo Lorenz, julho/1998, Rio de Janeiro - RJ.
O Mundo Espiritual se manifesta
    Graças ao trabalho de esperantistas espíritas como o Prof. Braga, com o efetivo apoio da FEB, um material didático e informativo começou a brotar, desta feita aliando o Evangelho, o Espiritismo e o Esperanto, unindo a enorme força de movimentos que não são de nossa esfera e sim oriundos dos altos Planos da Criação onde o nosso futuro é gestado.
    Na hora certa, em 1940, surge o documento "A Missão do Esperanto", (Mensagem recebida em 19 de janeiro de 1940, pelo médium Francisco C. Xavier, dirigida a ISMAEL GOMES BRAGA e publicada em "Reformador" de fevereiro/1940 (págs. 46 e 47). Emmanuel, do alto de sua autoridade moral conclama então aos espíritas para que trabalhem também em prol do Esperanto: "Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-lo para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos." Com muita propriedade digo "aprendâmo-la", porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação."
Federação Espírita Brasileira e o Esperanto
    Desde 1904 João Ernesto já trabalha ao mesmo tempo pelo Esperanto e o Espiritismo e a FEB em 1909 permitia a divulgação do Esperanto em seu órgão de imprensa. Porém, a Federação só mais tarde foi inserir a divulgação do Esperanto entre as suas rotinas regulares de trabalho.
    Segundo informação obtida junto à FEB, Ismael Gomes Braga idealizou e concretizou na Federação, em 01/03/1937, um Serviço de Propaganda do Esperanto, por ele dirigido até a sua desencarnação, em 1969. O Departamento de Esperanto, como órgão da estrutura administrativa da FEB, institucionalizado no estatuto da FEB, aprovado pela A.G.E. de 23/03/1991.
    Com o apoio da maior organização espírita do planeta, o movimento do Esperanto no Brasil, pula em dez anos (na década de 1940) de uma posição extremamente tímida em relação ao movimento nos vários países europeus, para a posição que se sustenta nos últimos 50 anos, qual seja, a de um dos países em que existem mais esperantistas.
Produção Literária em prol do Esperanto e do Espiritismo
    Espíritos elevados como Emmanuel, Cruz e Souza, Zamenhof, Abel Gomes, João Ernesto, José Tosta, Ferreira de Magalhães, Castro Alves e outros nos orientam no sentido que nos dediquemos ao Espiritismo e ao Esperanto.
    Vale lembrar que Castro Alves desencarnou 18 anos antes do Esperanto ser conhecido do nosso mundo, porém veio a conhecê-lo com profundidade no plano espiritual, onde até mesmo instituições educacionais esperantistas são relatadas na literatura mediúnica.
    A mediunidade de Chico Xavier, Valdomiro Lorenz, Porto Carreiro Neto, Dolores Bacelar e outros resultou em mensagens em benefício do Esperanto. Dezenas de livros espíritas já foram traduzidos para o Esperanto e,
indiscutivelmente, nas últimas décadas o Esperanto tem
ajudado muito a difusão da doutrina espírita em outros
países. "Nosso Lar" e o "Livro dos Espiritos" (1945), chegaram até o idioma japonês a partir das traduções de Porto Carreiro Neto e não dos textos originais em
português e francês, respectivamente. Do trabalho de Ismael Gomes Braga veio a tradução (do original em francês) para o Esperanto de "O Evangelho Segundo o Espíritismo" (1947). Eis alguns livros espíritas que mencionam o Esperanto: "A Casa do Escritor" (espírito Patrícia), "Além da Morte", "Céu Azul", "Devassando o Invisível", "Esperanto como revelação" ,"Iniciação à Viagem Astral", "Memórias de um Suicida", "Nosso Livro", " O Esperanto na visão Espírita", "Sobrevi-vência do Espírito", "Tragédia de Santa Maria". Como pode-se observar, segundo as muitas obras de respeitáveis médiuns como Chico, Divaldo, Yvonne Pereira, Hercílio Maes, João Nunes Maia e outros atestam em suas mensagens
psicografadas que a utilidade do Esperanto transcende a barreira da nossa própria morte. Hoje em dia, inúmeros centros espíritas brasileiros mantém cursos de Esperanto, e a FEB é  também  uma  das editoras de livros em Esperanto que mais se destacam no mundo todo. Para a nossa felicidade, RECENTEMENTE, O CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL DECIDIU PELA ADOÇÃO DO ESPERANTO COMO LÍNGUA OFICIAL DE TRABALHO DA ENTIDADE E JÁ O CONGRESSO ESPÍRITA DE PARIS DE 2004 SERÁ REALIZADO TOTALMENTE EM ESPERANTO.
  Junte-se a nós com o Evangelho, o Espiritismo e o Esperanto todos estaremos muito bem acompanhados!

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