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terça-feira, 5 de abril de 2011

QUANDO DEVEMOS REPREENDER O PRÓXIMO?
Segundo as orientações de São Luís, em O Evangelho segundo o Espiritismo, a repreensão ao próximo, embora não deva ser uma prática necessariamente proibida “porquanto cada um deve trabalhar pelo progresso de todos”, precisa ser muito bem avaliada antes que a façamos.
Partindo do princípio de que neste mundo ninguém é perfeito, ela só se justifica se o motivo que nos leva a fazê-la for realmente desprovido de maldade, ciúme, inveja, arrogância, intolerância, prepotência… Ou seja, se a repreensão não servir muito mais para nós mesmos, do que para aquele a quem a direcionamos.
Se a fazemos com o objetivo único de auxiliar o nosso próximo a alcançar uma consciência ainda não despertada, há aí um sentido nobre na ação. Mas, se tal objetivo se alicerça em nossas próprias imperfeições é melhor não fazê-lo.
A repreensão que visa tão somente o crescimento moral do próximo, é feita com moderação, discrição, afabilidade… Ou melhor, é, antes de tudo, um aconselhamento, um gesto de caridade moral. A repreensão que humilha e denigre a imagem do outro, denota ausência dessa caridade.
Segundo São Luís, há casos em que as imperfeições de uma pessoa precisam ser denunciadas, mas esta é uma questão muito delicada, e para resolvê-la é necessário apelar para a caridade bem compreendida. Se essas imperfeições só prejudicam à própria pessoa, não haverá necessidade de divulgá-las. Mas, se podem acarretar prejuízos a terceiros, deve-se atender o interesse da maioria.
É desta forma que, estarrecidos, temos acompanhado pelos noticiários, uma avalanche de denúncias envolvendo pessoas de todos os níveis sociais; inclusive aqueles que se julgavam acima do bem e do mal. Altos cargos públicos, sobrenomes tradicionais, riqueza e poder não têm sido mais empecilho para que a máscara da hipocrisia, da mentira, dos vícios e da desonestidade seja arrancada, expondo a verdadeira identidade de pessoas consideradas totalmente insuspeitas.
São esses alguns dos casos em que São Luís nos orienta sobre a importância de se atender ao interesse da maioria. Mas é bom atentarmos para o fato de que, essas denúncias acabam se revertendo também em favorecimento para o denunciado, pois, uma vez impedido de continuar cometendo os seus deslizes, ele deixará de se comprometer ainda mais com as forças do mal que sempre auxiliam nessas tarefas e que, mais tarde, cobrarão um alto preço pela “assessoria” prestada.
Pois, como disse Jesus: “É necessário que haja escândalos, mas, ai daquele que for motivo de escândalos”.

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