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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INTEGRAÇÃO DO JOVEM NO MOVIMENTO ESPÍRITA

 1. DISSEMINAÇÃO DA FILOSOFIA UNIFICAR, NÃO UNIFORMIZAR - A consciência de que a unificação não significa uniformização tranqüiliza o jovem que, naturalmente, questiona esta ordem de coisas. Como, com propriedade, revela texto publicado na Revista Reformador Mar/91: “Desta forma, observamos que o trabalho de unificação do Movimento Espírita vem atendendo aos seus objetivos básicos, estruturando-se dentro dos princípios de simplicidade, fraternidade e liberdade, promovendo a doutrina em toda a sua pureza, sem rituais, sem ídolos, sem liturgias, sem dogmas e sem formalismos de qualquer espécie. (parágrafo) Sua tarefa vem sendo realizada sem organismos centralizadores que inibam iniciativas, que imponham resultados e que pretendam um padronização artificial e automatizante, incompatível com o clima de liberdade que é fundamental ao crescimento do movimento espírita e à difusão da Doutrina Espírita.” Esta consciência precisa ser despertada e alimentada no seio das juventudes espíritas, com vistas a um futuro mais promissor para o Espiritismo.

2. CONHECIMENTO DA DINÂMICA DO MOVIMENTO ESPÍRITA/ ÓRGÃOS UNIFICACIONISTAS - Como em toda estrutura, a Doutrina Espírita também necessita de órgãos orientadores e responsáveis pela divulgação e unificação de seu movimento. Disciplina é imprescindível em qualquer parte onde pese a responsabilidade e comprometimento do ser. Cada federativa possui seus órgãos unificacionistas, cujas funções devem ser de amplo conhecimento do jovem e não apenas as famosas siglas desconhecidas.
3. INTERCÂMBIO E PARTICIPAÇÃO NOS ÓRGÃOS FEDERATIVOS - À medida que o amadurecimento é conquistado pelo jovem, seu campo de visão se estende e neste momento, o papel da juventude na contribuição para com o movimento espírita também se amplia, visto que a troca e participação nos  órgãos federativos é de suma importância para a unificação.
4. PARTICIPAÇÃO NOS EVENTOS UNIFICACIONISTAS - O jovem amadurecido poderá contribuir com os eventos unificacionistas, não só como participante, mas principalmente como elemento motivador e organizador destes eventos. A experiência tem demonstrado que a participação do jovem em tarefas de secretaria, recepção, divulgação da arte espírita, durante tais eventos, tem se revelado gratificante a todos.
5. PARTICIPAÇÃO NOS ENCONTROS DE JUVENTUDE ESPÍRITA - Tais encontros constituem coadjuvantes importantes no processo de evangelização do jovem porque a convivência   com outros jovens de outras agremiações e a postura adequada ao ambiente são fatores que o auxiliarão na formação de sua personalidade baseado em princípios de fraternidade e cristandade. Por isto, os órgãos unificadores têm se preocupado em realizar tais encontros que, se bem orientados, também capacitam o jovem a se integrar no movimento espírita, através dos órgãos unificacionistas promotores. O intercâmbio favorece o fortalecimento dos ideais, permitindo o conhecimento do que fazem as demais instituições, o que amplia os recursos do próprio movimento espírita.
6. CONCIENTIZAÇÃO DA MISSÃO ESPIRITUAL DO BRASIL - “Cabe aos espíritas do Brasil porem em prática a exposição contida no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, de maneira a acelerar a marcha evolutiva do espiritismo” (Ata de Reunião da FEB de 5/10/1949). O jovem, de maneira particular, que revisa na sua educação formal, a história de nosso País, está acessível a compreender   este momento do nosso povo no âmbito da educação espiritual, tendo, para isto, a contribuição incisiva da visão espírita ante os compromissos da Pátria do Cruzeiro, no que concerne à missão espiritual do Brasil. Isto o ajudará não somente como jovem espírita, mas sobretudo na formação de seu caráter como cidadão brasileiro capaz de compreender a missão maior de seu país e, para isto, contribuir eficazmente.
CONCLUSÃO:
Para concluir as reflexões, recorreremos mais uma vez à autora Dalva Silva Souza, quando na sua obra Nos Caminhos do Amor, nos traz: “Precisamos buscar conhecimentos que nos possibilitem a dinamização das atividades dos jovens dentro do Movimento Espírita, integrando-os, gradualmente, nos diversos setores de trabalho, afim de que não continuemos a ter o quadro que observamos hoje: os grupos de evangelização infantil são numerosos, mas os de mocidades se reduzem consideravelmente e, nos diversos departamentos da casa, é raro encontrar o trabalho do jovem. (parágrafo) Os adultos que se apresentam para as tarefas são criaturas trazidas à casa espírita, geralmente, pela dor  e que, encontrando o lenitivo que buscavam, permanecem e se integram na tarefa com a qual mais se identificam, conscientes da própria necessidade desse envolvimento. Poucas vezes encontramos nos trabalhos dos diversos departamentos de uma casa espírita aqueles que transitaram naturalmente das classes de evangelização para a mocidade e, em seguida, para o engajamento no trabalho. (parágrafo) O atrativo que outros setores sociais exercem sobre o adolescente e os compromissos escolares e afetivos são, de modo geral, apontados como causas para seu afastamento das atividades espíritas, mas acredito que esse quadro pode mudar, se houve um empenho sério dos dirigentes da instituição, para criar uma ambiente que gere no jovem motivação, senso de responsabilidade e consciência da importância desse envolvimento, para a obtenção dos seus objetivos na encarnação atual”.
Como a autora, também acreditamos que é possível mudar a ordem atual das coisas, sendo evidente que, para isto, haja um movimento de forças a este favor, conforme pretendemos ter demostrado ao longo do desenvolvimento do trabalho.
Além disto, é Jesus e o Espírito Emmanuel que nos trazem  a palavra final: “Mas os cuidados deste mundo, os enganos da riqueza e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra que fica infrutífera”  (Marcos 4:19)
“É imprescindível - escreve o autor espiritual - tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do auto-exame” (Fonte Viva - Cap 40)
Portanto, cabe ao espírita mais experimentado, espírito tão eterno quanto o do jovem colocado sob sua tutela, assumir seu papel de orientador, porque como asseverou Jesus na obra  Boa Nova “...ser velho ou ser moço no mundo, não interessa!... antes de tudo, é preciso ser de Deus!”

FONTES DE CONSULTA
1. KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capitulo XVII - Ed. FEB
2. XAVIER, Francisco Cândido - Boa Nova - Velhos e Moços - Ed.FEB
3. SOUZA, Dalva Silva - Os Caminhos do Amor - Ed. FEB
4. SOUZA, Syllvio Dionysio de,  Juventude Espírita - Ensaios por professores, escritores e educadores - Ed. EME
5. XAVIER, Francisco Cândido - Conduta Espírita - Cap. 2 - Ed. FEB
6. XAVIER, Francisco Cândido - Caminho Verdade e Vida - Cap. 151, ed. FEB
7. XAVIER, Francisco Cândido - Vinha de Luz - Cap 40 - Ed. FEB
8. XAVIER, Francisco Cândido - Bênção de Paz - Cap  45  - Ed. GEEM
9. SETOR DE JUVENTUDE - DIJ/UEM - Manual de Organização e Funcionamento de Mocidades Espíritas - Ed. UEM
10. Revistas Reformador - Fevereiro 1996 e maio de 1991.

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