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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

OTIMISMO
       Criados por Deus que é soberanamente justo e bom, para chegarmos à perfeição onde encontraremos, de forma definitiva, a paz que sonhamos e a felicidade que queremos, precisamos caminhar pela vida visualizando cada momento com os olhos do otimismo.
      O Criador do Universo, no contexto da sua absoluta sabedoria, instituiu poderosos mecanismos capazes de assegurar a cada ser humano, amplas possibilidades de progresso, para que atinjamos, com os nossos próprios esforços, o oásis de realizações que almejamos.       Pelos atributos demonstrados, em momento algum, o Pai Celestial permitiria que algo nos acontecesse sem que pudéssemos extrair algum resultado positivo. Tudo que está ao nosso redor tem a proposta de nos fazer prosperar.       Se o emprego que temos não é aquele que gostaríamos de possuir, nos esforcemos um pouco mais para conseguir algo melhor, sem jamais esquecer de dar graças a Deus por estarmos ganhando o nosso sustento com dignidade, enquanto muitos seguem pela vida, passando por privações, à procura de uma ocupação.       Se a residência que nos acolhe está necessitando de reparos, que por ora não podemos fazer, sigamos contentes, pois que uma multidão de criaturas tudo daria para possuir uma casa, mesmo simples.       Se o veículo que permite a nossa movimentação com mais rapidez e conforto, está em estado precário sem que tenhamos recursos, no momento, para repará-lo, não nos entristeçamos pois que inúmeros irmãos nossos só podem se locomover a pé.       Se a nossa saúde anda abalada, nos obrigando a constante visitas a farmácias, médicos e hospitais, continuemos alegres procurando por socorro, sem esquecer que uma infinidade de criaturas vive em corpos totalmente debilitados, com poucas possibilidades de acesso a tratamentos.       Se a nossa família nos causa alguns aborrecimentos e desgostos, perseveremos na luta, confiantes, por ajustá-la, pois que pelo mundo segue grande contingente populacional ao abandono desprovido de um lar que possa acolhe-lo.       Se sofremos ingratidão e nos decepcionamos com criaturas que amamos, mantenhamos o otimismo pois que outras nos querem bem e nos fortalecem, enquanto pelas vielas da indiferença e da solidão seguem muitos que nunca conheceram os benefícios de um gesto de amor.       Se ainda não foi possível a realização plena dos nossos sonhos de ventura, não percamos as esperança e nem caiamos em estados depressivos, pois que ombreando conosco encontramos uma gama enorme de irmãos que não tem forças nem para sonhar.       Se o filho que Deus nos confiou a guarda, embora todos os nossos esforços para orientá-lo, resolveu rumar por caminhos menos dignos, prossigamos por amá-lo buscando, esperançosos, por seu reajuste, nunca olvidando que muitos pais viram seus filhos partirem muito cedo de volta ao mundo espiritual tendo vivido pouco com eles.       Se por algum motivo ou razão que ainda desconhecemos, não logramos encontrar o sucesso que planejamos para as nossas vidas, continuemos otimistas, alegres, determinados e perseverantes, refletindo com Paulo, o apóstolo, quando ensina: “Regozijai-vos sempre; orai sem cessar e em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus".       Como a criança, freqüentemente, não compreende as decisões e atitudes dos pais, que garantem a segurança do seu desenvolvimento físico e mental, na infância espiritual que ainda estamos também não conseguimos compreender as deliberações instituídas no Código Divino, que nos asseguram amplas condições de progresso e evolução.       Assim como a criança que mesmo sem compreender festeja, brinca e canta esperando o futuro, sejamos alegres, otimistas e confiantes aguardando o que determinam as leis de Deus.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

NÃO JULGUEIS

“Não julgueis a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo tiverdes julgado os outros...”( Jesus- Mateus, cap. VII)

      É curioso observar o comportamento humano, em regra geral, onde identificamos o grande anseio das criaturas em julgar a vida alheia, e, nisso praticamente todos estamos incluídos. Raramente temos a felicidade de encontrar alguém, que já conseguiu vencer essa terrível tendência: de bisbilhotar a vida dos outros.
      O Espírito André Luiz, através de psicografia de Francisco Cândido Xavier, faz advertência, dizendo que “os problemas dos outros, realmente são dos outros”, esclarecendo a necessidade de nos atermos aos nossos, que não são poucos e estão a exigir solução.
       Via de regra, gastamos muito tempo e oportunidades cuidando de sondar a vida daqueles que seguem conosco, na família, no trabalho, no lazer, na rua, enfim por onde andamos. Fazemos longos e detalhados comentários sobre eles, sempre enfocando cada situação sob a ótica da nossa compreensão, onde não economizamos palavras para dizer que estamos cobertos de razão e que as nossas observações são as mais precisas e corretas.
      Pena que não temos a mesma disposição e anseio em analisar os nossos próprios defeitos, visando identificá-los para posteriormente movimentarmos recursos visando corrigi-los, objetivando conseguir, mesmo que lentamente, avançar no campo do progresso moral, tão necessário a nós todos.
      Jesus, conhecendo como ninguém a natureza humana e as nossas deficiências, logo foi nos informando sobre a urgência em aprendermos a não julgar ninguém, pois com o mesmo mecanismo que usarmos para tal fim, também seremos julgados ,e, sem dúvida, não vamos gostar disso.
      Assim, muito oportuno e interessante, será utilizar o nosso tempo, raciocínio, observações e análises, visando olhar para o nosso íntimo, buscando encontrar cada falha, cada imperfeição, cada desequilíbrio, no tentame de liquidar com o homem velho que mora em nosso interior, para fazer nascer o homem novo, equilibrado, justo, humano e fraterno, como sugeriu Paulo de Tarso.
      Em realidade, enquanto agimos preocupados com outros, nossa vida fica para trás, e não há nada mais deselegante, inferior e desumano que usar da maledicência, isto é, julgar e falar mal da vida alheia.
      Principalmente nós, que afirmamos em alto e bom tom que somos cristãos, devemos arregimentar armas para combater tão nefasta e atrevida erva daninha, que proliferando na boa plantação, causa terríveis prejuízos à coletividade humana. Muito ódio, muita confusão, muitos problemas e muitos sofrimentos nasceram de fofocas, dos comentários picantes e desagradáveis que fazemos sobre o comportamento do próximo.
      Então, seguir o Cristo significa aprender com Ele, vivenciando o máximo possível as suas preciosas e inquestionáveis lições: a de evitar a maledicência , a prática do perdão, a do trabalho, a da fraternidade e tantas outras.
      Concluindo, façamos o propósito de julgar somente a nós mesmos, procurando identificar os nossos defeitos, buscando aprimoramento, e, se realmente atentarmos para a urgente necessidade da nossa melhoria íntima, não sobrará tempo para perceber onde os outros estão errando.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A TAREFA DOS PAIS

Os Espíritos dos pais exercem alguma influência sobre os dos filhos, após o nascimento destes?
      
---- Exercem, e muito, pois como já dissemos, os Espíritos devem concorrer para o progresso recíproco. Pois bem: o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação: isso é para eles uma tarefa? Se nela falhar será culpado”. ( Questão 208, de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec).

      Educar é bem diferente de instruir.
      Instruir é obter conhecimentos através dos livros, das experiências do cotidiano, das pessoas mais preparadas e é tarefa básica das escolas e universidades, enquanto educar é formar caráter e essa é uma atribuição típica da família, especificamente dos pais.
      Uma criatura pode ser instruída sem ser educada. Osama Bin Laden, por exemplo, é extremamente instruído, pois que conseguiu aterrorizar os Estados Unidos, num ato terrorista em 2001, mas desprovido de caráter, uma vez que promoveu a morte de milhares de inocentes. Já quem é educado também possuiu instrução, pois que um caráter bem formado é dotado de profundos conhecimentos.
      Daí a importância e o valor da família, principalmente dos pais que tem a decisiva tarefa de educar os filhos. Tarefa, aliás, extremamente difícil, mas imprescindível para a formação de uma sociedade nos padrões da decência, dignidade e honradez.
      Diante da quantidade imensa de informações diárias que recebemos, oferecida pela tecnologia do momento, nossas crianças, adolescentes e jovens vivem cercados por elas, fazendo com que seus raciocínios se motivem e desenvolvam com rapidez incrível, chegando a nos surpreender em várias ocasiões com questionamentos, perguntas e colocações que jamais imaginávamos que partissem deles naquele momento. Então os pais ou responsáveis, têm necessidade de redobrarem a atenção e o cuidado com eles, pois se não ocuparem suas mentes com o que saudável, terão espaços para absorver o que é indevido, inútil e perigoso.
      E esse descuido, desinformação ou indiferença dos genitores tem permitido a formação de uma infância, adolescência e juventude comprometidas, onde a ausência dos valores básicos da ética, respeito e conhecimento dos limites tem proporcionado o surgimento de imensos dramas familiares e sociais, com sérios e muitas vezes irreparáveis prejuízos físicos e morais.
      Inúmeras famílias choram no presente dores e sofrimentos que poderiam ter sido evitados se tivessem atentado para os deveres e obrigações da paternidade em dias do passado.
      A maior e mais profunda lição que os pais podem ensinar aos filhos é a do exemplo digno. As palavras ensinam, mas os bons exemplos marcam. E os nossos rebentos vêem, detalhadamente, tudo o que fazemos.
      Assim, antes de gritarmos por um mundo melhor, mais humano e fraterno, observemos como estamos preparando os nossos filhos para viverem nele. Muitas vezes a paz que buscamos no meio social não conseguimos manter nem dentro do nosso lar. Ainda, não podemos olvidar que a sociedade a que pertencemos é formada por nós mesmos. As crianças, adolescentes e jovens que fazem uma mocidade ajuizada ou desajustada moram em nossas casas.
      É extremamente complexa a tarefa da educação dos filhos, mas os pais não tem outra alternativa a não ser educar. Obviamente que cada genitor terá que encontrar as maneiras de educar o filho que está sob seus cuidados, tomando por base a personalidade dele, mas terá que educar. Por certo não será fácil fazer dos filhos modelos de virtude, mas valerá o esforço para ajudá-los a serem homens de bem.
      Ou fazemos isso com imensa responsabilidade ou então nos preparemos para a colheita amarga das decepções que por certo virão.
      Reflitamos...

domingo, 25 de setembro de 2011

O presidente da FEB Nestor João Masotti entregou o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho à presidente da República no momento em que ela passava defronte ao stand da FEB, logo após a inauguração da XV Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. O fato ocorreu na tarde do dia 1º. de setembro, nas dependências do Riocentro.

sábado, 24 de setembro de 2011


O MÉDIUM PSICÓGRAFO TEM CONSCIÊNCIA DO QUE ESCREVE
Ivone A. Pereira
       (Extraído da Revista Internacional de Espiritismo - Nº 02 - Maio/1972)


 
      Ao receber a mensagem do Além, para os seus livros, você fica consciente do que escreve ou só se reconhece ao terminar?

      R -  A obtenção de um livro mediúnico é trabalho árduo, que mobiliza todas as forças mentais e psíquicas do médium a serviço do agente comunicante, pois, é transmissão de pensamento a pensamento. nem todos os médiuns têm as mesmas características para a recepção desse gênero de trabalho. No que me diz respeito, sofro transe pronunciando, embora, não completo. Tenho consciência de mim mesma, mas qualquer rumor exterior me poderá perturbar. Por essa razão só escrevo altas horas da noite. Vou lendo o que escrevo como se se tratasse de um folhetim que me apresentassem. O impulso do braço e atordoamento é ligeiro sem ser veloz. Às vezes, ouço o murmúrio do ditado como se se tratasse de um folhetim que me apresentassem. Esse impulso é ligeiro sem ser veloz. Às vezes, ouço o murmúrio do ditado como se o Espírito comunicante falasse aos meus ouvidos, o que facilita a recepção. Se a obra é de difícil captação, como Memórias de um Suicida e Nas Voragens do Pecado, o impulso vibratório do braço é menos rápido. Perco a noção do que me rodeia, mas não de mim mesma; somente me apercebo da tarefa que executo, por isso necessito de silêncio e tranqüilidade. Às vezes, vejo as cenas que estou descrevendo, mas só me inteiro do conteúdo da obra, verdadeiramente, depois da sua publicação.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

 A LIÇÃO DO SEMEADOR
 Ulverson Olsson era um homem portador de caráter especial, que se tornara indiferente ao bem, afirmando que ninguém realizava qualquer coisa de útil, que não mantivesse sob disfarce os interesses inescrupulosos dos desejos egoísticos.
Nascera num lar abastado de família tradicional e a ociosidade dele fizera um fútil, destituído dos sentimentos superiores de solidariedade e de amor.
Nos seus comentários ácidos sempre destilava pessimismo, a soldo de um comportamento cínico e destruidor.
Zombava da ingenuidade de Nils Holgersson e da pata Abba de Kebnekaise em sua viagem fantástica pelas fronteiras da Suécia demarcando as regiões, reduzindo todos os atos de amor a lendas e fantasias da imaginação de pessoas que considerava servis...
Tendo visitado a Lapônia (Lapplandis lãn) desconsiderava as tradições e as heranças místicas do seu nobre povo, lamentando não haver nascido na formosa região, onde os gênios e as fadas confraternizam com as criaturas vegetais, animais e humanas, para ter o prazer de as negar.
Como a sua existência era ociosa, viajava, quase sem cessar, a fim de apaziguar o vazio interior, que resultava da falta de objetivos elevados com que a existência humana se torna digna e formosa.
Insensível ao amor, comprometera-se intimamente gratificar qualquer pessoa cujos gestos de abnegação fossem destituídos de ambições egotistas.
Mesmo quando se referia a Jesus, em cuja doutrina fora educado, recusava-se a render-se ao Amor capaz de apaziguar todas as inquietações com a doçura do Seu olhar, com a musicalidade da Sua voz e com a inefável bondade do Seu coração.
Nesse tormento, fizera-se solitário e, porque não dizer, infeliz.
A felicidade é filha predileta do sentimento dos deveres tranquilamente cumpridos, mas Ulverson, distanciado do trabalho de solidariedade humana, não atendia a compromissos morais relevantes, nem desempenhava atividades que lhe exalçassem o caráter.
Nem mesmo as doces criancinhas conseguiam arrancar-lhe um sorriso de carinho ou um gesto afetuoso.
Dizia que se tratava de seres desagradáveis, e que, ingênuas na infância iam crescer depois, tornando-se arrogantes e desagradáveis quando adolescentes e adultos...
Parecia a figueira que secou, a grave lição apresentada por Jesus, no Seu Evangelho, como ensinamento profundo a respeito da produção que tudo e todos devem cumprir.
O seu mau humor tornara-o uma pessoa indelicada e desagradável.
A vida humana é rica de oportunidades para amar-se e confraternizar-se, espalhando alegrias e produzindo bem-estar.
Existem muitos corações afetuosos que perderam o rumo e, semelhantes a embarcações sem leme, navegam à matroca, correndo riscos numerosos.
Também são incontáveis aqueles que experimentam sofrimento e solidão, por não encontrarem uma palavra de amizade ou de compreensão, ajuda fraternal e entendimento, capazes de diminuir-lhes as culpas, os conflitos, as aflições pessoais...
Toda vez quando alguém se resolve por ajudar outrem, torna-se melhor, descobre o valor da existência e enriquece-se de alegria.
Não era o caso de Olsson, o viajante desencantado de si mesmo.
Numa das viagens, enquanto caminhava triste, observou um homem de avançada idade, que plantava pinheiros... Silenciosamente, cavava o buraco na verde relva e colocava uma semente, cobria-a e seguia adiante.
Parecia cansado, vergado ao peso dos anos, mas o semblante apresentava um sorriso jovial e encantador.
Tudo nele denotava a presença da felicidade, que nascia nas fibras delicadas do amor.
O rosto se encontrava iluminado por um sorriso gentil.
Quando Olsson o viu, sentiu-se estranhamente atraído pelo semeador, a quem interrogou:
Essas terras lhe pertencem, considerando-se que o senhor está plantando essas pináceas que crescem lentamente e que a sua idade não lhe permitirá vê-las grandiosas?
Não, não me pertencem essas terras. São da comunidade e delas cuido para que permaneçam exuberantes em decorrência das árvores nelas plantadas e replantadas.
Certamente não as verei adultas e belas. Mas isso, para mim, não é importante, porque todas essas que existem a volta, não fui eu quem as plantou, e aqui estão oferecendo-nos madeira, sombra, beleza, mantendo a natureza em triunfo...
Ele fez uma pausa, e logo prosseguiu:
Quando eu era jovem, plantava legumes porque podia alimentar-me deles pouco tempo depois. Com o tempo ocorreu-me plantar árvores...
E o que o senhor ganha com isso? - interrompeu-o, desconfiado.
Ganho a alegria de semear. Recordo-me que muito antes de mim, houve Alguém que semeou vidas para todo o sempre. Mesmo quem planta árvores pensa em acolher-se na sua sombra, o que não é o meu caso, mas quem planta vidas, semeia para a eternidade, sem esperar qualquer recompensa. Foi o que fez Jesus...
Nunca devemos semear esperando a colheita por nós mesmos, mas por todos aqueles que virão depois.
Não espera nenhuma compensação?
Sim, o prazer de semear, de plantar beleza, de participar da vida.
Emocionado, pela primeira vez, Ulverson Olsson, saltou do animal e acercando-se do ancião, disse-lhe com inusitada alegria:
Permita-me plantar árvores com você e cuidar da sua vida, porque sou jovem e cheio de energias.
Como Alguém plantou vidas, espero que Ele aceite que eu seja cuidador também da vida que Ele semeou.
A partir dali, em face da lição do semeador, Ulverson fez-se, também, semeador de esperança, de alegria, de paz, de árvores e de vidas...
Selma Lagerlöf
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 28 de maio de 2008, em Estocolmo, Suécia.
 
Colocamos a foto do Grupo Espírita ALVORADA DA PAZ em um outdoor.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Divaldo Franco- Conflitos e falta de estudo da mediunidade 

 

domingo, 18 de setembro de 2011

ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS 

Haveria algum tipo de problema ou conseqüência negativa para a criança que é adotada por casais homossexuais?

J. Raul Teixeira responde: A princípio não. Porque a grande massa de homossexuais que existe na sociedade é filha de casais heterossexuais. E por que ficaram homossexuais? De repente poderíamos concluir que são casais heterossexuais que fazem filhos homossexuais. E até hoje não temos nenhuma notícia dentre os casais homossexuais que criaram filhos que tenham se tornado igualmente homossexuais. Particularmente conheço vários rapazes, hoje pais de família, que foram criados por suas tias homossexuais, que viviam com elas e com outras pessoas, na maior discrição, e se tornaram homens de bem, médicos, engenheiros. Só souberam que as tias eram homossexuais quando eles cresceram e elas os chamaram para dizer. Eles nunca presenciaram nenhum ato menos lógico e lúcido dentro de casa, nunca presenciaram qualquer desrespeito, nunca viram estas tias tocarem nas mãos uma das outras. Eles chamavam uma de tia verdadeira e a outra era a companheira. Então, isto nos leva a verificar que muitas vezes a sociedade estereotipa determinados comportamentos. Vemos casais homossexuais, porque eu lido com muita gente, de uma respeitabilidade social incrível. Como vemos casais heterossexuais de um desrespeito brutal. Eles brigam, eles se agridem, eles batem, o marido passa com outra mulher na frente da esposa, a mulher passa com outro homem na frente do marido, e os casais homossexuais têm demonstrado uma maior autenticidade no bem querer. Não estamos defendendo e nem acusando homossexuais, estamos constatando o que se vê no mundo. De modo que os bons espíritos nos dizem que o amor não tem sexo. Como é que podemos imaginar que o melhor para uma criança é ser criada na rua, ao relento, submetida a todo tipo de execração, a ser criada nutrida, abençoada por um lar de casal homossexual? Muita gente assevera que a criança corre riscos. Mas como? Nós estamos acompanhando as crianças correndo riscos nas casas de seus pais heterossexuais todos os dias. Logo, não devemos entrar nessa discussão que é tola e preconceituosa, aquele que tem amor para dar que dê. Naturalmente, vivendo numa sociedade cristã hipócrita, as pessoas falam contra a adoção por homossexuais, mas não se predispõem a adotar. Temos que verificar que Deus não está observando qual é o direcionamento que estamos dando a nossa libido, Ele está acompanhando o amor que nós temos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INTEGRAÇÃO DO JOVEM NO MOVIMENTO ESPÍRITA

 1. DISSEMINAÇÃO DA FILOSOFIA UNIFICAR, NÃO UNIFORMIZAR - A consciência de que a unificação não significa uniformização tranqüiliza o jovem que, naturalmente, questiona esta ordem de coisas. Como, com propriedade, revela texto publicado na Revista Reformador Mar/91: “Desta forma, observamos que o trabalho de unificação do Movimento Espírita vem atendendo aos seus objetivos básicos, estruturando-se dentro dos princípios de simplicidade, fraternidade e liberdade, promovendo a doutrina em toda a sua pureza, sem rituais, sem ídolos, sem liturgias, sem dogmas e sem formalismos de qualquer espécie. (parágrafo) Sua tarefa vem sendo realizada sem organismos centralizadores que inibam iniciativas, que imponham resultados e que pretendam um padronização artificial e automatizante, incompatível com o clima de liberdade que é fundamental ao crescimento do movimento espírita e à difusão da Doutrina Espírita.” Esta consciência precisa ser despertada e alimentada no seio das juventudes espíritas, com vistas a um futuro mais promissor para o Espiritismo.

2. CONHECIMENTO DA DINÂMICA DO MOVIMENTO ESPÍRITA/ ÓRGÃOS UNIFICACIONISTAS - Como em toda estrutura, a Doutrina Espírita também necessita de órgãos orientadores e responsáveis pela divulgação e unificação de seu movimento. Disciplina é imprescindível em qualquer parte onde pese a responsabilidade e comprometimento do ser. Cada federativa possui seus órgãos unificacionistas, cujas funções devem ser de amplo conhecimento do jovem e não apenas as famosas siglas desconhecidas.
3. INTERCÂMBIO E PARTICIPAÇÃO NOS ÓRGÃOS FEDERATIVOS - À medida que o amadurecimento é conquistado pelo jovem, seu campo de visão se estende e neste momento, o papel da juventude na contribuição para com o movimento espírita também se amplia, visto que a troca e participação nos  órgãos federativos é de suma importância para a unificação.
4. PARTICIPAÇÃO NOS EVENTOS UNIFICACIONISTAS - O jovem amadurecido poderá contribuir com os eventos unificacionistas, não só como participante, mas principalmente como elemento motivador e organizador destes eventos. A experiência tem demonstrado que a participação do jovem em tarefas de secretaria, recepção, divulgação da arte espírita, durante tais eventos, tem se revelado gratificante a todos.
5. PARTICIPAÇÃO NOS ENCONTROS DE JUVENTUDE ESPÍRITA - Tais encontros constituem coadjuvantes importantes no processo de evangelização do jovem porque a convivência   com outros jovens de outras agremiações e a postura adequada ao ambiente são fatores que o auxiliarão na formação de sua personalidade baseado em princípios de fraternidade e cristandade. Por isto, os órgãos unificadores têm se preocupado em realizar tais encontros que, se bem orientados, também capacitam o jovem a se integrar no movimento espírita, através dos órgãos unificacionistas promotores. O intercâmbio favorece o fortalecimento dos ideais, permitindo o conhecimento do que fazem as demais instituições, o que amplia os recursos do próprio movimento espírita.
6. CONCIENTIZAÇÃO DA MISSÃO ESPIRITUAL DO BRASIL - “Cabe aos espíritas do Brasil porem em prática a exposição contida no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, de maneira a acelerar a marcha evolutiva do espiritismo” (Ata de Reunião da FEB de 5/10/1949). O jovem, de maneira particular, que revisa na sua educação formal, a história de nosso País, está acessível a compreender   este momento do nosso povo no âmbito da educação espiritual, tendo, para isto, a contribuição incisiva da visão espírita ante os compromissos da Pátria do Cruzeiro, no que concerne à missão espiritual do Brasil. Isto o ajudará não somente como jovem espírita, mas sobretudo na formação de seu caráter como cidadão brasileiro capaz de compreender a missão maior de seu país e, para isto, contribuir eficazmente.
CONCLUSÃO:
Para concluir as reflexões, recorreremos mais uma vez à autora Dalva Silva Souza, quando na sua obra Nos Caminhos do Amor, nos traz: “Precisamos buscar conhecimentos que nos possibilitem a dinamização das atividades dos jovens dentro do Movimento Espírita, integrando-os, gradualmente, nos diversos setores de trabalho, afim de que não continuemos a ter o quadro que observamos hoje: os grupos de evangelização infantil são numerosos, mas os de mocidades se reduzem consideravelmente e, nos diversos departamentos da casa, é raro encontrar o trabalho do jovem. (parágrafo) Os adultos que se apresentam para as tarefas são criaturas trazidas à casa espírita, geralmente, pela dor  e que, encontrando o lenitivo que buscavam, permanecem e se integram na tarefa com a qual mais se identificam, conscientes da própria necessidade desse envolvimento. Poucas vezes encontramos nos trabalhos dos diversos departamentos de uma casa espírita aqueles que transitaram naturalmente das classes de evangelização para a mocidade e, em seguida, para o engajamento no trabalho. (parágrafo) O atrativo que outros setores sociais exercem sobre o adolescente e os compromissos escolares e afetivos são, de modo geral, apontados como causas para seu afastamento das atividades espíritas, mas acredito que esse quadro pode mudar, se houve um empenho sério dos dirigentes da instituição, para criar uma ambiente que gere no jovem motivação, senso de responsabilidade e consciência da importância desse envolvimento, para a obtenção dos seus objetivos na encarnação atual”.
Como a autora, também acreditamos que é possível mudar a ordem atual das coisas, sendo evidente que, para isto, haja um movimento de forças a este favor, conforme pretendemos ter demostrado ao longo do desenvolvimento do trabalho.
Além disto, é Jesus e o Espírito Emmanuel que nos trazem  a palavra final: “Mas os cuidados deste mundo, os enganos da riqueza e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra que fica infrutífera”  (Marcos 4:19)
“É imprescindível - escreve o autor espiritual - tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do auto-exame” (Fonte Viva - Cap 40)
Portanto, cabe ao espírita mais experimentado, espírito tão eterno quanto o do jovem colocado sob sua tutela, assumir seu papel de orientador, porque como asseverou Jesus na obra  Boa Nova “...ser velho ou ser moço no mundo, não interessa!... antes de tudo, é preciso ser de Deus!”

FONTES DE CONSULTA
1. KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capitulo XVII - Ed. FEB
2. XAVIER, Francisco Cândido - Boa Nova - Velhos e Moços - Ed.FEB
3. SOUZA, Dalva Silva - Os Caminhos do Amor - Ed. FEB
4. SOUZA, Syllvio Dionysio de,  Juventude Espírita - Ensaios por professores, escritores e educadores - Ed. EME
5. XAVIER, Francisco Cândido - Conduta Espírita - Cap. 2 - Ed. FEB
6. XAVIER, Francisco Cândido - Caminho Verdade e Vida - Cap. 151, ed. FEB
7. XAVIER, Francisco Cândido - Vinha de Luz - Cap 40 - Ed. FEB
8. XAVIER, Francisco Cândido - Bênção de Paz - Cap  45  - Ed. GEEM
9. SETOR DE JUVENTUDE - DIJ/UEM - Manual de Organização e Funcionamento de Mocidades Espíritas - Ed. UEM
10. Revistas Reformador - Fevereiro 1996 e maio de 1991.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ENCONTRO FRATERNO
No dia 11 de Setembro, Domingo, o Grupo Espírita ALVORADA DA PAZ (GEAP), esteve em visita através de seus trabalhadores a Sociedade Espírita AMOR E PAZ da Cidade de Aceguá, realizando durante todo o dia Atividades Doutrinárias. 
A recepção e acolhida  dos irmãos do "AMOR E PAZ" propiciou um clima de Alegria, Fraternidade e Paz.
Na parte da manhã a temática gerou em torno da campanha da FEB
"O MELHOR É VIVER EM FAMÍLIA". 
FLÁVIA DIAS apresentou os temas:  Em Família, Instituto da Família, No Lar e Tu e Tua Casa.
MÁRCIA ALVARES: Educação no Lar,  Pais e Filhos.
ALESSANDRO REIS: Vida Conjugal
Na parte da tarde, FLÁVIO BITENCOURT abordou os temas: Arrependimento e Perdão, e Homossexualismo a Luz da Doutrina Espírita.












EXISTÊNCIA DE DEUS
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
- Pela marca do ourives.
- O empregado sorriu e acrescentou:
- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
Francisco Candido Xavier
. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.)

sábado, 10 de setembro de 2011

O SER E O TER NA ADOLESCÊNCIA

A princípio, no conflito que surge com a adolescência, o jovem não se preocupa, normalmente, com a posse nem com a realização interior, face aos apelos externos que o convocam à tomada de conhecimento de tudo quanto o cerca.
Vivendo antes em um mundo especial, cujas fronteiras não iam além dos limites do lar e da família, no máximo da escola, rompem-se, agora, as barreiras que o detinham, e surge um campo imenso, ora fascinante, ora assustador, que ele deve conhecer e conquistar, a fim de situar-se no contexto de uma sociedade que se lhe apresenta estranha, caprichosa, assinalada por costumes e atitudes que o surpreendem. Os seus pensamentos primeiros são de submeter tudo a uma nova ordem, na qual ele se sinta realizado e dominador, alçado à categoria de líder reformista, que altere a paisagem vigente e dê-lhe novos contornos. Lentamente, à medida que se vai adaptando aos fatores predominantes, percebe que não é tão fácil operar as mudanças que pretendia impor aos outros, e ajusta-se ao "modus operandi" existente ou contribui para as necessárias e oportunas alterações por que passam os diferentes períodos da cultura e do comportamento humano.
Observando que a sociedade contemporânea se baseia muito no poder e no ter, predominando os valores amoedados e as posições de destaque, em uma competitividade cruel e desumana, é tomado pela ânsia de amealhar recursos para triunfar e programar o futuro de ordem material. Não lhe ocorrem as necessidades espirituais, as de natureza ético-moral, porque tudo lhe parece um confronto de oportunidades e de poderes que entram em choque, até que haja predominância do mais forte. Por outro lado, dá-se conta da rapidez com que passa o carro do triunfo e procura fruir ao máximo, imediatamente, toda a cota possível de prazer e de destaque, receando o futuro, face ao exemplo daqueles que ontem estavam no ápice e agora, após o tombo produzido pela realidade, encontram-se esquecidos, perseguidos ou desprezados.
Somente alguns adolescentes, mais amadurecidos psicologicamente, que procedem de lares equilibrados e saudáveis, despertam para a aquisição dos valores íntimos, da conquista do conhecimento, dos títulos universitários com os quais esperam abrir as portas da vitória mais tarde. Assim, empenham-se na busca dos tesouros do saber, das experiências evolutivas, das realizações de crescimento íntimo, lutando com denodo em favor do auto-aprimoramento e da auto-afirmação, no mundo de contrastes e desaires. Nesses jovens, o ser tem um grande significado, porque faz desabrochar os requisitos íntimos que estão dormindo e aguardam ser convocados para aplicação e vivencia. Nesse sentido, não se faz necessário ser superdotado. É mesmo comum encontrar jovens com menos elevado QI, que conseguem, pela perseverança, pelo exercício, a vitória sobre os impedimentos ao seu progresso, enquanto outros mais bem aquinhoados deixam-se vencer pelos desajustes, sem o empenho de superar as dificuldades. Porque reconhecem as facilidades de aprendizagem, menosprezam o esforço que deve acompanhar todo trabalho de aquisição de cultura ou qualquer outro recurso evolutivo, perdendo as excelentes oportunidades que deparam, não vencendo a barreira do desafio para o crescimento.
Permanecem com o patrimônio intelectual sem o conveniente desenvolvimento ou, quando o realizam, derrapam para a delinqüência, aplicando os tesouros da mente na ação equivocada dos triunfos de mentira.
O esforço para ter surge com as motivações de crescimento intelectual e compreensão das necessidades humanas em favor da sobrevivência, da construção da família, da distinção social, das esperanças de fruir gozos naturais em forma de férias e recreações, de jogos e prazeres, projetando as expectativas para a velhice, que esperam conseguir tranqüila e confortável. O ter, passa a significar o esforço pelo conseguir, pelo amealhar, reunindo moedas e títulos que facilitem a movimentação pelas diferentes áreas do relacionamento humano. Essa ambição, perfeitamente justa e compreensível, de natureza previdenciária e lógica, podem tornar-se, no entanto, o objetivo único da existência, levando ao desespero e à insatisfação, porque a posse apenas libera de preocupações específicas, mas não harmoniza o ser interiormente.
Não poucas vezes, o possuir faz-se acompanhar do medo de perder, gerando receios injustificáveis e neurotizantes. O verdadeiro amadurecimento psicológico do ser propicia-lhe visão otimista da vida, auxiliando-o a ter sem ser possuído, em desfrutar sem escravizar-se, em dispor hoje e buscar amanhã, não lhe constituindo motivo de aflição o receio da perda, da pobreza, porque reconhece que tudo transita, indo e voltando, raramente permanecendo por tempo indeterminado, já que a vida física é igualmente transitória, instável.
A verdadeira sabedoria ensina que se pode ter, sem deixar de lado o esforço por ser auto-suficiente, equilibrado, possuidor não possuído, identificado com os objetivos essenciais da experiência carnal, que são a imortalidade, o progresso, o desenvolvimento de si mesmo com vistas à sua
libertação da carne, o que ocorrerá, sem qualquer dúvida, e, no momento próprio, ao encontrar-se equipado de recursos para a harmonia. Os padrões do capitalismo sempre impõem ter mais, enquanto que os do comunismo expõem suprir as necessidades básicas sob a regência do Estado, que é sempre impiedoso e sem sentimento, porque tem um caráter empresarial e nunca um sentido de humanidade. O jovem, ainda indeciso nas atitudes a tomar, não se dá conta do significado de ser lúcido e feliz, tendo ou deixando de ter, livre para aspirar o que melhor lhe apraz e realizar-se interiormente, desfrutando dos bens da vida sem escravidão, sem alucinação. Quando o indivíduo é mais ele mesmo, identificado com a sua realidade espiritual, consome menos, vive melhor, cresce e amadurece mais, superando os desafios com otimismo e produzindo sempre com os olhos postos no futuro. Para esse cometimento, é necessário que, desde cedo, na adolescência, seja elaborada uma escala de valores, a fim de definir quais os de importância e os secundários, de tal modo que a sua seja uma proposta de vida realizadora e eficiente.
Quando deseja ter mais e se afadiga por conseguir sempre os lucros de todos os empreendimentos, a sua é uma existência frustrada, ansiosa, sem
justificativa, porque a sede de possuir atormenta-o e deixa-o sempre insatisfeito, porque vê aqueloutros que lhe estão à frente e lhe fazem sombra na realização como criatura triunfadora no mundo. Essa ambição igualmente tem início na juventude por falta de direcionamento espiritual e emocional, tornando o adolescente um ser fisiológico, imediatista, e não uma criatura em desenvolvimento para as altas construções da humanidade.
O jovem, que deseja ser, desenvolve a sua inteligência emocional, aprendendo a identificar os sentimentos das demais pessoas, a dominar os impulsos perturbadores e insensatos, a manter controle sobre as emoções desordenadas, a ter serenidade para enfrentar relacionamentos tumultuados e difíceis, preservando a própria identidade.
Essa inteligência emocional depende da constituição do seu cérebro, que se modelou e se equipou de recursos compatíveis com as necessidades de evolução em razão dos seus atos em reencarnações passadas, mas que pode alterar para melhor sempre que o deseje e insista na cultura dos valores ético morais. É necessário ter recursos para uma existência digna, porém é indispensável ser sóbrio e equilibrado, nobre e empreendedor, conhecendo-se interiormente e trabalhando-se sempre, a fim de se tornar um adulto sadio e um idoso sábio.


ADOLESCÊNCIA E VIDA
DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

José Raul Teixeira ( Orador Espírita)
Responde sobre:
  Como fazer para acabar com a "praga das drogas"?

Raul -  Nós vivemos num planeta em fase de transformação e os Espíritos que aqui vivemos somos portadores de infinito conjunto de carências, de medos, de tormentos e, naturalmente, somos animais curiosos, por excelência.

Esse conjunto de situações vem fazendo com que as pessoas enveredem pelos caminhos das drogas sem que se apercebam disso.

Umas, pelo simples desejo de experimentar uma coisa nova. Acabam gostando, acabam ficando dependentes organicamente, psicologicamente falando, se tornam drogaditos.

Outras, para fugir de si mesmas, de conflitos, de lutas íntimas que não conseguem solucionar.

Outras, ainda, para fugir de problemas sociais, familiares.

Outros porque têm medo da bomba, da bomba de nêutron, da aids e de tantas outras coisas.

Há indivíduos com medo de ter medo e, então, cada um tem uma razão para ir fugindo, buscando esconderijos.

Naturalmente, é preciso pensarmos que nós temos uma preocupação muito grande com a drogadição, com as chamadas drogas pesadas, socialmente abominadas, mas costumamos dar muita guarida e elogiar mesmo as drogas socialmente aceitas. É muito raro encontrarmos um lar cristão que não tenha o seu barzinho, o seu uísque, a sua Vodka.

No Brasil tem uns que resolveram esse problema fazendo uma cachaça espírita, a cachaça São Francisco, para poder tomar seus golinhos.

A gente não sabe dar uma festinha em casa, mesmo que seja o aniversário das crianças, sem o alcoólico. E a gente justifica de todas as maneiras dizendo que é para comemorar, é para festejar, é pela alegria, é por tudo.

Mas também a gente não dispensa - ¬hoje graças a Deus muita gente já o dispensa - o tabaquinho, o cigarrinho, que é charmoso. Mulher elegante fuma.

E ela fica cancerosamente elegante...

Homem elegante fuma. E nós vamos percebendo que a participação da família no processo de educação das novas gerações tem deixado muito a desejar.

Ora, que autoridade terá um pai para dizer ao seu filho que não fume a marijuana, a maconha, se ele fuma o tabaco comum, que os técnicos dizem que é tão ou mais prejudicial do que a marijuana ou a maconha? As opiniões dos técnicos divergem num ou noutro ponto, mas todos dizem que as duas coisas são terríveis para a saúde humana.

Como é que um pai que chega alcoolizado em casa, ou que bebe em casa para não beber na rua, dando esse exemplo ao filho, poderá criticá-lo quando este chegar embriagado, cambaleante, lambendo os lábios ressecados?

Então, nós precisamos saber que só poderemos o mínimo quando ao mínimo nos dedicarmos.

Comecemos o trabalho de eliminar a drogadição da Terra eliminando os nossos vícios domésticos. Falamos dos vícios materiais como o tabaco, o álcool, o excesso de todo tipo para que, gradativamente tenhamos autoridade moral para propor aos filhos uma conduta diferente.

E então nós vamos verificando que todos os vícios, toda drogadição será gradativamente eliminada à medida que a educação não seja apenas artigo de livros, mas uma proposta de vida. A partir daí estaremos trabalhando para que as pessoas se fortifiquem, se fortaleçam, saiam dos medos, das fobias, das paúras, ou o que quer que chamemos, tenham confiança, não queiram fugir dos seus próprios problemas, aprendendo a faceá-los, a arrostá-los com a dignidade que a vida nos permite ter.

Se nós erramos, se cometemos algum desatino, não será fugindo através das drogas que resolveremos o problema, será enfrentando-o.

Se a gente tiver que pedir desculpas ao mundo, que a gente peça desculpas ao mundo, mas que não nos desnorteemos buscando uma porta falsa para tentar fugir daquilo de que não fugiremos.

Só existe uma pessoa da qual não conseguiremos fugir: a gente mesmo.

Quando eu me olho de manhã no espelho, eu me assusto é comigo; a única pessoa com quem não posso deixar de dormir é comigo mesmo. Então não tem jeito de fugir de mim. Se eu usar uma droga, seja o álcool ou o LSD, seja a cocaína, seja a heroína, quando eu volto a mim, dos seus efeitos, eu sou a mesma criatura atormentada, com a agravante de ter me viciado, de ter me drogado, de ter violentado a minha estrutura organopsíquica.

Então, a proposta para se eliminar isso da Terra, não é uma coisa para amanhã, mas é para o amanhã. Não é objetivo, didaticamente falando, já que os objetivos são as coisas que a gente quer conseguir hoje, mas é o fim, uma finalidade: alcançar a libertação dos indivíduos, gradativamente, pouco a pouco. Com a mesma paciência com que Deus nos trata, sabendo que nós caímos e levantamos, erramos e acertamos, mas estamos na marcha, para frente e para o Alto.

Resposta dada em Workshop sobre Educação em Lisboa

terça-feira, 6 de setembro de 2011

                            INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Sete de setembro. Feriado nacional. Dia da Independência do Brasil.
Por todo o País se fazem presentes as comemorações.
São desfiles militares, escolares, civis. Discursos, bandas, orquestras.
Evoca-se 1822, em verso e prosa.
Enaltece-se Dom Pedro I como o Libertador.
Desde a sua audaciosa desobediência às determinações da Metrópole portuguesa, não regressando a Portugal, estava proclamada a Independência do Brasil.
O Príncipe tinha suas noites povoadas de sonhos de amor à liberdade.
Desenvolvia no Espírito as noções da solidariedade humana.
Não representava o tipo ideal necessário à realização dos projetos espirituais, mas era voluntarioso. E ele era a autoridade.
Os patriotas já não pensavam noutra coisa que não fosse a organização política do Brasil.
A imprensa da época concentrava as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da Pátria.
As pessoas viviam a expectativa. Todos os corações aguardavam.
Então, no retorno da sua viagem a São Paulo, um correio leva ao conhecimento de Dom Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa.
Ali mesmo, nas margens do Ipiranga, ele deixa escapar o grito: “Independência ou Morte!”
Sem suspeitar, Dom Pedro I era dócil instrumento de um Emissário Divino, que velava pela grandeza da Pátria.
Consumou-se o fato e, logo, os versos do Hino da Independência eram cantados: “Já podeis da Pátria filhos, ver contente a Mãe gentil. Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil.”
A independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. Muitos homens deram a vida por este Ideal.
São passados 189 anos da nossa Independência.
Olhamos o nosso imenso País, um gigante geográfico e nos indagamos: “Somos realmente livres?”
A verdadeira independência é moral.
Enquanto prosseguem vigentes o jeitinho brasileiro e a lei de Gerson não seremos livres.
Quando assumirmos nosso papel de homens dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres.
Quando o estandarte da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela.
Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do Pano Pátrio brilharão com maior intensidade.
Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do Pavilhão Nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: a paz.
Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo.
Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso Gigante.
Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem. A Mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço.
Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.
Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos. E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos.
Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela Justiça, pela Verdade.
Independência moral. Crescimento real. Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos?
* * *
Você sabia que Tiradentes, morto em 1792, continuou após a sua morte, a trabalhar pela Independência do Brasil?
Ele estava com o Príncipe Regente Dom Pedro no Grito do Ipiranga.
Isto demonstra que os Espíritos, mesmo abandonando a carne, prosseguem nos Ideais abraçados.
Os Espíritos, como os homens, amam o torrão que lhes serviu de berço, se interessam pelas coletividades, trabalham pelo bem geral.
  

Redação do Momento Espírita, com base nos cap. 18 e 19 do livro Brasil, coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.