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sexta-feira, 24 de junho de 2011

A CARIDADE COMO PALAVRA
     A caridade é um tema que mereceu inúmeros apontamentos por parte de autores encarnados e desencarnados. A caridade material, do agasalho e do alimento, é muito lembrada. Fala-se também da caridade do ensino, da divulgação do Espiritismo, da paciência, do perdão, da prece por outrem...
A caridade da palavra é, quase sempre, mencionada de passagem, como se seu significado não ultrapassasse o sentido óbvio: o estímulo e o encorajamento, a cordialidade no relacionamento, e coisas semelhantes.
Mas existem outros pontos a se considerar, e Nazareno Tourinho (Autor Espírita)  observa que quase nunca exercemos, de fato, a caridade verbal.
Na família, trocamos frases simplesmente necessárias, às vezes com secura ou, até, com aspereza. Dispensam-se as palavras amáveis, por se crer que não necessitam ser ditas entre pessoas que convivem em clima de intimidade. No entanto, ironias e críticas cheias de sarcasmo não são poupadas, sem se falar naquelas "brincadeiras" que depreciam e humilham.
No meio social, a condenação de comportamentos alheios é comum. As críticas que a ninguém aproveitam, as insinuações com alvo certo são consideradas normais. Não serão contudo, contrárias ao sentimento de compaixão e respeito ao semelhante?
A caridade da palavra tem ainda outros aspectos interessantes.
O mais interessante, a meu ver, é que ela está disponível a todo momento. Podemos praticá-la cada vez que abrirmos a boca para dizer algo. Um bom dia, por exemplo, pode significar somente que se tem um pouco de civilidade, ou pode ser um desejo sincero, que vai carregado de bons fluidos.
Tudo isto implica, por outro lado, que temos grande responsabilidade sobre nossas palavras. Que colheremos o que com elas semearmos, que responderemos pelo benefício do dano que elas causarem e pelas conseqüências de nossa omissão, se por dever moral nos cabia dizer algo em determinada situação.
Agora: se todos sabemos como são importantes as palavras gentis, as expressões de reconhecimento ou solidariedade; se é tão bom ouvi-las, e se, sobretudo, nada nos custam, por que é que as empregamos com tanta avareza?

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