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quarta-feira, 10 de novembro de 2010


 VIDA EM OUTROS PLANETAS - A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
Na compreensão da Doutrina Espírita, quando Jesus disse: “Há muitas moradas na casa de meu Pai", estava nos ensinando o princípio da pluralidade dos mundos habitados, de uma maneira cristalina, para não deixar dúvidas. A Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao seu adiantamento. Este fato explica a diversidade da constituição física de cada mundo, e, conseqüentemente, dos seus habitantes. Cada mundo oferece aos seres que nele habitam condições adequadas e próprias à vida. Por isso, as necessidades vitais num planeta poderão não ser as mesmas e até opostas noutro.
As condições dos mundos quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes são muito diversas. Em alguns, seus habitantes são ainda inferiores aos da Terra, física ou moralmente; noutros, da mesma categoria que o nosso; e noutros são mais ou menos superiores em todos os aspectos. Nos mundos inferiores, onde a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Não se pode fazer uma classificação absoluta das categorias dos mundos habitados, mas Kardec oferece uma que permite uma visão geral sobre o assunto:
  • Mundos Primitivos: aqueles destinados às primeiras encarnações da alma humana, onde a vida, toda material, se limita à luta pela subsistência, o senso moral é quase nulo e, por isso mesmo, as paixões reinam soberanamente;
  • Mundos de Expiação e Provas: aqueles onde domina o mal;
  • Mundos de Regeneração: nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta;
  • Mundos Ditosos: onde o bem sobrepuja o mal;
  • Mundos Celestes ou Divinos: habitações de espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A felicidade é completa, de vez que todos hão alcançado o cume da sabedoria e da bondade.
A Terra pertence à categoria dos Mundos de Expiações e Provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias. No entanto, com o advento do Espiritismo, nosso planeta adentrou num processo de transição para Mundo de Regeneração. Essa transição, como todas as importantes que se efetuam na Natureza, processa-se de maneira lenta, respeitando as Leis Naturais.
No livro "Obras Póstumas", Allan Kardec perguntou aos Espíritos se realmente teríamos que passar por grandes catástrofes geológicas nessa transição, o que foi negado pelos Benfeitores Espirituais. Por outro lado, confirmaram que haverá grandes catástrofes morais, que abalarão os povos, que sacudirão as nações. Essas catástrofes nós estamos vendo dia-a-dia, diante de nossos olhos, no mundo inteiro.
Portanto, as noções de Juízo Final ou Fim dos Tempos nada mais são do que a constatação do término de um período e o início de outro, mais próspero, regido pelos processos naturais da evolução e caracterizado pela nova geração de Espíritos encarnados em nosso planeta, com aptidões bastante desenvolvidas para renovarem a cultura da Terra e auxiliarem sua transformação em todos os sentidos.

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