O espírita agirá como um cidadão comum,
tratando de cumprir os seus deveres sociais e políticos com seriedade, levando em conta que
o problema do desmatamento amazônico não tem por vilões os rebanhos de gado, mas o egoísmo e
o cinismo de vastas lideranças políticas do nosso país, que fazem vistas grossas para a
situação, uma vez que seus interesses pessoais podem estar em jogo nesse lance.
Observemos que tanto se desmata para criar
rebanhos de gado quanto para plantar soja e outros produtos. A ser levado tudo ao pé da
letra do que dizem as diversas mídias – quase nunca apresentam a real situação ou o que está
por detrás dela – teríamos que deixar de usar tanto carnes como vegetais.
Enquanto os governantes fizerem de conta
que não estão sabendo que os habitantes da floresta, sempre os mais espertos, é claro,
mancomunados com políticos inescrupulosos e gente envolvida nos respectivos órgãos públicos,
é que extraem a madeira nobre da Amazônia, que permitem a extração ilegal de minérios do
subsolo regional de suas nações indígenas, e que permitem muito da biopirataria existente em
nosso país, a tendência será ficar tudo como está... tendendo a piorar.
Enquanto nossos governos fizerem vistas
grossas para essa quantidade enorme de ONGs plantadas na Amazônia, aculturando a seu modo
nossos nativos, doutrinando-os a seu bel-prazer (de olho em suas/nossas riquezas diversas),
mas que não têm nenhum interesse por “prestar serviços” no Marajó, por exemplo, onde existe
muitíssima necessidade e abandono governamental, nenhum interesse em se instalar no sertão
nordestino, onde a seca, a fome e a esperteza de alguns “coronéis” imperam, essas
dificuldades não serão sanadas. Acusar pontualmente o gado ou a soja nos faria atacar o lado
frágil da questão, deixando de lado o fulcro mais grave do problema.
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