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domingo, 2 de setembro de 2012

Como deve o espírita posicionar-se ante o desmatamento e a alimentação baseada em carne bovina, haja vista que, entre outras coisas, ela também contribui para esse desmatamento?  José Raul Teixeira
O espírita agirá como um cidadão comum, tratando de cumprir os seus deveres sociais e políticos com seriedade, levando em conta que o problema do desmatamento amazônico não tem por vilões os rebanhos de gado, mas o egoísmo e o cinismo de vastas lideranças políticas do nosso país, que fazem vistas grossas para a situação, uma vez que seus interesses pessoais podem estar em jogo nesse lance.
Observemos que tanto se desmata para criar rebanhos de gado quanto para plantar soja e outros produtos. A ser levado tudo ao pé da letra do que dizem as diversas mídias – quase nunca apresentam a real situação ou o que está por detrás dela – teríamos que deixar de usar tanto carnes como vegetais.
Enquanto os governantes fizerem de conta que não estão sabendo que os habitantes da floresta, sempre os mais espertos, é claro, mancomunados com políticos inescrupulosos e gente envolvida nos respectivos órgãos públicos, é que extraem a madeira nobre da Amazônia, que permitem a extração ilegal de minérios do subsolo regional de suas nações indígenas, e que permitem muito da biopirataria existente em nosso país, a tendência será ficar tudo como está... tendendo a piorar.
Enquanto nossos governos fizerem vistas grossas para essa quantidade enorme de ONGs plantadas na Amazônia, aculturando a seu modo nossos nativos, doutrinando-os a seu bel-prazer (de olho em suas/nossas riquezas diversas), mas que não têm nenhum interesse por “prestar serviços” no Marajó, por exemplo, onde existe muitíssima necessidade e abandono governamental, nenhum interesse em se instalar no sertão nordestino, onde a seca, a fome e a esperteza de alguns “coronéis” imperam, essas dificuldades não serão sanadas. Acusar pontualmente o gado ou a soja nos faria atacar o lado frágil da questão, deixando de lado o fulcro mais grave do problema.

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