CONSOLIDANDO A PAZ
José, desconfiado, diz a Francisco:
- Acho que o Joaquim não gosta de mim, sequer me cumprimenta e quando o faz é sempre com o semblante de obrigação.
Sorridente, guardando a tranqüilidade das almas generosas, responde Francisco:
- Creio que estás enganado, o Joaquim é apenas tímido e luta para vencer essa timidez, ontem mesmo elogiava tua postura serena e me disse que é grande admirador seu.
- Verdade?! – Perguntou José com misto de admiração e alegria.
- Verdade! Respondeu Francisco.
Desde então a postura de José ante a Joaquim modificou-se, se antes considerava que Joaquim sequer lhe suportava, agora sabe que ele é apenas vítima da timidez, começou a dispensar-lhe atenção, e a partir disso surgiu uma grande amizade.
Tudo graças as palavras sóbrias de Francisco.
Se ao invés de apaziguar ele tivesse colocado lenha na fogueira da desconfiança do colega, provavelmente Joaquim e José não teriam se aproximado, pelo contrário, teria surgido uma rivalidade inoportuna e prejudicial à ambos.
Esse fato é corriqueiro, todos os dias milhares de pessoas, inseguras e ingênuas consideram-se perseguidas.
Criam fantasmas por conta própria e comentam com outros colegas.
Há os que colocam lenha na fogueira da discórdia e alimentam um duelo inoportuno, envenenam apenas para como vulgarmente se diz “Ver o circo pegar fogo”.
Comumente exclamam frases:
- Cuidado, ele pode lhe puxar o tapete.
Ou:
- Não deixe barato, se houver desfeita revide na mesma moeda.
Ou:
- Bem que percebi, ele não vai mesmo com sua cara!
Contudo, há os que têm o sublime prazer de ver a paz sedimentada, agregam pessoas fazendo a união de criaturas que poderiam ser inimigas.
Estão sempre levando a palavra amiga e incentivadora a comentar com alegria:
- Gostaram muito de seu trabalho!
- Sua atitude hojê foi exemplar!
- Parabéns por sua Exposição Doutrinária!
- Persevere, não desista!
Estes trazem consigo o prazer de ver o amor por onde passam, apaziguam, e têm sempre um discurso sereno para auxiliar.
Todos os dias nos deparamos com fatos assim, a escolha de agregar pessoas é nossa.
Podemos espalhar fofocas provocando desavenças.
Ou:
Distribuir amizade unindo pessoas.
Se espalharmos fofocas desunindo criaturas, colheremos os frutos de nossa sementeira desastrosa que muitas vezes resultará em dolorosa sensação de solidão e desprezo.
Todavia, se unirmos criaturas, transformando nossos amigos em amigos de outros amigos, estaremos ampliando laços de afeto a criar vínculos de amor que irão perdurar pela eternidade, trazendo-nos agradável sensação de bem estar de quem semeou a paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário