EVANGELHO EM FAMÍLIA
“Surgem flores de luminoso cristal transparente em festões multiplicados e em torno do grupo de corações humanos, sentados em volta da mesa singela, ora transformada em coruscante via-láctea, os Espíritos confraternizam.
“Surgem flores de luminoso cristal transparente em festões multiplicados e em torno do grupo de corações humanos, sentados em volta da mesa singela, ora transformada em coruscante via-láctea, os Espíritos confraternizam.
O céu desce à Terra e os apelos dos homens se elevam às alturas.
Silêncio e paz !
A família ora!
À medida que o pensamento humano se fixa na busca dos ouvidos divinos, matiza-se o ser, irisado por incomum fulgor, e, quando fala, no balbuciar das palavras, as construções mentais se corporificam através dos seus lábios, em sutis exteriorizações cambiantes, que impregnam o já saturado local, transformado em palácio de sonho.
Instalado o culto evangélico do lar, as expressões humanas produzem alegrias e os fluidos superiores vitalizam. Intercâmbio de amor, as lições de sabedoria cristã e espírita predispõem à coragem, à vida, penetrando os seres que se reconfortam no convívio da esperança.
Sobre a água exposta, em evocação ao esponsalício de Caná, forças etéreas em vibrações de difícil definição, impregnam o líquido, que modifica a constituição, ora alterada pelos fluidos do Mundo Espiritual.
Orando, a família se levanta e ergue com o seu esforço a Humanidade cambaleante.
A bênção da caridade esplende no socorro aos desencarnados e na assistência, pela prece intercessória, aos transeuntes da rota carnal.
O cenáculo da fraternidade pura, ressurge, e à hora da prece final, em magia de superior beleza, o Senhor se faz presente, Hóspede Divino no lar dos corações, a todos abençoando.
A pouco e pouco, quando o sono físico toma os corpos da família em repouso, após concluída a festa evangélica, o cortejo de Obreiros da Vida, de retorno, levam-os às Regiões da Paz, onde se preparam para os cometimentos do porvir.
...E as estrelas, piscando, sorriem luzes acima, na noite tranqüila.”
Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Nenhum comentário:
Postar um comentário