CURA VERDADEIRA
Todas as criaturas humanas adoecem. Raras são aquelas que trabalham para a cura real.
A
ação medicamentosa, por si só, não restaura integralmente a saúde.
O comprimido ajuda. A injeção melhora. Entretanto, não podemos esquecer
que os verdadeiros males procedem do coração.
A
mente é uma fonte criadora e a vida plasma, em nós mesmos, aquilo que
desejamos.
Assim,
a medicação não nos valerá muito se prosseguirmos tristes e acabrunhados,
porque a tristeza é geratriz e mantenedora de muitos males.
Como
poderemos pretender ter a saúde restaurada, se nos permitimos a cólera ou o
desânimo por muitas horas?
O
desalento é anestésico que entorpece e acaba por destruir quem o cultiva.
A
ociosidade que corrompe as horas e a inutilidade que desperdiça o tempo valioso
extingue as forças físicas e as do Espírito.
Mesmo
porque, a mente ociosa acaba por se dedicar a muitas coisas ruins, como a
maledicência e a crítica destrutiva.
Se
não sabemos calar, nem desculpar; se não ajudamos, nem compreendemos, como
encontrar harmonia íntima?
Por
mais que o socorro espiritual venha em nosso favor, devoramos as próprias
energias com atitudes negativas.
E,
com respeito ao socorro médico, mal surgem as primeiras melhoras, abandonamos o
remédio, a dieta, os cuidados, demonstrando a nossa indisciplina.
Por
isso, se estamos doentes, antes de qualquer medicação, aprendamos a orar e a
entender, a auxiliar e a preparar o coração para a grande mudança.
Fujamos
da indelicadeza e do azedume constante que nos conduzirão à brutalidade no
trato com os demais.
Enriqueçamos
nossos fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busquemos
intimidade com a sabedoria, pelo estudo e a meditação.
Não
manchemos nosso caminho. Sirvamos sempre. Trabalhemos na extensão do bem a todos.
Guardemos
lealdade ao Mestre Jesus a quem dizemos seguir e permaneçamos com a certeza de
que, cultivando a prece, vibrando positivamente pela vida, abraçando a oração
diária, desde logo, a medicação de que nos servirmos atuará rápida e
beneficamente em nosso corpo.
* * *
Que queres que eu te faça? Perguntou
Jesus ao cego de Jericó, que O buscava.
Que me devolvas a visão,
respondeu Ele.
Acreditas firmemente que eu possa te curar? Retornou o Mestre a indagar.
E
como a resposta fosse afirmativa, o cego passou a enxergar.
No
fato em destaque, observamos que a vontade do paciente e a fé no profeta de
Nazaré, foram as molas da cura.
Portanto,
a cura real somente nos alcançará se melhorarmos as nossas disposições íntimas
e atendermos aos preceitos médicos com disciplina e seriedade.
Livro Fonte
viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido
Xavier.