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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013



INGENUIDADE NA ORAÇÃO
 Richard Simonetti

1 - Estou apaixonado, mas minha amada não corresponde ao meu amor. Não consigo pensar em outra coisa, senão nela. Posso conquistá-la com a oração?
Considerando que os mentores espirituais respeitam nosso livre-arbítrio, é pouco provável que se disponham a atender seu apelo. Mais razoável pedir por si mesmo. Que Deus ponha juízo em sua cabeça, a fim de se livrar dessa perturbadora paixão.

2 - Disseram-me que há uma simpatia infalível para conseguirmos que Santo Antônio atenda nossos desejos. Devemos amarrar sua imagem numa corda, de cabeça para baixo e mergulhá-la num poço. Daí o santo nos ajudará para que o retiremos de lá. É assim mesmo?
Se possível, use esse procedimento por alguns segundos com o autor dessa tolice, a fim de refrescar lhe as ideias. O atendimento de nossas orações depende de merecimento e da natureza das solicitações. Simpatias, ou antipatias como no caso citado, não têm nenhuma repercussão junto aos Espíritos superiores.

3 - Jesus dizia que tudo o que pedirmos, orando, haveremos de receber. Tenho pedido todos os dias a Jesus, que me livre de meu marido, que me perturba muito, e até hoje não recebi essa graça? Por quê?
Para “livrar-se do marido” seria conveniente consultar um advogado. Antes disso, considere que provavelmente Jesus espera que você fique com ele, procurando superar as divergências, em favor de uma harmonização. Talvez seja esse o seu maior desafio.

4 - Estou desempregado há dois anos. Vivo em permanente oração. Peço ardentemente a Deus que me arranje um emprego e nada acontece.
Ore menos e procure mais. Saia a campo. Deus não vai mandar o emprego procurá-lo, mas o ajudará a ir em sua direção, se você se dispuser a gastar a sola dos sapatos.

5 - Se eu fizer o sacrifício de orar de joelhos, sobre grãos de feijão, terei melhores chances de ser atendido, conforme me disseram?
Terá uma boa chance de provocar hematomas nos joelhos. Sugiro que entregue o feijão, alguns quilos, a um pobre. Misericórdia quero, não sacrifício – diz Jesus, citando o profeta Oséias.

6 - Briguei com meu pai e meu confessor recomendou-me que rezasse cento e cinquenta vezes o Pai Nosso, por penitência. É pouco ou muito?
Depende. Se você repetir oralmente cento e cinquenta vezes uma oração, como se fora um mantra, poderá acalmar o coração. Para acalmar a consciência de nada valerá, ainda que repita mil e quinhentas vezes. Que tal conversar com seu pai e pedir-lhe desculpas?

7 - O guia de nosso Centro recomendou que para orar e vigiar, conforme ensinou Jesus, devemos, na oração,, fechar um olho e manter o outro aberto. É assim mesmo?
Seria conveniente vigiar esse “guia”. Palpiteiros do Além costumam gerar confusão. Quando não passamos pelo crivo da razão as orientações que chegam pelo processo mediúnico, resvalamos para a fantasia.

8 - Meu marido me abandonou por outra mulher. De mim mesma já o perdoei, como boa cristã, embora sofra muito, mas é aceitável pedir a Deus que lhe dê o castigo merecido, como tenho feito?
Você é sua esposa ou advogada de acusação? O bom cristão roga pelos que lhe fazem mal, como ensinou Jesus na cruz. Esse é o verdadeiro perdão. Quando você fizer isso deixará de sofrer.

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