TROTE UNIVERSITÁRIO: "BINCADEIRA" QUE PODE SE TORNAR UM CRIME!
O trote universitário ou estudantil é
como uma cerimônia de passagem obrigatória para festejar a aprovação no
vestibular, realizada pelos veteranos. Isso com o objetivo de haver
interação entre todos os universitários. Os trotes mais corriqueiros são
de raspar a cabeça, pintar os corpos e roupas com o nome da
universidade ou do curso que passou como também rasgar roupas, pedir
dinheiro no cruzamento da cidade até atingir o valor estipulado pelos
veteranos. O problema é que cada vez mais veteranos incluem nos trotes
universitários bebidas alcoólicas, produtos químicos e até mesmo drogas.
Fazendo que uma “brincadeira” se torne até mesmo um crime.
As
histórias dos trotes universitários violentos no Brasil possui vários
capítulos trágicos, só este ano já foram registrado três casos. Um, foi o
calouro de geografia, de apenas 17 anos, foi encontrado desmaiado no
campus da UFPR (Universidade Federal do Paraná) depois de ser obrigado a
engolir grande quantidade de álcool. O estudante geografia ficou em
coma alcoólico por mais de 20 horas. O segundo foi em Fernandópolis da
Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco), na qual os veteranos
obrigaram um calouro de 18 anos a pedir dinheiro, tomar álcool
combustível, fumar e ainda rasgaram toda sua roupa. Já o terceiro caso
aconteceu na Escola Superior de Propaganda e Marketing em São Paulo
(ESPM), onde o primeiro dia de aula ficou marcado por uma briga entre
dois calouros que deixou um com o nariz e os dentes quebrados.
Mas
um caso que chocou o país e marcou um inicio de uma grande discussão
dos trotes universitários foi o que aconteceu na Universidade de São
Paulo há 11 anos atrás. No 1º dia de aula um grupo de calouros foi
submetido a diversas humilhações. Alguns tiveram as mãos amarradas,
corpos pintados com tintas e depois atirados em uma piscina. Entre eles
estava um rapaz de 22 anos que não sabia nadar e acabou morrendo
afogado. Além do trágico fim de um sonho de um rapaz, até hoje os
acusados não foram punidos.
A
partir de então as universidades começaram a reagir e tem se mostrado
preocupadas em extinguir tais práticas. Através de campanhas de
conscientização, incentivo aos chamados trotes cidadãos ou trotes
solidários, como também muitas universidades têm criado centrais de
atendimento que recebem denúncias de casos de abuso. Como pro exemplo é
caso da USP que implantou o Disque Trote (0800 012 10 90).
Mas a prática do trote universitário não
é exclusividade do Brasil. O Brasil apenas copiou! Pois tais
“brincadeiras” (chegam ser mais abusos mesmo) surgiram em universidades
européias para distinguir alunos novatos dos antigos, que eram
considerados inferiores dos que já estavam prestes a se formarem. O
primeiro caso de violência surgiu na Alemanha, onde os novos estudantes
foram obrigados a beber vinho com urina e comer alimentos misturados com
fezes.
Portanto, devido a inúmeros casos
trágicos de trotes universitários, espera-se que as universidades sejam
mais rigorosas com tais práticas, havendo punição severa para quem
cometer práticas de violências, abusos e maldades a tais calouros. Caso
contrário, isso não terá fim.