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terça-feira, 30 de agosto de 2011


Trabalhadores do Grupo Espírita ALVORADA DA PAZ  prestigiaram a palestra de José Raul Teixeira em Pelotas,RS
Desde a criação da Sociedade Espírita Assistencial Dona Conceição, em 1911, são 100 anos em que mãos e corações generosos dão vida ao ideal de auxiliar aos necessitados e de divulgação da Doutrina Espírita, esta Sociedade é mantenedora do Lar da Criança Dona Conceição e da Escola Assistencial Jeremias Froes na cidade de Pelotas.
Para comemorar esta data tão importante em 28 de agosto ela traz ao Teatro Guarany o orador espírita José Raul Teixeira, nada menos que cerca de 1500 pessoas lotaram o teatro, muitos não se importando em estarem em pé ou em uma sala na lateral vendo-o pelo telão, foram em torno de 1he 30mim de palestra magnífica, daquelas que nos fazem perder a noção do tempo.
Parecia que estávamos em um ambiente no plano espiritual dada a leveza, o equilíbrio e as mais suaves energias de paz, fraternidade e amor. E Raul com seus olhos claros e calmos, esplendidamente lúcidos, irradiavam fluídos de simpatia que de súbito nos dominaram os corações. 

 
Falou nos das diversas moradas da casa do pai, que se espalham pelo universo e que também podem ser as criadas pela nossa psique, já que cada um de nós cria na sua casa mental um ambiente conforme nossas tendências e ao longo da nossa eterna existência esse ambiente vai sendo reformado, modificado. Nos esclareceu sobre a necessidade do nosso crescimento moral mas também ser importante o conhecimento intelectual, fez a analogia com um pássaro, que para voar precisa das duas asas, nossas asas seriam a asa da moralidade e a asa do conhecimento intelectual somente com essas duas poderemos alçar vôo. Nos relatou sua emoção na estréia do filme Nosso Lar no Rio de Janeiro, em espanhol no 6º Congresso Espírita Mundial que aconteceu em Valencia na Espanha e depois em alemão por ocasião do lançamento do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo em alemão, nesses momentos ele recordou de muitos que doaram sua vida e sua morte nos tempos da ditadura Vargas em que uma pessoa chegava  a ser fichada na policia pelo “crime” de ser Espírita recordou também de Bezerra de Menezes, esse apostolo do Bem que perdeu muitos clientes, muitos chegaram a lhe escarrar, lhe viraram as costas, desde a sua declaração pública onde informou que era espírita. E se hoje temos essa liberdade foi pelo trabalho dessas criaturas, se hoje podemos vislumbrar no cinema um filme que retrata a vida espiritual foi por causa desses abnegados irmãos.

Após sua palestra ele se demonstrou incansável diante de tão grande fila para os cumprimentos e autógrafos sempre gentil e amável.
O GEAP roga ao Pai amoroso de nossas vidas que sempre envolva esse querido irmão em eflúvios de muito amor e a Sociedade Espírita Assistencial Dona Conceição rogamos o amparo generoso, muita paz e amor.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entrevista da presidente da FERGS (Federação Espírita do Rio Grande do Sul), Maria Elizabeth Barbieri, no Jornal do Almoço da RBS TV.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

7 de outubro - O Filme dos Espíritos
A Fundação Espírita André Luiz levará às telas de cinema do Brasil, através da Paris Filmes, “O Filme dos Espíritos”, no dia 7 de outubro! A obra que tem no elenco o protagonista Reinaldo Rodrigues, conta com atuação de Nelson Xavier, Etty Fraser, Ênio Gonçalves, Ana Rosa e Sandra Corveloni, Felipe Falanga e grande elenco.

A peça cinematográfica é uma homenagem a Allan Kardec e O Livro dos Espíritos e conta com a participação de todos na divulgação.

Orson Peterson Carrara, José Medrado e Suely Caldas Shubert te convidam para estar presente no cinema dia 7 de outubro e comemorar o aniversário de Kardec assistindo O Filme dos Espíritos. 
Você não pode ficar de fora da nova era do cinema. Veja o que dizem Severino Celestino, José Carlos De Lucca, Jether Jacomini Filho e Nena Galves sobre O Filme dos Espíritos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011


O Culto do Evangelho no Lar
artigo publicado na revista “Reformador”, Ed. FEB
JAQUELINE S. LEAL FONSECA


“Orar em família é ver derramar-se sobre ela o cálice aurífico dos céus, acondicionando-nos nesse imenso bojo de ventura que o Cristo traz a visitar-nos.” – Tereza de Brito

Conta-nos o Espírito Neio Lúcio, pela psicografia de Francisco C. Xavier, que Jesus, quando se asilava provisoriamente na casa de Simão Pedro, percebendo que o teor das conversações já descambava para a improdutividade, tomou das Sagradas Escrituras e, após colocações simples, por meio das quais trouxe à realidade daqueles Espíritos a importância do instituto doméstico, desenrolou os Escritos Divinos e convidou os familiares de Simão à palestra edificante e à meditação.

Iniciava-se o primeiro culto cristão no lar.

Mas, o que é o Culto do Evangelho no Lar?

Segundo André Luiz, na obra Desobsessão, trata--se de “estudo da Doutrina Espírita, à luz do Evangelho do Cristo e sob a cobertura moral da oração”.

O Culto do Evangelho no Lar (CEL) é o momento semanal em que, beneficiando-nos da companhia dos nossos familiares que comungam dos mesmos princípios religiosos que nós, podemos elevar o nosso pensamento ao Mais Alto através da prece reconfortante e do estudo e debate de problemas corriqueiros, do âmbito familiar ou social, à luz do Evangelho de Jesus decodificado pelo Espiritismo. É “a festiva oportunidade de conviver algumas horas com os Espíritos de Luz que virão ajudar-te nas provações purificadoras, em nome daquele que é o Benfeitor vigilante e Amigo de todos nós ”.
Bom, mas para que serve o CEL?

André Luiz, no livro Conduta Espírita, diz que “quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.”

Em primeiro lugar, podemos colocar o que os Espíritos nos dizem com relação às bênçãos familiares que podem ser recolhidas desta prática cultivada em várias religiões, que é a da leitura e interpretação dos textos do Evangelho.

Os momentos de culto são dedicados exclusivamente ao reduto doméstico. Portanto, ali os seus componentes estão à vontade para discutir suas dores e seus problemas, as dificuldades vividas no dia-a-dia e interpretá-las à luz da Doutrina Espírita. É um momento de intimidade, de troca de boas vibrações e de bons sentimentos, é um momento em que a Espiritualidade Amiga se destaca para acompanhar aqueles Espíritos que estão em luta juntos, na romagem carnal, a fim de que eles possam recolher os melhores benefícios daqueles minutos.

Orando juntos, segundo a nossa querida Tereza de Brito, no livro Vereda Familiar, nós nos utilizamos “das formidáveis bênçãos que movimentamos para o equilíbrio e para a presença da luz em nosso cenário doméstico”. Então, podemos concluir que o CEL contribui para a manutenção do equilíbrio e da paz doméstica.

Joanna de Ângelis, no livro Florações Evangélicas, coloca que, mesmo num ambiente familiar conturbado, em que existe a evidente reunião de Espíritos não afinados, quando se institui a presença de Jesus naquele lar, esta “(...) produz sinais evidentes de paz, e aqueles que antes experimentavam repulsa pelo ajuntamento doméstico descobrem sintomas de identificação, necessidade de auxílio mútuo.”

Durante o CEL, a família restaura suas forças despendidas ao longo da semana, enquanto eleva o padrão vibratório da casa, unificando os laços familiares por terem a oportunidade de partilhar conhecimentos e dores.

E no Âmbito Espiritual, qual a repercussão do CEL?

André Luiz, no livro Os Mensageiros, cap. 37, conta-nos que, após presenciar o CEL de D. Isabel, uma devotada companheira de Nosso Lar que ainda estava encarnada, cuidando de três filhos, e cujo marido a amparava e guardava o seu lar do Plano Espiritual, foi para o jardim de sua casa e observou curiosa cena. Ameaçava tempestade e, naquele momento, entidades de aspecto desagradável, algumas com formas até um tanto quanto aterradoras, arrastavam-se para sua direção, mas quando se aproximavam, recuavam, amedrontadas. Intrigado, perguntou ao seu Mentor, Aniceto, a razão daquela fuga repentina, como se tivessem aquelas entidades se encontrado com algo aterrorizante.

Aniceto, com toda a sua paciência e amor, disse a André Luiz que aqueles irmãos eram os “seres vagabundos da sombra”, que procuravam asilo nos dias de tormenta, porque ainda muito ligados às sensações grosseiras da carne, e por isso, os aguaceiros os incomodavam tanto quanto a nós encarnados. Disse que eles buscavam preferencialmente as casas de diversão noturna, sendo que as residências abertas também eram por eles penetradas, porque as viam como que da mesma matéria que lhes constituía o perispírito.

Aumentando, ainda, os conhecimentos de André Luiz, complementou Aniceto:

“Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão-só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm a distância, procurando outros rumos...” (Destaque nosso.)

Joanna de Ângelis diz, em seu livro Messe de Amor, página “Jesus Contigo”, que nós distendemos da nossa casa a luz do Evangelho para o “mundo atormentado”. E diz, ainda mais, que a casa que ora beneficia a rua inteira, e que num prédio, um único apartamento em que haja CEL é capaz de iluminar todo o edifício.
Portanto, para que resguardemos o nosso lar dos Espíritos salteadores e vagabundos das Trevas, formando barreiras vibratórias capazes de os isolar, e para que possamos distender aos nossos irmãos que sofrem os benefícios que colhemos com a prece, mantenhamos o Culto do Evangelho.

E como podemos fazê-lo?

Joanna de Ângelis, na mesma página, fala-nos: “Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora.”
Todavia, indispensável que tomemos das palavras de Jesus como base para os comentários principais da noite.

André Luiz, no livro Os Mensageiros, cap. 35, conta--nos o que assistiu no Culto do Evangelho em casa de D. Isabel.

Disse o nosso Benfeitor Amigo que, primeiramente, a filha mais jovem proferiu a prece, ao que se seguiu que a filha mais velha leu uma página instrutiva consoladora e, logo após, uma nota triste do noticiário comum. Quando a leitura acabou, D. Isabel abriu o Novo Testamento, como se estivesse procedendo ao acaso, mas, em verdade, André Luiz viu que o marido de Isabel, do Plano Espiritual, intervinha diretamente na abertura do Livro Sagrado, ajudando a focalizar o assunto da noite.

E D. Isabel leu um versículo do Evangelho e o comentou, com o amparo de um Benfeitor Espiritual que a inspirava, fazendo alusão ao que a filha mais velha lera como página inicial e ao episódio triste do jornal leigo.

No livro Renúncia, romance mediúnico ditado por Emmanuel ao nosso querido Chico Xavier, Alcíone, protagonista da citada obra, em Culto do Evangelho na casa de seu pai, contara que quando vivia sob tutela do Padre Damiano e de sua mãe, na Espanha, “nunca nos reunimos no culto doméstico sem suplicar o socorro da inspiração divina” e que liam “apenas um versículo de cada vez e esse mesmo, não raro, fornecia cabedal de exame e iluminação para outras noites de estudo.” Dá agora para perceber por que Emmanuel escreveu quatro livros* comentando apenas um versículo de cada vez, em cada leitura edificante que fazemos...

Podemos, assim, concluir que, ao colocarmo-nos confortavelmente em torno da mesa com copos de água pura, a fim de que seja devidamente fluidificada, podemos proferir uma prece simples, e proceder à leitura de página edificante, de um recorte de jornal ou alguma reportagem de revista, além do versículo do Novo Testamento para que possamos, através dele, elucidar o que lemos previamente.

Contudo, podemos utilizar-nos dos recursos literários disponíveis na Doutrina Espírita, quais sejam: livros cujas páginas ou mensagens são lidas antes da prece inicial; leitura e comentários de O Evangelho segundo o Espiritismo ou do Novo Testamento; livros infantis que poderão ser utilizados por aqueles que têm filhos pequenos, dando-lhes, assim, o ensejo de participação ativa no CEL, lendo eles próprios alguma passagem de um livro infantil edificante, que conte alguma história do seu dia-a-dia na escola e que tenha a ver com o tema da noite, além do contato com o conhecimento espírita e a moral cristã contida no Evangelho de Jesus.

Ao final, que seja proferida a prece de agradecimento.

E não podemos esquecer de fixar um horário e um dia da semana específicos para o mister, o qual não deverá ser burlado nem relegado ao esquecimento. Joanna de Ângelis, na já citada página do livro Messe de Amor (13), é clara ao nos informar: “Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar.

Demora-te no Lar para que o Divino Hóspede aí também se possa demorar.” (Destaque nosso.)
É importante frisar que o CEL não é um momento para manifestações mediúnicas, salvo em situações extremas, em que se faça necessário a um Mentor Espiritual dar algum recado mais importante. Apesar de o CEL beneficiar alguns companheiros desencarnados que, porventura, estejam em nossa casa ou sejam trazidos até ela para se beneficiarem dos ensinamentos da noite, como exemplifica André Luiz no livro Entre a Terra e o Céu14, é muito importante que nos abstenhamos de dar passividade a Espíritos sofredores no âmbito doméstico, por ser medida de resguardo do lar, que não possui os aparatos devidos para as medidas de socorro necessárias a esses irmãos. Que os nossos companheiros desencarnados em sofrimento se manifestem na reunião mediúnica do Centro Espírita, que é a sua clínica de psicoterapia em grupo, sob a égide dos ensinamentos de Jesus.

Mas, e se só eu em casa sou espírita? Então não há CEL na minha casa?

Tereza de Brito, por intermédio de José Raul Teixeira, no livro Vereda Familiar (15), fala que “caso os seus familiares não concordem, por serem adultos e pensarem de maneira diferente, não se iniba. Ore e vibre com Jesus você sozinho, seja nos seus aposentos de dormir ou em alguma parte da casa onde você possa recolher-se por alguns momentos.” E se nos lembrarmos de que Joanna de Ângelis disse que podemos beneficiar um prédio inteiro, uma rua toda, o que não faremos àqueles que não participam do CEL mas vivem sob o mesmo teto que nós! “Se os teus se negarem compartir o ministério a que te propões, a sós, reservadamente na limitação de tua peça de dormir, instala a primeira lâmpada do estudo evangélico e porfia...”
Em contrapartida, diz que não devemos assim proceder quando temos filhos sob nossa tutela: “Se, todavia, os teus filhos estiverem, ainda, sob a tua tutela, não creias na validade do conceito de deixá-los ir, sem religião, sem Deus... Como lhes dás agasalho e pão, medicamento e instrução, vestuário e moedas, oferta-lhes, igualmente, o alimento espiritual (...)”.

Nós somos responsáveis pelos nossos tutelados e responderemos se, por acaso, eles falharem por omissão nossa. É nosso dever levar a eles uma educação moral com base na Lei Natural, que é a Lei de Deus, contida no Evangelho de Amor que o Cristo nos legou. Portanto, eles têm que participar do CEL, preferencialmente desde bem pequenos, quando já comecem a ensaiar o entendimento das coisas, para que se habituem à rotina semanal e para que incorporem tal hábito, levando-o, a posteriori, ao íntimo de seus futuros lares.

E afinal, é importante mesmo que o espírita faça o CEL todas as semanas, ou basta só freqüentar o Centro e ler os livros doutrinários?

Por vezes, o espírita desavisado, em especial quando pouco estuda as obras da Codificação e complementares, acha que, para que seu lar esteja devidamente protegido dos ataques dos Espíritos levianos e zombeteiros, basta que esteja cumprindo sua “escala” semanal no Centro Espírita e que, antes de dormir, faça a sua prece.

Entretanto, é importante, imprescindível mesmo, que todo espírita faça o CEL, independentemente do número de vezes que compareça ao Centro Espírita, porque a sua prática significa a proteção que o lar necessita contra as investidas das trevas. É mediante o CEL que o nosso lar adquire aquelas barreiras magnéticas mencionadas por André Luiz no cap. 37 de Os Mensageiros, citadas anteriormente. É através do CEL que colhemos os benefícios de apaziguamento das animosidades no lar, o aumento da cordialidade entre os que vivem sob o mesmo teto, a força necessária para resolver os problemas familiares de difícil solução, o estreitamento dos laços de consangüinidade.

Vale ressaltar que, independentemente do número de membros da família que ora unida, o importante, e que realmente dá valia às potencialidades magnéticas e vibratórias do Culto do Evangelho no Lar, é a boa intenção na sua prática, é a verdadeira ligação com os Mentores Espirituais, é a freqüência na sua realização e a mudança de atitude dentro de casa, que muito contribuirão para que se mantenha o clima de paz e harmonia que se segue aos minutos de leitura do Evangelho.

Instituamos o Culto do Evangelho em nossos lares, cuidando de nossos filhos para que lhes sejadado o devido encaminhamento religioso, o “pão da vida” de que Jesus nos falou, aquele que realmente nos sacia a fome de luz. E levemos aos irmãos que ainda não o cultivam a informação dos benefícios que ele proporciona, ensinando-os, ajudando-os nos dois ou três primeiros cultos, para que, assim, mais famílias possam recolher as luzes que nós já começamos a receber.

sábado, 20 de agosto de 2011

 Esperanto, o Idioma da Humanidade
     Dentro de um Plano Divino articulado pelas esferas mais altas e que visa a evolução humana no plano terreno, a língua internacional denominada Esperanto, bem como o seu iniciador, o genial médico judeu-polonês Luis Zamenhof (1859-1917), vieram ao mundo no momento certo e no lugar certo: "Nasci em Bialistok. A localidade do meu nascimento e da minha infância deu uma direção a todo o meu futuro. Em Bialistok a população consistia de russos, polacos, alemães e judeus". (Trecho de uma carta de Zamenhof).
    Segundo o espírito de Valdomiro Lorenz, mestre esperantista, que desencarnado, se valeu da mão de Chico Xavier para escrever o livro conhecido como "O Esperanto como revelação" em 1976, pág. 146, a criação do Esperanto se deu primeiro entre os espíritos: "auxiliado pelas numerosas equipes de colaboradores que se afinavam com o ideal, o gênio da confraternização humana, que conhecemos por Lázaro Luis Zamenhof, engenhara, com a inspiração divina, o prodígio do Esperanto, estabelecendo a instituição de academias respectivas, nos planos espirituais conexos às nações mais evoluídas.
Começa a missão entre nós
    Após a sua reencarnação na Terra, judeu vivendo em uma Polônia ocupada pelo Império Moscovita, em meio às barreiras lingüísticas que separavam a todos, desde a infância, Zamenhof já manifestava o seu desejo em prol de uma fraternidade universal. Assim, assimilou vários  idiomas, cada vez mais, e realizou o ideal de constituir uma língua neutra internacional à custa de toda uma existência cheia de percalços. Não bastando uma gramática fantástica, acrescenta uma alma ao novo idioma - a sua idéia interna - que diferentemente das línguas nacionais, acrescenta também ao seu estudante uma visão mais global e universalista do mundo que queremos construir. Desde o início, o Esperanto conquistou o apoio de importantes intelectuais como Tolstói, Albert Einstein, Henry Philips, Gaston Moch e outros. Da sua apresentação ao nosso mundo em 1887 até hoje, mais que nunca, na globalizada era da Informática, o Esperanto pode afirmar, do alto dos seus 112 anos de utilização prática, que não é mais um projeto,  e  sim  um idioma que vive em 110 países, que por ser neutro, não representa supremacia militar ou econômica de um país sobre os outros e nem ofende os sentimentos nacionais de quem quer que seja, sendo o único que pode  estabelecer uma ponte de fraternidade entre os diversos povos com base na justiça e em relações de igualdade. O Esperanto nunca pretendeu substituir os idiomas nacionais, mas se propõe a ser uma segunda língua, simples e acessível para qualquer pessoa, independentemente de sua condição econômica.
    Na medida que contraria os interesses do colonialismo cultural, dá espaço e serve de veículo para as culturas nacionais que por sua vez, somadas, darão origem à uma cultura de novo caráter - transnacional - enriquecida por todos os povos, iguais e emancipados.
Ismael Braga: Brasileiro, Esperantista e Espírita
(...) sua adesão oficial ao movimento esperantista data do ano de 1910, quando se faz membro da Liga Esperantista Brasileira (hoje Liga Brasileira de Esperanto), inscrito sob o nº 13. (...)
   
A conversão de Ismael ao Espiritismo se deu em 1912, na cidade de Teixeira (MG), por ocasião de uma sessão das chamadas "mesas falantes", e simbolicamente o Esperanto seria o fator decisivo para que ele superasse seu ceticismo em relação às novas idéias.
    Buscando por à prova o que realmente havia por trás da mesa que falava, Ismael pergunta-lhe, em Esperanto, quantos irmãos tinha - Kiom da fratoj mi havas?
    A resposta foi imediata: cinco, já evidenciando que a inteligência oculta conhecia o estranho idioma. Mas Ismael pensava no número oito, pois tinha cinco irmãos e três irmãs. Refaz a pergunta e a mesa insiste no número cinco. Já se preparava para deixar o que julgava uma brincadeira de mau gosto, quando se lembra do prefixo "ge", que em Esperanto exprime a uniãode seres dos dois sexos. Refaz a pergunta, mas agora com a precisão do Esperanto: Kiom da gefratoj mi havas? (Quantos irmãos e irmãs eu tenho?), e a mesa responde com oito pancadas..."
    Compilado do importante livro "O Esperanto na visão Espírita", págs. 6/7, em prefácio de Affonso Soares; Ed. Societo Lorenz, julho/1998, Rio de Janeiro - RJ.
O Mundo Espiritual se manifesta
    Graças ao trabalho de esperantistas espíritas como o Prof. Braga, com o efetivo apoio da FEB, um material didático e informativo começou a brotar, desta feita aliando o Evangelho, o Espiritismo e o Esperanto, unindo a enorme força de movimentos que não são de nossa esfera e sim oriundos dos altos Planos da Criação onde o nosso futuro é gestado.
    Na hora certa, em 1940, surge o documento "A Missão do Esperanto", (Mensagem recebida em 19 de janeiro de 1940, pelo médium Francisco C. Xavier, dirigida a ISMAEL GOMES BRAGA e publicada em "Reformador" de fevereiro/1940 (págs. 46 e 47). Emmanuel, do alto de sua autoridade moral conclama então aos espíritas para que trabalhem também em prol do Esperanto: "Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-lo para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos." Com muita propriedade digo "aprendâmo-la", porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação."
Federação Espírita Brasileira e o Esperanto
    Desde 1904 João Ernesto já trabalha ao mesmo tempo pelo Esperanto e o Espiritismo e a FEB em 1909 permitia a divulgação do Esperanto em seu órgão de imprensa. Porém, a Federação só mais tarde foi inserir a divulgação do Esperanto entre as suas rotinas regulares de trabalho.
    Segundo informação obtida junto à FEB, Ismael Gomes Braga idealizou e concretizou na Federação, em 01/03/1937, um Serviço de Propaganda do Esperanto, por ele dirigido até a sua desencarnação, em 1969. O Departamento de Esperanto, como órgão da estrutura administrativa da FEB, institucionalizado no estatuto da FEB, aprovado pela A.G.E. de 23/03/1991.
    Com o apoio da maior organização espírita do planeta, o movimento do Esperanto no Brasil, pula em dez anos (na década de 1940) de uma posição extremamente tímida em relação ao movimento nos vários países europeus, para a posição que se sustenta nos últimos 50 anos, qual seja, a de um dos países em que existem mais esperantistas.
Produção Literária em prol do Esperanto e do Espiritismo
    Espíritos elevados como Emmanuel, Cruz e Souza, Zamenhof, Abel Gomes, João Ernesto, José Tosta, Ferreira de Magalhães, Castro Alves e outros nos orientam no sentido que nos dediquemos ao Espiritismo e ao Esperanto.
    Vale lembrar que Castro Alves desencarnou 18 anos antes do Esperanto ser conhecido do nosso mundo, porém veio a conhecê-lo com profundidade no plano espiritual, onde até mesmo instituições educacionais esperantistas são relatadas na literatura mediúnica.
    A mediunidade de Chico Xavier, Valdomiro Lorenz, Porto Carreiro Neto, Dolores Bacelar e outros resultou em mensagens em benefício do Esperanto. Dezenas de livros espíritas já foram traduzidos para o Esperanto e,
indiscutivelmente, nas últimas décadas o Esperanto tem
ajudado muito a difusão da doutrina espírita em outros
países. "Nosso Lar" e o "Livro dos Espiritos" (1945), chegaram até o idioma japonês a partir das traduções de Porto Carreiro Neto e não dos textos originais em
português e francês, respectivamente. Do trabalho de Ismael Gomes Braga veio a tradução (do original em francês) para o Esperanto de "O Evangelho Segundo o Espíritismo" (1947). Eis alguns livros espíritas que mencionam o Esperanto: "A Casa do Escritor" (espírito Patrícia), "Além da Morte", "Céu Azul", "Devassando o Invisível", "Esperanto como revelação" ,"Iniciação à Viagem Astral", "Memórias de um Suicida", "Nosso Livro", " O Esperanto na visão Espírita", "Sobrevi-vência do Espírito", "Tragédia de Santa Maria". Como pode-se observar, segundo as muitas obras de respeitáveis médiuns como Chico, Divaldo, Yvonne Pereira, Hercílio Maes, João Nunes Maia e outros atestam em suas mensagens
psicografadas que a utilidade do Esperanto transcende a barreira da nossa própria morte. Hoje em dia, inúmeros centros espíritas brasileiros mantém cursos de Esperanto, e a FEB é  também  uma  das editoras de livros em Esperanto que mais se destacam no mundo todo. Para a nossa felicidade, RECENTEMENTE, O CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL DECIDIU PELA ADOÇÃO DO ESPERANTO COMO LÍNGUA OFICIAL DE TRABALHO DA ENTIDADE E JÁ O CONGRESSO ESPÍRITA DE PARIS DE 2004 SERÁ REALIZADO TOTALMENTE EM ESPERANTO.
  Junte-se a nós com o Evangelho, o Espiritismo e o Esperanto todos estaremos muito bem acompanhados!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

INÚTIL PROVIDÊNCIA
 O desespero, o descontrole emocional e mesmo a precipitação podem causar o grande equívoco; ausência ou distanciamento de afetos igualmente respondem pela ilusão que se dissipa depois, quando já é tarde demais...
            Por isso é sempre bom pensar que tudo, mas tudo mesmo, passa! Tudo passa, guardemos essa certeza no coração, na consciência, na memória.
            Não nos deixemos abater pelas adversidades. Enfrentemos as dificuldades com coragem, muita coragem, determinação e confiança na própria vida que, afinal, sempre conspira a nosso favor.
            Os recursos à nossa volta são imensos, inesgotáveis, todos convidando à superação do difícil momento; disponíveis mesmo, esperando apenas que prestemos mais atenção.
            Entregando-se ao grande equívoco, só podemos esperar decepções agravadas, surpresas nada agradáveis e ainda a necessidade de recomeçar, com dificuldades agora mais acentuadas.
            Por isso, busquemos os amigos nos momentos de dificuldades. E, mais que isso, procuremos igualmente estender as mãos aos que se debatem, ao nosso lado, nestas circunstâncias de se sentirem abandonados, sentindo-se sem saída para a adversidade que enfrentam.
            E caso nos sintamos sozinhos, sem ninguém a buscar, é hora de erguer o pensamento para o Alto e buscar a Paternidade Divina que, igualmente, não nos abandonará.
            Matar-se, suicidar-se, é a mais ilusória e inútil das providências que possamos buscar diante dos complexos desafios que possamos enfrentar. O suicídio precipita-nos em mais sofrimento, não resolve a dificuldade e traz-nos a constatação da realidade: ninguém morre! A vida continua. E por isso, matar-se apenas nos levará a outra dimensão, com o agravamento que impusemos a nós mesmos, distantes de nossos afetos e ainda com a necessidade de recomeçar tudo outra vez. E isto ainda somado à vergonha de nos sentirmos um fugitivo, alguém que desvalorizou a vida.
            A vida é um patrimônio incomparável, belíssimo. Que não nos assustem as dificuldades. Elas são instrumentos de progresso e aprimoramento.
            Confiemos. E continuemos a viver, trabalhando e esperando o melhor!
            Jamais fugir da vida. É impossível morrer. Poderemos até destruir o corpo, mas continuaremos a viver, com o remorso de termos destruído o precioso instrumento de progresso e aprimoramento com que Deus nos proveu. E aí distante dos afetos queridos que verdadeiramente nos sustentam a vida.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

BULLYING ESCOLAR - UMA VISÃO ESPÍRITA 

Todas as crianças e adolescentes têm direito a escolas onde existam alegria, amizade, solidariedade e respeito às características individuais de cada um deles. Aramis Antonio Lopes Neto


Neste artigo vamos abordar uma das formas de assedio moral, o bullying escolar, prática cada vez mais freqüente nas escolas, e que vem causando grandes transtornos nas vidas das vítimas desse processo.


A prática de bullying começou a ser pesquisada há cerca de 10 anos na Europa, quando descobriram que essa forma de violência estava por trás de muitas tentativas de suicídios de adolescentes.


Não temos a pretensão de esgotar o tema, mas apenas e sobretudo lançar um pouco de luz num assunto tão importante, e alertar para esta pratica tão desumana da nossa sociedade. Não resta dúvida que o mundo atual encontra-se enfermo, e a ética está abandonada por grande parte da população, resultando em comportamentos cuja tônica é o egoísmo.


Trata-se de forma de exclusão escolar e por extensão social, perversa e cruel, já que, normalmente, colegas de escola freqüentam muitas vezes os mesmos lugares, tais como cursinhos de inglês, academias de ginástica, shopping centers, e festinhas; estando em contato certamente grande parte do dia, inclusive fora das escolas.

Psicólogos têm me asseverado que o bullying tem ocorrido em vários escolas da rede particular do Rio de janeiro, estando inclusive mais presentes nas grandes escolas, pois em escolas pequenas, fica mais difícil de realizar a prática sem chamar a atenção dos professores e da direção da escola.

Lembrando a pergunta 754 de “O Livro dos Espíritos” A crueldade não derivará da carência de senso moral?

“Dize – da falta de desenvolvimento do senso moral; não digas da carência, porquanto o senso moral existe, como princípio, em todos os homens. É esse senso moral que dos seres cruéis fará mais tarde seres bons e humanos. Ele, pois, existe no selvagem, mas como o princípio do perfume no gérmen da flor que ainda não desabrochou.”

O que viria a ser o bullying escolar? Seria quando um grupo de colegas de uma mesma escola, freqüentemente da mesma turma, promove uma segregação, de forma repetitiva, tentando isolar um dos membros da turma, seja este membro rapaz ou moça, de forma que este fique isolado e sem ambiente na turma, o que gera muitas vezes na vítima, depressão, apatia, falta de motivação, baixa do rendimento escolar, falta de apetite e tendência ao isolamento (passa a não ter prazer em sair de casa ou a se relacionar com as pessoas) e vontade de trocar de escola.


A motivação para essa conduta tem muitas causas, mas poderíamos relacionar algumas que nos parecem as mais freqüentes: busca de poder no grupo (necessidade de dominar), egoísmo, vaidade, sedução, insegurança, necessidade de chamar a atenção para si, segregação racial, segregação de classe social (aluno bolsista) etc.


A forma de execução do bullying acontece de muitas maneiras, sendo freqüente entre os rapazes o uso da força física ou psicológica e da intimidação, e entre as moças a mentira, a fofoca, a maledicência, e a difamação; todas de forma orquestrada, ou seja, de comum acordo e planejadas pelo grupo agressor, para desacreditar a vítima, de forma progressiva, numa atitude de franca antipatia, muitas vezes ignorando a vítima nos ambientes que ela freqüenta, como se ela não existisse, levando essa vítima a um stress com os sintomas relacionados acima, demonstrando a que nível de perversão alguns adolescentes estão chegando.


O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5ª a 8ª séries, das escolas públicas e privadas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de bullying.


Estudos demonstraram que a média de idade de maior incidência entre os agressores, situa-se na casa dos 13 a 14 anos, estando presente entretanto com freqüência até os 19 anos. A grande maioria, ou seja, 69,3% dos jovens admitiram não saber as razões que levam à ocorrência de bullying.


Muitas vezes os colegas percebem a situação, mas por medo se omitem, pois temem ser a próxima vítima.

Não resta dúvida que este tipo de conduta retrata um grande apego às coisas materiais e, por extensão, afastamento da religião de uma forma geral, ou seja, estes alunos, na sua grande maioria, não possuem crença religiosa, estando movidos na luta pelas aquisições materiais principalmente, já que desconhecem a vida espiritual. Podemos notar neste processo o que já relatamos em artigo anterior, “Desafios na educação do Adolescente” (RIE Agosto 2006), que trata da falta de limites de uma grande parte dos adolescentes atualmente. São pessoas que não têm pudor, e fazem de tudo para conquistar seus objetivos, passando por cima de tudo e de todos, achando que os fins justificam os meios.

Na pergunta 755 de “O Livro dos Espíritos” Kardec interroga os espíritos : “Como pode dar-se que no seio da mais adiantada civilização, se encontrem seres às vezes tão cruéis quanto os selvagens ?


Do mesmo modo que numa àrvore carregada de bons frutos se encontram frutos estragados.São, se quiseres, selvagens que da civilização só tem a aparência, lobos extraviados em meio de cordeiros. Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar entre homens adiantados, na expectativa de também se adiantarem; contudo, se a prova for muito pesada, vai predominar a natureza primitiva.”


Todos sabemos que a criança para o seu pleno desenvolvimento necessita sentir-se amada, valorizada, aceita, incentivada à auto-expressão e ao diálogo, incentivada à pratica religiosa, principalmente na adolescência, porém a noção de limites precisa e deve ser estabelecida com firmeza e sobretudo com coerência. Mas observa-se, na sociedade atual, crianças as quais são criadas dentro de padrões de liberalidade excessiva, sem limites, sem noções de responsabilidade, sem disciplina, sem religião e muitas vezes sem amor; estas serão aquelas com maior tendência aos comportamentos agressivos, tais como o bullying, pois foram mal acostumadas e por isso esperam que todos façam as suas vontades e atendam sempre às suas ordens.


É importante observar, que num mundo com tantas mazelas como o nosso, pode ser possível que, algumas vezes, os pais desses algozes, percebam o bullying praticado pelos filhos, mas façam vista grossa, por perceberem que a prática do filho pode estar rendendo-lhe algum tipo de vantagem, o que torna o ato mais desumano ainda, pois estaria presente a conivência paterna. Tal ato poderia ser facilmente explicado pela falta de ética e educação dos referidos pais, fato tão comum nos dias atuais.


Devemos ressaltar que o apoio da família, neste momento, é fundamental, entretanto é necessário ter prudência, pois num primeiro momento o sentimento que predomina é o da retaliação, ou mesmo da vingança. Mas a Doutrina Espírita nos ensina que violência gera violência, ou que o ódio gera mais ódio ainda, lembrando a frase do Apóstolo Paulo de Tarso: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.


Devemos procurar os professores da turma em questão e colocar o ocorrido, de forma serena, mas com firmeza, numa tentativa de amenizar a situação, o que nem sempre é fácil, se não houver a participação de pais, professores e funcionários, em virtude dos traumas e das humilhações já vivenciadas, algumas vezes uma troca de turma numa mesma escola já pode ajudar. Podemos ainda incentivar o convívio com outros colegas, com os quais essas crianças não tinham convívio ainda, às vezes até por falta de oportunidade. Devemos ainda, caso a criança encontre-se deprimida, lançar mão da ajuda de um profissional, como um psicólogo, para ajudar na recuperação desta criança, facilitando assim sua reintegração na escola. Devemos ressaltar que trocar de escola pode não ser uma boa idéia, pois assim estaríamos dando o entendimento a criança, que toda vez que houver um problema em sua vida, é só mudar de lugar que tudo estará resolvido, ou seja, fugir do problema em vez de procurar resolvê-lo.


Gostaríamos de lembrar como aprendemos na Doutrina Espírita, que nada acontece por acaso, e sendo assim tudo na vida encerra um ensinamento e, portanto, concorre para o nosso crescimento; dentro desta visão, as crianças que sofrem esta prática de assédio moral, podem estar passando por um processo de aprendizado, que as impeça de se comportarem desta forma com os outros no futuro, e ao mesmo tempo, podem estar sendo incentivadas à humildade (do latim HUMUS = terra fértil para a colheita) e a solidariedade, práticas das quais poderiam estar se afastando lentamente, em razão do mundo atual mostrar-se muito egoísta, cruel e algumas vezes prepotente, onde a imoralidade e a falta de ética, são coisas corriqueiras, assunto por nós já mais detalhado no artigo “A ética e o mundo atual” (RIE Agosto 2007).


Lidar com as adversidades da vida requer vontade, fé, serenidade e coragem (cor = coração), lembrando ainda que: “ A vontade é a mola do mundo, mas o amor é a manivela”, e relembrando Joanna de Ângelis “ Só o amor transforma conhecimento em sabedoria”.

E, para encerrar, como espíritas devemos estar sempre atentos para os atos de nossos filhos, para que não façam aos outros, o que não gostariam que lhes fizessem. Podemos nos basear no exemplo de Eurípedes Barsanulfo que, em sua escola Espírita em Sacramento, a primeira do Brasil, no início do século XX, dizia que não se satisfazia em criar cidadãos para a sociedade, mas que procurava criar filhos de Deus. A explicação é simples: filhos de Deus respeitam tudo que é criação de Deus, são, portanto, éticos e ecologicamente corretos, pois são incapazes de destruir o que Deus criou, respeitando assim a natureza e os seus semelhantes.
 
Fonte: REVISTA RIE

sábado, 13 de agosto de 2011

  OS BRAÇOS DE MEU PAI
 “Haverá lugar mais seguro no mundo, do que os braços de meu pai?
Haverá abraço mais forte, presença mais certa, do que a certeza de meu pai?
Depois de partir tantas vezes, depois de lutar tantas vezes, haverá outro lar para onde eu possa voltar, senão para a mansão do coração de meu pai?
Haverá professor mais dedicado, médico mais experiente, conselheiro mais sábio do que este?
Haverá olhos mais zelosos, ouvidos mais atentos, lágrimas mais sentidas, sorrisos mais serenos do que os dele?
Existirá mais alguém no mundo que lute por mim como ele? Que se esqueça de suas necessidades pensando nas minhas? Que esteja lá, em qualquer lugar, a qualquer hora, por seu filho?
Existirá mais alguém no mundo que renuncie a seus sonhos pessoais por mim, e que chegue até a tornar os meus sonhares os seus próprios, por muito me amar, e por muito querer me ver feliz? Existirá alguém?
Raros são os corações como o dele. Raro como a chuva durante a estiagem. Raro como o sol nas noites eternas dos pólos terrenos.”
Nossos pais são únicos. São destas almas que Deus, em sua bondade sem fim, coloca em nossas vidas, para torná-las completas.
Nossos pais são únicos. São as estrelas que permanecem no firmamento, dando-nos a beleza e a luz da noite, sem nada exigir em troca.
São tão valorosos, que mesmo após se tornarem invisíveis aos olhos, e serem vistos apenas em fotografias e sonhos, continuam conosco, com o amor de sempre, com o abraço seguro de todas as horas.
É por tudo isso que preciso lhe dizer, pai, não somente hoje, mais em todas as manhãs que a vida nos proporcionar; que se meus passos são mais certos hoje, é porque souberam acompanhar os seus; que se hoje sou mais responsável, é porque minha responsabilidade se espelhou na sua; e que se hoje sonho em ser pai, é porque tive em você a maior de todas as inspirações.
Não sabemos ao certo o tempo em que estaremos juntos, aqui, nesta jornada, mas saiba que nada me fará mais feliz no futuro do que reencontrá-lo, tantas e tantas vezes, em tantas e tantas vidas, porque jamais existirá lugar mais seguro no mundo, do que os seus braços, meu pai querido.
Minhas preces têm em seus versos o seu nome.
Meu espelho tem as feições que seu semblante me emprestou.
Minha fé tem a sua certeza, a sua confiança.
Meu coração tem as sementes das suas virtudes, e o livro da história de minha felicidade, tem em todas suas páginas, a palavra “pai”.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no poema “Os braços de meu pai” 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

  DIVULGAR A DOUTRINA ESPÍRTA

Caibar Schutel, Eurípedes Barsanulfo, Dr. Bezerra de Menezes e tantos outros foram muitas vezes discriminados e ridicularizados por serem espíritas. Incompreendidos em seus ideais, sofreram retaliações sem fim, contudo, corajosos, prosseguiram semeando os cânticos da imortalidade. Quanto maior a dificuldade, maior era a perseverança.
Não tinham os recursos tecnológicos, não tinham a mídia a favor, não tinham facilidades. Internet? Nem sonhavam com tal coisa, contudo, prosseguiam...
 
  Carissímos, hoje os tempos são outros, os espíritas não padecem a discriminação de outrora.
As portas se abrem, os ventos sopram a favor , a literatura espírita desabrocha e faz leitores ávidos e confiantes em encontrar soluções para suas inquietações existenciais.
 
Grupos de discussões se disseminam pela internet. Televisão, rádio, jornais, dão largo espaço para que se dissipe as questões da continuação da vida.
 
A Rede Globo de Televisão vem utilizando suas novelas que tem penetração em todos os cantos do mundo para falar sobre reencarnação, comunicação dos Espíritos...
Revistas de grande circulação trazem reportagens apresentando ao grande público a Doutrina Espírita.
 
Importante ressaltar: As pessoas guardam grande simpatia por esses assuntos e vem demonstrando interesse em conhecer a Doutrina codificada por Allan Kardec. 

São os novos tempos informando-nos que as criaturas estão deixando de lado os antigos padrões mentais. Hoje, felizmente muitos se posicionam de forma coerente e analisam as questões antes de tirarem conclusões precipitadas, conclusões que não raro, raiavam o absurdo.
 
Era comum confundir-se espiritismo com bruxaria, o espírita era considerado um místico, supersticioso que consultava os mortos para assuntos das mais variadas ordens.
 
Felizmente, hoje o espaço dado a Doutrina Espírita aumentou, e podemos através desse tempo democrático, apresentar à todos o espiritismo.
 
Muitas pessoas, querem saber mais sobre o que fala a Doutrina Espírita, muitos são os questionamentos, o que é natural diga-se de passagem, porquanto, o grande público não tem contato com o Espiritismo, então, querem saber, esmiuçar, investigar.
 
O espiritismo é cristão?
É ou não religião?
Quando morrer encontrarei meus afetos?
Por que uns são sábios e outros ignorantes?
Deus é justo? Se é, porque permite atrocidades?
 
Questões comuns para os espíritas, mas não para os que desconhecem o espiritismo.
 
Ótimo! E é nesse ponto que entramos, nós que adotamos o espiritismo como bússola existencial. Se faz mister que aproveitemos essas oportunidades para divulgar as luzes que enunciam essa doutrina esclarecedora. Óbvio, respeitando pontos de vista, evitando polêmicas estéreis , mas apresentando de forma clara, simples, objetiva, elegante e sobretudo coerente os ensinamentos dos Espíritos Superiores.
 
As leis naturais apresentadas pela Doutrina Espírita são patrimônio universal, devem estar bem visíveis, próximas, dialogando com o povo, consolando e principalmente instruindo.
 
Portanto, mãos a obra nessa tarefa que nos cabe de divulgar ao mundo o espiritismo, o mais dificultoso já foi feito, cabe a nós apenas dar continuidade a grande obra de Schutel, Dr. Bezerra, Euripedes Barsanulfo, Allan Kardec...

terça-feira, 9 de agosto de 2011


                                 INICIATIVA OU CRÍTICA

Em respeitável Instituição Espírita registrou-se o seguinte diálogo:

- Quem fez a pintura dessas paredes?

- Um grupo de voluntários. Foi a resposta.

- Ficou simplesmente horrível!

- Quem está fazendo a comida para as crianças da creche?

- A nova cozinheira.

- A comida está horrível!

A sinceridade ao analisar questões e trabalhos dos quais estamos a par é dever que cabe à todos, porém, não a utilizemos com requintes de crueldade apenas com o intuito de magoar!

Os caminhos que se apresentam são dois:

Iniciativa ou critica:

Vale ressaltar que não falamos da falta de senso critico, mas sim, da critica pura e simples, sem análise, sem raciocínio.

Uma das mais lamentáveis tendências do ser humano é o desdém para com os esforços e iniciativas do semelhante.

Não raro, os que mais criticam são os que menos colocam a “mão na massa”!

Em um mundo dinâmico, onde tudo gira e funciona rapidamente, perder tempo com criticas desnecessárias equivale a deixar de trabalhar.

Em contra partida, podemos optar pela iniciativa, ésta uma abençoada ferramenta:

Possibilita o despertar de potencialidades, o agitar de criatividades, o afastar da acomodação, o agregar de valores, o construir...

Quem procura as iniciativas não têm tempo à perder com criticas mesquinhas e desmotivadoras, antes, prefere o trabalhar, e se algo não lhe satisfaz, ou mesmo acha que podem melhorar em tal quesito, busca a palavra amiga e o diálogo esclarecedor para que avancem em torno de seus objetivos, jamais a deselegância e falta de educação para expor sua opinião.

Cabe-nos reflexão:

Na empresa onde trabalhamos, no lar, na Casa Espírita, na comunidade que moramos, qual papel representamos?
Somos aqueles que chegamos para desanimar e esmorecer trabalhadores?
Ou com iniciativas e idéias para agregar valores e somar esforços?
A sinceridade de nossa análise nos dará a dimensão exata do lado que estamos!